Um dos nossos fiéis leitores fez-me chegar a observação de que não temos dado atenção, aqui no 4r, às eleições em Espanha, apesar de ser aqui mesmo ao lado e de termos larga influência do que ali se passa e vai passar.
De facto, este processo tem chegado cá sobretudo pelo ganha-perde dos dois debates entre Rajoy e Zapatero, sendo que a própria realização desses frente a frente foi ela mesma objecto de notícia porque já tinha saído dos modelos habituais das eleições.
Ouvi o 1º debate com toda a atenção e o 2º já mais distraída e pareceu-me claro que Zapatero se refugiou nos indicadores económicos como garantia de vida, evitando avaliar as dificuldades que se adensam para o futuro próximo e que ignorou tanto quanto pôde a questão dos sepataratismos e as consequências da sua política de abertura ao diálogo com a ETA. Rajoy explorou fortemente “as mentiras”, as promessas não cumpridas, os acordos rasgados e as falsas ilusões criadas. Atribuiu os êxitos ao trabalho feito pelo PP nos seus Governos e acusou o adversário de estar a desbaratar esse património de progresso, apesar de também não lhe termos ouvido muito mais que críticas e receios agitados sobre as perspectivas de futuro. Referiu com insistência a desmoralização das pessoas, o descrédito e a falta de confiança, procurando capitalizar os descontentamentos.
Zapatero mostrou uma segurança que não se lhe suspeitava quando chegou ao Governo e confia claramente que vai voltar a ganhar.
Pelo meio, ficou um manancial de estatísticas afirmadas e contrariadas, lidas e treslidas, tudo numa insistência que se tornou absurda, e que só serviu para mostrar como os números e resultados podem dizer uma coisa e o seu contrário. Ficou ainda a abordagem pouco esclarecedora do desemprego, da crise na construção, do reflexo dos mercados financeiros, da insatisfação dos resultados escolares, da carga fiscal…
Naqueles debates assépticos, com energia contida e só quase denunciada no modo de olhar e nos traços da boca, foi pouco apaixonante o discurso político e pouco esclarecedor o futuro. Mas se calhar valia a pena reparar melhor nas eleições em Espanha.
De facto, este processo tem chegado cá sobretudo pelo ganha-perde dos dois debates entre Rajoy e Zapatero, sendo que a própria realização desses frente a frente foi ela mesma objecto de notícia porque já tinha saído dos modelos habituais das eleições.
Ouvi o 1º debate com toda a atenção e o 2º já mais distraída e pareceu-me claro que Zapatero se refugiou nos indicadores económicos como garantia de vida, evitando avaliar as dificuldades que se adensam para o futuro próximo e que ignorou tanto quanto pôde a questão dos sepataratismos e as consequências da sua política de abertura ao diálogo com a ETA. Rajoy explorou fortemente “as mentiras”, as promessas não cumpridas, os acordos rasgados e as falsas ilusões criadas. Atribuiu os êxitos ao trabalho feito pelo PP nos seus Governos e acusou o adversário de estar a desbaratar esse património de progresso, apesar de também não lhe termos ouvido muito mais que críticas e receios agitados sobre as perspectivas de futuro. Referiu com insistência a desmoralização das pessoas, o descrédito e a falta de confiança, procurando capitalizar os descontentamentos.
Zapatero mostrou uma segurança que não se lhe suspeitava quando chegou ao Governo e confia claramente que vai voltar a ganhar.
Pelo meio, ficou um manancial de estatísticas afirmadas e contrariadas, lidas e treslidas, tudo numa insistência que se tornou absurda, e que só serviu para mostrar como os números e resultados podem dizer uma coisa e o seu contrário. Ficou ainda a abordagem pouco esclarecedora do desemprego, da crise na construção, do reflexo dos mercados financeiros, da insatisfação dos resultados escolares, da carga fiscal…
Naqueles debates assépticos, com energia contida e só quase denunciada no modo de olhar e nos traços da boca, foi pouco apaixonante o discurso político e pouco esclarecedor o futuro. Mas se calhar valia a pena reparar melhor nas eleições em Espanha.
1 comentário:
El gallego Rajoy Brey ama y entiende mejora a Portugal que Zapatero......
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