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sexta-feira, 14 de março de 2008

Finalmente, a reforma que faltava!


O Partido Socialista apresentou no Parlamento um projecto de lei que visa proibir a colocação de piercings na língua. Finalmente! Para além de ser a melhor forma de celebrar os três anos de governação socialista elegendo prioridades, o País vê chegada a hora por que esperava há anos, impaciente. Vamos, pois, ter lei que regulará o funcionamento dos estabelecimentos que fazem tatuagens e aplicam piercings, passando a ser proíbida a sua aplicação na língua com o devido controlo da ASAE como se impõe, no intervalo da suas acções contra a alheira tradicional e a azeitona curtida em bacia de plástico.
Diz-nos a imprensa que o projecto estabelece a proibição da aplicação de piercings, tatuagens e de maquilhagem permanente a menores de 18 anos. Ainda bem. O País não será o mesmo após o exercício do poder legislativo que venha a consumar a essencial e esperada reforma.
Honra e glória, pois, ao deputado e líder do PS/Porto Renato Sampaio, primeiro proponente, que nos vem dizer que urgia definir um «quadro de referência de qualidade», que constituirá «factor de protecção dos consumidores e de informação dos profissionais». Pois urgia. E porque urgia, espero que os seus colegas deputados agendem a iniciativa com carácter de urgência e a aprovem por unanimidade e aclamação.

Viva o Parlamento português!
Fotografia originariamente colocada substituída para garantir que os(as) mais susceptíveis voltam a este blogue

12 comentários:

Tonibler disse...

Agora sim, nós os quarentões deixaremos de ter inveja porque as raparigas do nosso tempo não usavam piercings na língua. O meu aplauso ao parlamento da república sem, no entanto, me esquecer que falta legislação adequada ao flagelo do casaco azul de botão dourado estilo "comandante de iate".

Margarida Corrêa de Aguiar disse...

José Mário
Tem que convir que fotografias destas são chocantes! Podem ser grandes "obras de arte" mas convenhamos que não são para levar a sério!
É pena que a lei não trate também dos piercings no cérebro, pois esses são bem mais perigosos! Enfim, não se pode não ter tudo!

Massano Cardoso disse...

Caro Tonibler

E as quarentonas? Se visse onde alguns rapazes colocam os piercings (é preciso muita imaginação!)...
Ainda bem que o Ferreira de Alameida não mostrou uma fotografia dessas! O que iriam dizer do 4R por aí fora...

;)

jotaC disse...

Pois...a coisa vista desta maneira até me parece inestética e horripilante!
No entanto, não entendo muito bem a legitimidade democrática de proibir algúem de meter o dito objecto na língua!

Anónimo disse...

Não me diga, Tonibler, que nem o casaquinho azul vai escapar!
Margarida, diz muito bem, os acessórios cerebrais, esses pelos vistos não motivam o legislador. Mas também é verdade que uma vez colocados ao que parece não há forma de os remover. Pelo menos é o que a experiência parece indicar.
O comentário do Professor Massano Cardoso levanta uma questão pertinente, que pode de resto levar a problematizar a constitucionalidade da medida proposta. Porque razão se discriminam as pessoas que colocam piercings na língua e não se proibem os piercings noutras partes do corpo? Estou certo que o deputado Renato Sampaio dará, a seu tempo, a explicação.
jotaC: a questão, muito, muito a sério, é mesmo a que levanta.

Pinho Cardão disse...

Que grande "chatice"!...
E eu que almejava ver a língua do Ribau Esteves debruada a piercings azuis como forma de marketing eleitoral...
Isto não se faz!...

Pedro disse...

Ora vivam!

Uma procura de imagens google usando a string piercing é mesmo uma "shocking experience"... O piercing (e já agora tatuagem) extremo deve ter algo a ver com a anorexia e outras.

Mas remando contra as opiniões aqui expressas, acho muito bem que o estado proíba a venda de certos serviços em geral e de outros a menores.

Por exemplo, deve ser ilegal vender um serviço que consiste em cortar a mão e lá pôr um gancho à capitão gancho. Ou por exemplo vender serviços de excisão feminina. Por outro lado qualquer um ou uma é livre de o fazer na banheira, com o serrote ou o corta-unhas.

Deve também ser ilegal vender algo a um menor que altere irreversivelmente o seu corpo. Excepto o cérebro, uma vez que a educação é acima de tudo um processo de alteração irreversível do cérebro de quem a aceita.

Cumprimentos,
Paulo.
PS: Caro Pinho Cardão parece-me há um lapso na sua frase "língua do Ribau". Acho que queria dizer "língua azul do Ribau". Confirma?

Pinho Cardão disse...

Caro Paulo:
Sou mais cordato!...
Língua azul é moléstia, não?

Anónimo disse...

Lingua azul, moléstia, aaahhhhh!!, começa a perceber-se o porquê de tantas coisas que parecem do outro mundo acontecerem em Portugal. A pouco e pouco o puzzle compõe-se. Caro Professor Massano Cardoso, o senhor e os da sua ciência tenham compaixão, sejam caridosos, dêem uma ajudinha aos afectados pela moléstia azul! E, a bem da saúde publica, promovam um rastreio mais alargado algures ali pela zona do Largo do Rato. Não fica assim tão longe da Rua de São Caetano.

Entretanto os piercings, sinceramente, a menores de 18 anos não me parece mal que seja proibido fazerem tatuagens permanentes, piercings e em geral tudo o que altere o corpo humano em permanencia.

PA disse...

Cá em casa, foi decidido "democraticamente" por mim, que a filha não coloca piercings, nem faz tatuagens.

Até agora a decisão, foi cumprida.
E penso que, nem outra hipótese se coloca.
"Democraticamente" falando ....

Pena que eu não possa colocar aqui umas fotos que recebi por mail, de várias utilizações do piercing, por gente jovem. É de bradar aos céus...
Não sei como reagiria se um filho meu, fizesse, aquilo que eu vejo nessas fotos.

Suzana Toscano disse...

Cara Pezinhos, pelos vistos há muitos pais que não conseguem tanta democracia interna e então lá aparecem os piercings na língua, nas sobrancelhas, na asa do anriz e, como aqui se refere, onde a imaginação e a coragem determinar. Os dos umbigo deram origem à moda das camisolinhas curtas, meio palmo de barriga à mostra para se ver o brilhantinho. E, na falta de autoridade,nada como recorrer à lei, a proibição
e uma terrível vertigem de exercicio de poder. O que eu pensei, e acharia bem, era que se impusessem algumas condições de higiene nos locais que fazem disso negócio, há verdadeiros tugúrios e creio que a higiene não abunda em muitos deles. Mas, claro, será mais fácil proibir e depois criar um grupo de fiscais que andem pelas ruas a pedir às meninas que deitem a língua de fora...!

Unknown disse...

Portugal 2008