Ainda se lembram da primeira notícia do Público?
Perguntava-me então, a quem servia aquela notícia.
O Expresso apresenta-nos hoje uma explicação para as notícias do Público e do Diário de Notícias.
E a explicação é plausível: queriam obrigar o Prof. Cavaco Silva a tomar posição nestas eleições.
Obviamente, a posição que pretendiam, era de apoio ao PSD.
Como está à vista de todos, conseguiram que o Prof. Cavaco Silva tomasse posição.
A posição é simples e não precisou de ser declarada: não dá a cara por Santana Lopes!
Mas a armadilha estava montada para funcionar em qualquer dos cenários:
- se apoiasse, alcançava-se o objectivo óbvio (não conseguido com a foto no cartaz);
- se não apoiasse, ganhavam-se argumentos para lhe recusar o apoio nas eleições presidenciais.
Tornou-se evidente para que serviam as notícias.
Tornou-se óbvio a quem serviam as notícias.
Estamos perante o anúncio da fractura do PSD nas próximas eleições presidenciais.
E já sabemos quem serão os autores dessa fractura. Foram surgindo nas várias notícias que saíram sobre este tema desde 3ª feira.
Paradoxalmente, esta situação foi preparada antes das eleições do próximo dia 20.
Inverosimilmente, tem intenções que são independentes dos resultados eleitorais do próximo dia 20.
Vale a pena esperar para vermos qual vai ser a atitude de um certo aparelho do PSD após o próximo dia 20.
3 comentários:
Nem mais, meus caros.
Atentem nas seguintes palavras de Mário Mesquita, hoje, dia 13, no "Público":
"Da especulação noticiosa passou-se à especulação sobre a especulação. Permanecem em aberto múltiplas possibilidades de especular sobre o segundo grau da especulação. Este tipo de jornalismo ruma ao infinito. A espiral especulativa não tem fim..."
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