O discretíssimo senhor Juiz de Instrução Criminal do chamado caso "Casa Pia", concedeu uma entrevista a uma rádio (anunciando a SIC ter sido dada pelo telefone e desejando eu que a PT me instalasse uma linha com tamanha claridade de som).
Da dita entrevista, e sem outras considerações que estou certo pouco acrescentariam ao juizo que cada um faça dela e do ilustre entrevistado, reproduz-se aqui um ilustrativo excerto. Presumo que perguntado se se achou ou se se acha um justiceiro, respondeu:
«No justiceiro, vemos nos filmes do Oeste, o “Ok Corral”, o homem chega lá e dá três balázios em alguém: fez justiça e é o maior. Mas não foi um juiz, foi um justiceiro», diz o magistrado, acrescentando: «Um juiz tem de se pautar pela lei que tem. E tem de se reger por ela e só por ela».
6 comentários:
Há pessoas para quem a fala sobre certos assuntos, deveria estar interdita. Uma delas é o PGR. Outra, agora, é este juiz que se celebrizou malgré lui.
Estou certo que é um juiz melhor do que muitos jamais o seriam e apesar disso, vilipendiado por muitos outros.
Nestes casos, o silêncio ou a entrevista ponderada em contexto, seria o melhor.
Assim, vai ser tricidado, estou mesmo a ver.
Esse juiz é uma besta porque tem mais para se reger que a lei, uma vez que a própria lei lhe dá essa possibilidade. O que ele está a dizer é que desde que siga a lei pode fazer de tudo. O que é mentira!
São estes juízes que me fazem pensar se não eram bem substituídos por um computador com um daqueles jogos de decisão....
Caro Tonibler
Completamente de acordo, no entanto nem a informática é poderosa para resolver casos onde existem leis que se contradizem.
Moeda (virtual) ao ar. Existe e é simples de programar.
Que é um bocado semelhante ao que os juízes fazem, quando vemos por aí tantas situações contraditórias.
E já agora, meus caros, sendo possível programar o computador, digam-me o que prefeririam: o computador-justiceiro que a um tempo condenava e logo ali disparava três balázios e resolvia o problema à sociedade tal como o "OK Curral"; ou o computador-juiz que se pautaria pela lei aplicando-a, criando o problema à sociedade de, na V. omnipresente lógica "financista", com os seus impostos, ter que suportar a despesa do processo se o arguido for absolvido, ou com os encargos do "alojamento" prisional se for privado da liberdade?
Caro JMFA,
O objectivo é justiça ou é finanças. Se é justiça, faz-se o outsourcing com os espanhóis. Se é finanças, basta substituir os juizes de instrução por um Palm(é mais um choque tecnológico...)
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