A Ministra da Saúde anunciou duas medidas positivas no apoio aos tratamentos de infertilidade: o aumento da comparticipação de 37% para 69% nos medicamentos usados nos tratamentos de infertilidade e a possibilidade de os casais que se encontram em lista de espera há mais de um ano nos hospitais públicos poderem ser tratados no sistema privado.
Uma boa notícia para os casais que lutam pela realização do sonho de ter filhos. São medidas de importante alcance social, designadamente porque reduzem a aberrante discriminação em relação aos casais que por não disporem de rendimento não podem recorrer ao sistema privado, em alternativa à longa espera de anos a que têm que se sujeitar para receber tratamento nos hospitais públicos.
Uma boa notícia para os casais que lutam pela realização do sonho de ter filhos. São medidas de importante alcance social, designadamente porque reduzem a aberrante discriminação em relação aos casais que por não disporem de rendimento não podem recorrer ao sistema privado, em alternativa à longa espera de anos a que têm que se sujeitar para receber tratamento nos hospitais públicos.
Não compreendo, contudo, porque é que os casais que estão em fila de espera nos hospitais públicos não são livres de poder escolher os centros médicos do sistema privado autorizados a fazer tratamentos de infertilidade. Com efeito, será o Estado a determinar ao casal infértil o centro privado que lhe fará o tratamento. Mais um tique estatizante dispensável que, ou muito me engano, vai complicar a eficácia da medida.
Assim como, também, não compreendo porque é que neste domínio tão sensível da vida a comparticipação nos medicamentos não é assegurada a 100%.
Esperemos, então, que as medidas finalmente anunciadas, depois de anos de estudos e mais estudos, passem do papel ao concreto. Não raras vezes entre um e outro vai uma grande distância…
Esperemos, então, que as medidas finalmente anunciadas, depois de anos de estudos e mais estudos, passem do papel ao concreto. Não raras vezes entre um e outro vai uma grande distância…
4 comentários:
Lá está, ele por muito boas intenções tem de haver sempre um "mas" de permeio...
Cara Dra. Margarida Aguiar:
Concordo consigo, tanto mais que Portugal tem uma das mais baixas taxas de natalidade da EU! Não faz sentido, portanto, o Estado não suportar a totalidade das despesas com a infertilidade!.
Caro Blondewithaphd
Há casos em que os "mas" são necessários. Não é, a meu ver, o caso. Gostaria de perceber a que se deve o "mas" desta boa notícia, dificilmente justificável se atendermos que é preocupante, entre outros aspectos, a baixa taxa de natalidade que se verifica em Portugal, como muito bem aponta o nosso Caro jotaC.
Cara Margarida
Agora que estamos mergulhados numa crise de proporções inimagináveis, acho bem que o governo comece a não ter dúvidas que no médio prazo, a continuarmos assim, a ter uma natalidade medíocre, vamos ter problemas gravíssimos ao nível da mão-de-obra, seja ela de que formação for. Não é com uma importação incontrolada e tantas vezes só norteada por conveniências de cariz político, sem justificação pois, de emigrantes, que vamos resolver as nossas limitações, também neste capítulo. Enfim, Sra. Ministra, o que é preciso é haver amor fisico e o Estado que ajude a todos termos o usufruto!
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