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segunda-feira, 20 de abril de 2009

Ab Imo Corde Laetemur (Do fundo do coração, alegremo-nos)


Bem sei que, nos dias que correm, é um tanto dissonante apelar à alegria, mas não deixa de ser uma proposta contra-corrente que é capaz de não nos fazer mal algum. Ab Imo Corde Laetemur (do fundo do coração, alegremo-nos) é o lema da Confraria do Espumante que, no sábado passado, entronizou mais de duas dezenas de novos confrades, com a particularidade de, nesta cerimónia, os novos membros serem todos mulheres, entre as quais me incluo com muito gosto.
A cerimónia foi na sala do capítulo do Mosteiro de Alcobaça e inclui um ritual de juramento e posse, acompanhado da entrega das adequadas vestes da Confraria, e termina, como não podia deixar de ser, com um brinde com espumante português.
A Confraria do Espumante é uma associação cultural, sem fins lucrativos, de âmbito nacional, onde estão representadas todas as regiões produtoras do Espumante e tem como objectivo promover e defender a qualidade do produto e divulgar a raiz cultural, tradições, riqueza paisagística, e património arquitectónico e religioso associados.
O ambiente depressivo actual não parece propício ao aumento do consumo do espumante, sempre associado a momentos de alegria e festejos mas, se pensarmos um pouco, há sempre alguma coisa boa a que brindar, talvez a actual conjuntura nos possa afinal estimular a dar valor a muita coisa que até agora passaria despercebida.
O espumante português agradece e aí está, para sublinhar os bons momentos e, certamente, os portugueses vão sentir-se melhor com a prática deste simples exercício de vontade que é o de procurar, em cada dia, um motivo para celebrar!
Com espumante, de preferência, ou mesmo sem ele (que não nos sirva de desculpa…) “ab imo corde laetemur”!

12 comentários:

Anónimo disse...

Ab Imo Corde Laetemur! Bem vinda à Confraria, Suzana. Com muita pena minha não pude estar presente na entronização. Mas não faltarão agora ocasiões para a ver envergando o lindíssimo traje, de taça na mão brindando à vida com um produto excelente como é o espumante português.

jotaC disse...

Ergo a minha taça para brindar a todas as novas confrades do espumante português.
Para a Draª Suzana Toscano, um brinde mais prolongado, pela jovialidade e graciosidade na forma como nos descreve aqui o seu orgulho. Parabéns!

Pinho Cardão disse...

Cara Suzana:
No próximo evento do 4R é obrigatório envergar o traje e trazer umas garrafitas. Noblesse oblige...
Os cálices... é comigo!...

Pinho Cardão disse...

...Porque isso de ser confrada, ou confreira (confrade não pode ser, por razão de género, obviamente...)traz consigo alguns deveres...

Anónimo disse...

Julgo que nada obsta a que se chame a Suzana de confreira; ou, se não gostar, consóror.
Quanto aos deveres, Pinho Cardão, apoiadíssimo. Eu cumprirei a minha parte.

jotaC disse...

Caro Drº Pinho Cardão:
Traga outro cálice, este pobre republicano também gosta! A garrafita está certa, tão grande é a bondade da nossa consóror...
:)

Massano Cardoso disse...

Tchim! Tchim! Eu não dispenso de beber à saúde da Suzana e de todos os que nos leem!

Pedro disse...

Meus Caros,

Vocês que são adeptos do espumante -- e devo dizer que o espumante acompanha(n)do o/por prato principal é prática a desenvolver em Portugal -- expliquem-me lá porque é que a bolha(?) do espumante português é muito mais "grossa"(?) que a do vinho de Champagne?

Nunca percebi exactamente a razão e sempre faz alguma diferença...

Cumprimentos,
Paulo

just-in-time disse...

Caro Paulo
O Método Clássico, i.é, o original, é o mais complexo e o mais caro, produzindo a melhor "perlage", a bolha mais fina, que dá a melhor sensação de agulha.
Mas o copo também é importante: bem lavado, seco, pouco frio e, se possível com o fundo rugoso (também pode ser raspado com uma faca) para libertar melhor as bolhas.
Mas, decididamente, o mais importante é ir experimentando, aumentando as celebrações que se fazem, como diz a Suzana.

Suzana Toscano disse...

Bem, bem, estou a ver que o número de confrades e de confreiras (também me agrada o nome de consórores)vai aumentar exponencialmente! Eo consumo do espumante promete! Já mereci o meu lugar nas fileiras da Confraria,que êxito!!E, se a companhia não chegasse, como provam estes dois 4republicanos que aqui a representam, fiquem sabendo que o traje é lindissimo, fico muito contente por o usar nas próximas cimeiras do 4r, para inveja dos que ainda não fizeram o juramento. QUanto à baixela, o caro Pinho Cardão já está aprovado, o espumante nunca é demais, desde que cumpra os requisitos da nacionalidade e da qualidade. O resto,- a boa disposição e a vontade de erguer a taça à amizade, à alegria e ao excelente convívio quatrorepublicano - têm abundância e qualidade garantidos!

Suzana Toscano disse...

...e até já temos a explicação técnica que o caro just-in-time adiantou à dúvida do caro Paulo, queriam melhor?

just-in-time disse...

"O espumante é um vinho cuja efervescência resulta de uma segunda fermentação alcoólica, em garrafa ou outros recipientes fechados, produzidos pelos processos tecnológicos clássicos e admitidos por lei.

1.º Método Champanhês ou Método Clássico - originalmente usado na região de Champagne mas utilizado também pela a maioria dos produtores de espumante, cuja fermentação decorre em garrafa.

2.º Método Charmat - aquele cuja fermentação se dá em cuba fechada.

3.º Método Contínuo - aquele cuja fermentação se vai operando na passagem de um para os vários depósitos seguintes."

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