O livro 4R-Quarta República, apresentado há duas noites e um dia, está nas livrarias, agora já em segunda edição.
Tal como na gastronomia, em que os olhos também comem, a capa de um livro constitui um fortíssimo elemento motivador da curiosidade e da consulta e, mais do que isso, pode significar muito do seu conteúdo. Tal acontece com a capa do 4R-Quarta República. Partindo da árvore do pórtico do blog e do nome quarta república, o designer gráfico Rui Lobo compôs uma figura de elevado sentido simbólico e estético.
Num campo aberto, começa a surgir a aurora que anuncia a manhã, tingindo o céu com os primeiros alvores que marcam o fim das trevas e o início de um novo dia, claro e esperançoso. Da árvore, frondosa e altaneira, os ramos mais altos já reflectem a primeira claridade que em breve a todos se espalhará. Árvore forte, que indica raízes sólidas e duráveis. Assim como a mudança necessária neste país.
Francisco José Viegas, no Prefácio do livro, interpretou literariamente o nosso propósito: “…Talvez por isso mesmo, o Quarta República se situa providencialmente no “limite da utopia”, como se lê no seu pórtico, aliás belíssimo, com a imagem de uma árvore que sinaliza essa procura de raiz e de infinito. Lá, onde há raiz e infinito, as mudanças não são abruptas, nem procuram estabelecer um mundo de seres perfeitos e iluminados ou imunes ao afecto, ao prodigioso ou ao que é simplesmente amável no comportamento humano…”
O Rui Lobo, artista de elevado mérito, jovem designer gráfico diplomado na universidade e na prática profissional com atelier em Coimbra, interpretou de forma admirável o simbolismo e o sentido da Quarta República.
O nosso tributo e os nossos parabéns ao Rui Lobo!...
Tal como na gastronomia, em que os olhos também comem, a capa de um livro constitui um fortíssimo elemento motivador da curiosidade e da consulta e, mais do que isso, pode significar muito do seu conteúdo. Tal acontece com a capa do 4R-Quarta República. Partindo da árvore do pórtico do blog e do nome quarta república, o designer gráfico Rui Lobo compôs uma figura de elevado sentido simbólico e estético.
Num campo aberto, começa a surgir a aurora que anuncia a manhã, tingindo o céu com os primeiros alvores que marcam o fim das trevas e o início de um novo dia, claro e esperançoso. Da árvore, frondosa e altaneira, os ramos mais altos já reflectem a primeira claridade que em breve a todos se espalhará. Árvore forte, que indica raízes sólidas e duráveis. Assim como a mudança necessária neste país.
Francisco José Viegas, no Prefácio do livro, interpretou literariamente o nosso propósito: “…Talvez por isso mesmo, o Quarta República se situa providencialmente no “limite da utopia”, como se lê no seu pórtico, aliás belíssimo, com a imagem de uma árvore que sinaliza essa procura de raiz e de infinito. Lá, onde há raiz e infinito, as mudanças não são abruptas, nem procuram estabelecer um mundo de seres perfeitos e iluminados ou imunes ao afecto, ao prodigioso ou ao que é simplesmente amável no comportamento humano…”
O Rui Lobo, artista de elevado mérito, jovem designer gráfico diplomado na universidade e na prática profissional com atelier em Coimbra, interpretou de forma admirável o simbolismo e o sentido da Quarta República.
O nosso tributo e os nossos parabéns ao Rui Lobo!...
11 comentários:
A minha experiência nas Artes Gráficas construída ao longo de mais de quarenta anos de profissão,agradecem ao artista a forma generosa, rápida e de bom gosto,impressa nesta capa.
Joaquim Garrido
Edições Cosmos
Drº Pinho Cardão.
Permita-me que o felicite pela maneira brilhante como em meia dúzia de linhas interpretou tão bem, e de forma singela, a capa do livro 4R, não esquecendo o seu autor, o designer Rui Lobo.
Acrescenta ainda mais valor a este seu texto, a analogia que faz entre a capa (logo, o livro), e a gastronomia: ambos são alimentos: um do espírito, o outro, do estômago.
Sem esta magnífica capa, o livro não seria a mesma coisa, estaria reduzido na sua identidade própria, no novo sentido que lhe quisemos dar em relação ao blog em que mergulha as raízes. Ficou magnífica, muito obrigada e muitos parabéns ao Rui Lobo, desde já lhe vaticino os maiores êxitos na sua arte!
Então e merchandising? Não vai haver?
É que com uma imagem destas é pena não haver um merchandising associado.
Eu sei que não é esse o conceito do blog mas, se fossem os americanos já estava aí o mercado inundado com o merchandising.
A profundidade e a leveza belíssimas da capa do Livro são também a expressão de uma sensibilidade invulgar de Rui Lobo. É a sensibilidade ao serviço de uma criatividade muito fina que nos deixa apaixonados pelas formas e pelas cores. Um "cartão de visita" para "lá dentro", de novo, nos apaixonarmos pela sobriedade, alegria e esperança do Quarta República.
Parabéns sinceros ao Rui Lobo e um obrigada muito grande...
Caro Pinho Cardão e Demais Amigos da 4R,
Em reforço da explicação por mim alvitrada, a respeito do súbito e ruidoso sucesso do lançamento do livro da 4R e em consonância com o anterior depoimento de Pinho Cardão, acrescento :
Há, de facto, grande saturação geral pela excessiva predominância de certas caras em toda a intervenção política, cultural e cívica pública. E não se trata de uma questão etária, porque muitos destes protagonistas são jovens ou ainda relativamente jovens, mas ocupam o palco há demasiado tempo, alguns há trinta anos.
Estão esgotados : na imaginação, no conteúdo da sua contribuição e, pior do que isso, muitos ficaram enredados em escândalos, em compromissos desonrosos, em contradições sucessivas e em desaires múltiplos. Carecem, por isso, de credibilidade pública, para já não falar de falta de competência profissional específica de muitos para tutelar áreas ou pelouros de que têm sido responsáveis, nas várias funções políticas e de gestão que têm assumido ao longo dos anos.
Eles próprios deveriam ter consciência disto, resguardando-se para planos mais recuados ou modestos, promovendo a entrada de outras pessoas, de perfil técnico, político e ético mais abonatórios e adequados, não desgastadas por anteriores insucessos, não comprometidas com alguns estrondosos falhanços, recentes e menos recentes.
Sem esta noção presente, qualquer remodelação ou regeneração de pessoal político corre o risco de repetir erros passados e voltaremos a registar ciclos de expectativa e decepção nefastos, frustrantes, de que o País sofrerá as consequências. A preocupação com a coesão desta entidade – Portugal – deveria igualmente integrar toda a intenção de regeneração política. Há excesso de individualismo e mistura de conceitos sobre o que seja conduzir politicamente um País, na era presente.
A pretexto da globalização económica, tende-se a desprezar os conceitos de Nação, Estado, Cultura, Identidade Cultural e Ensino Público, sistema mais adequado para promover estes conceitos que o Ensino Particular, útil, mas supletivo, porque caro, raro e também pouco apetrechado e pouco competente, na maioria dos casos, a par de outros de comprovada excelência, mas com o senão de ficarem inacessíveis à maioria da população, tão dispendiosos se revelam.
Peço desculpa da extensão do comentário, mas poderia até continuar, porque as matérias são críticas, o passivo é enorme, o tempo urge para agir. Suspendo, por ora.
Gostaria de suscitar mais opiniões. É preciso incentivar o debate sobre estes assuntos. Não devemos esperar por homens/mulheres providenciais, ainda que admitamos que os haja.
Tomáramos nós...
AV_19-10-2007
Concordando com aqilo que foi comentado pelo caro Dr. Pinho Cardão no post anterior e reforçado aqui, pelo caro António Viriato, constatamos que estão identificados os efeitos causadores do descontentamento crescente, da apatia geral e do descrédito em relação às palavras, actos e atitudes dos políticos e outras figuras públicas absorvidos e (ou) auto-imolados pela super-máquina da mediatização.
A força da imagem começou recentemente a ser entendida, direccionada e manipulada, com o objectivo de obtenção da fidelidade a essa mesma imagem. É um fenómeno que emerge daquilo que de ha muito se conhece, ou seja, a sensibilização geral a uma imagem arrumada e à exposição de um lado fisionómico mais favorável, que é comum a todos nós. Estes pontos-base, optimizados e adicionados a uma dicção ensaiada e a alguns truques de estética que minimizam, ou dissimulam pormenores menos favoráveis, constituem a receita ideal para a criação de uma imagem que consegue com relativa facilidade convencer a boa-fé de cada um de nós das capacidades, boas intenções e credibilidade daquilo para que aquela imagem está a querer garantir a nossa anuência, apoio e concordância.
Sempre achei que a opinião pública, rápidamente se iria aperceber desta manipulação e a iria fazer abortar em si mesma. Surpreende-me porém que isso não aconteça e que contráriamente ao que seria espectável, parece que a cada dia se reforça. Temo que estejamos a ser absorvidos pela cultura do faz-de-conta.
Comentários de grande riqueza de conteúdo, estes do António Viriato e do Bartolomeu, que honram o 4R. Merecem bem a continuação do debate.
Caro anthrax:
Então quer "merchandizar" o 4R, pondo-nos a produzir e vender arvorezinhas de natal e vassouras decoradas com o símbolo, para varrer indesejáveis?
Não!
A 4ª república é impoluta e limpa!...
Grandiosa proclamação, à boa maneira anthraxiana!...
Prezado Professor Pinho Cardão, se me permite a pergunta, acha que o "merchandising" que o irreverente Anthrax teria em mente se ficava pelas arvorezinhas? Pelo que conheço daquela mente prodigiosamente inventiva, julgo que ele sonhava já com umas "susanitas", uns "davidezitos", uns "pinhozitos cardões" ... em miniatura, "enxovais" a condizer, os "carritos", etc, ...
À Anthrax, se me percebe!
:))
Caro António Viriato
A sua excelente reflexão levou-me a escrever um texto na perspectiva de promover o debate do(s) assunto(s) interessante que aqui nos trouxe.
Convido-o, pois, a dar um salto aos "Pensamentos de mudança..." já no "ar"...
Caro crack:
Pois tem toda a razão!...
Daquela mente criativa e sempre em movimento acelerado nem imaginar somos capazes do que poderia sair...
Mais uma razão para resistirmos ao apelo...em legítima defesa, claro!...
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