Número total de visualizações de páginas

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Lino e o legado

Sei que vai ser assim até às eleições e que esta incontinência verbal de cariz comicieiro faz parte da campanha eleitoral em que já mergulhámos. Mas não deixam de chocar as palavras de Mário Lino que em vez de criticar com argumentos as ideias do lider parlamentar sobre as opções de investimento público, se limitou a atribuir a Rangel uma visão cinzenta e salazarenta do país, sem investimentos e sem legado para as gerações futuras.
O ministro não notou, porém, que as suas palavras foram ditas numa daquelas cerimónias de exaltação das obras públicas tão ao gosto dos paladinos do Estado Novo (com a diferença que dantes se inaugurava a obra feita e agora se inaugura a obra por fazer). E não notou também que Paulo Rangel não negou que o programa de investimentos do governo representasse um legado para as gerações futuras. Bem pelo contrário, disse claramamente na sessão solene do 25 de Abril que o problema era exactamente esse legado e a impossibilidade de as tais gerações vindouras o repudiarem!

5 comentários:

Bartolomeu disse...

Deixe que acrescente caro Dr. José Mário, que o maior problema das gerações vindouras, não se prende somente com a impossibilidade de repudiar as "obras" adjudicadas por este governo. O mega-problema das gerações vindouras é resolver a penhora que este governo lhes lega, a eles, aos filhos, netos, bisnetos e não sei mesmo se até à 5ª geração.

Anónimo disse...

Pois, esse é que é o legado meu caro Bartolomeu.

Anónimo disse...

Desculpem a pergunta mas... pode pagar-se aos credores com pedacinhos de alcatrão ou de via férrea?

Em caso negativo, alguém faz a gentileza de informar o inenarravel ministro Lino desse ângulo dos dispêndios?

Olhar Ateu disse...

Não haverá normas que limitem o endividamento do Estado para além do período das correspondentes legislaturas ?
É que se não existirem "o sr. que se seguir" após as legislativas irá aumentar esse triste legado para 10 gerações, e nunca mais saímos desse ciclo perdulário, com a agravante de que a "árvore das patacas" que tem sido a receita fiscal de tão espremida estar claramente em declínio de saúde.
Cordialmente

Manuel Brás disse...

I Parte

O discurso rugoso
de um ministro disparatado,
espelha um socialismo dengoso
completamente desacreditado.

A propaganda do betão
com laivos de esbanjamento,
corrói até à exaustão
recursos do orçamento.

O mexilhão sensível
às questões sociais,
considera risível
os discursos demenciais!

II Parte

A propaganda socialista
alimentada de falsidades,
é tremendamente miserabilista
e repleta de imbecilidades!

Vestindo a pele de cordeiro
para daí tirar rendimentos,
mas neste povo tão ordeiro
nem todos são jumentos!

O mexilhão sente-se enganado
com tanta falsidade,
este socialismo desatinado
é feito de áspera lanosidade!