Helena Matos, no Publico e no Blasfémias, uma análise tão crua quanto real e clarividente. Uma leitura a não perder neste tempo em que se escreve tanto e com tão pouco interesse.
A Cara Helena Matos tem alguma razão, mas não toda! Não são 6 milhões de pessoas com medo, são mais de 9 milhões! Julgo que a Cara Helena Matos e muitos, muitos outros ainda não perceberam que o PSD dificilmente ganhaŕa estas eleições pela simples razão que poucos eleitores acreditam que este partido não faça parte do problema. Sim, porque o problema é o regime; não vale a pena esconder o sol com uma peneira.
A mim, parece-me que o problema, são os regimes. O democrático acima de todos, o jurídico, logo a seguir, por conseguinte, o eleitoral, com todos a reflectirem-se no social.
Bem, meu querido Bartolomeu, você acabou de me dar uma trabalhareira só à procura de um vídeo de resposta que fosse adequado... bom dentro dos meus gostos musicais é claro, que na generalidade são um tanto ou quanto pesados e depois ainda apanhava um susto e era aborrecido.
Bom, mas depois de uma pesquisa intensa encontrei um. Cá vai: http://youtu.be/lh_h-KdbBrE
;)))))) Muita gentileza sua, querida Anthrax. O burro trouxe-me à memória uns anos atrás o maestro Vitorino de Almeida, quando se passeava na baixa com um burro pela trela e garantia que o animal partilhava a sua habitação num prédio da Av. da República. Com um bocado de jeito, o burro era asno suficiente para executar uma peça a 4 mãos. Mas apesar de tudo, tinha preferido que me desvendasse essa sua faceta que se inclina para gostos musicais... pesados.
A crónica de Helena Matos tem muito que se lhe diga.
Respigo apenas dois pontos:
1 - Há 6 milhões de dependentes do Estado afirma HM, citando Medina Carreira. O Estado é grande e todos governos os seus alargadores.
Mas o número peca por algum exagero. Quando Helena Matos conta os dependentes, ou MC por ela, conta também os reformados que,compulsivamente, pagaram para garantirem uma reforma nos termos prometidos e já várias vezes alterados? Estou certo que sim.
Neste caso, um reformado que tenha descontado durante uma vida profissional de 45 anos mais de 30%do seu ordenado (ele e a entidade patronal, o que em termos aritméticos dá no mesmo) é um dependente do Estado? Deve-lhe favores? Deve favores a alguém?
Mesmo no sistema pay and go, adoptado há já várias décadas, a segurança social não é deficitária.
Mais: Quando a segurança social foi alargada aos não contributivos foram os contributivos da segurança social que suportaram a carga.
Mais: Aqueles, cidadãos de primeira, que se mantiveram em sistemas de segurança social especiais, nunca foram chamados a contribuir com nada. Segundo Vital Moreira, e outros, a diversidade de sistemas é inconstitucional desde que pariram esta Constituição.
Mais: Os beneficiários (é com eufemismos destes que se confundem os desprevenidoss) do sistema da segurança social viram as suas pensões saquedas, e irão ver mais ainda. E os outros, Helena Matos? Os bancários, por exemplo? E outros?
Não me vou alongar mas há muito mais para interrogar.
2 - Só para terminar, observo que Helena Matos "Exerce actualmente funções de consultoria e pesquisa histórica para a série Conta-me (RTP 1)" Vd aqui: http://www.ipri.pt/eventos/pdf/CV_HelenaMatos.pdf
A RTP, um grupo de empresas que nos saca uns largos milhões dos bolsos todos os anos, recorre aos serviços de Helena Matos.
Contou Helena Matos com Helena Matos na contagen dos dependentes?
Perguntado de outro modo: Eu, que descontei para a segurança social durante 45 anos mais de 30% do meu ordenado, e que pago impostos para sustentar a RTP onde a Helena Matos cobra sou mais dependente que ela?
Meu querido Bartolomeu, os meus gostos por música são bastante eclécticos. Vão desde a música clássica até, bom... ao death metal e passam por alguma música mais convencional de vez em quando. Não sou esquisita, acredito que a boa música aparece em qualquer língua (e a má também), por isso também me entretenho a ouvir música em línguas diferentes.
Mmmm... agora que penso nisso, devia parar com este consumo de informação generalizado e pensar em especializar-me em qualquer coisa... mas depois, penso que com tantas coisas para conhecer e para experimentar é insano fazer detalhadamente uma só coisa... além de que é aborrecido. Mas isto que teimo em fazer tem uma desvantagem muito grande e que é a percepção de que fazemos tudo e não fazemos nada.
Quem faz e conhece as coisas detalhadamente é muito mais feliz porque está confinado a um nano-mundo, o resto não interessa. Aqueles a quem tudo o resto interessa estão condenados á infelicidade eterna porque passam o tempo à procura do santo graal. No fim disto tudo chegamos à conclusão que o mundo precisa destes dois tipos de pessoas.
Mas voltemos à música, vou deixar-lhe então algo ligeiramente mais pesaducho e que já faz parte daquela categoria que a maioria das pessoas já considera barulho. É claro que eu discordo e acho que a capacidade vocal desta senhora mete qualquer homem a um canto :) http://youtu.be/n9AcG0glVu4
Bolas, agora esqueci-me do que ia dizer ao Rui Fonseca :S
Compreende-se que a contagem de Medina Carreira, pretende atingir um fim diferente. No entanto, concordo inteiramente com as observações que nos deixa o caro Rui Fonseca, e... ainda ha muito mais para interrogar!
Querida Anthrax, devo confessar-lhe que já ouvi pior. Estes rapazes até que têm uma batida ritmada e a mocinha... sim, efectivamente "goza" de uma capacidade vocal, extraordinária, mas... quanto é que aquilo lhe custa por mês, só em rolos de arame farpado? Quanto à questão da "especialização em alguma coisa", pois eu sei que ha muita gente que prefere. Pessoalmente sou defensor da prática da experienciação, talvez por ser mais abrangente e causar menos dependência. Ou assim... sei lá!
Também li o artigo com muito interesse, pelo menos HM habituou-nos a raciocinar quando escreve, não os impõe conclusões pre cozinhadas. Tudo o que diz leva-nos pelo menos a concluir que o País não se muda com listas de "medidas" mais ou mneos instantâneas, para produzirem milagres ao fim de 15 dias.E que não é a Suécia, nem o Burundi, nem os EUA, tem uma realidade muito concreta que não se compadece com teorias importadas - e mutiladas -ao gosto de cada um. E também é verdade que uma das grandes forças do PS é acreditar que tem um direito natural ao exercício do poder, enquanto o PSD tem uma espécie de complexo do poder, sempre com medo de afirmar ideologias, a querer passar por tecnocrata, a funcionar como agregado que gira em torno do lider em vez de ser um lider que comanda um grupo. Mas nada disso impede que se faça um balanço exigente sobre como e porquê o País está como está.
15 comentários:
A mim, pareceu-me que Helena Matos escreveu "PSD: ter ideologia ou não ter eleição".
Ah ah ah ah ah ah :D
O Bartolomeu está inspirado!
;)))
Girl, only you can light my fire...
http://www.youtube.com/watch?v=3dLtiFrykqQ&feature=related
;)))))))
A Cara Helena Matos tem alguma razão, mas não toda! Não são 6 milhões de pessoas com medo, são mais de 9 milhões! Julgo que a Cara Helena Matos e muitos, muitos outros ainda não perceberam que o PSD dificilmente ganhaŕa estas eleições pela simples razão que poucos eleitores acreditam que este partido não faça parte do problema. Sim, porque o problema é o regime; não vale a pena esconder o sol com uma peneira.
A mim, parece-me que o problema, são os regimes. O democrático acima de todos, o jurídico, logo a seguir, por conseguinte, o eleitoral, com todos a reflectirem-se no social.
Bem, meu querido Bartolomeu, você acabou de me dar uma trabalhareira só à procura de um vídeo de resposta que fosse adequado... bom dentro dos meus gostos musicais é claro, que na generalidade são um tanto ou quanto pesados e depois ainda apanhava um susto e era aborrecido.
Bom, mas depois de uma pesquisa intensa encontrei um. Cá vai:
http://youtu.be/lh_h-KdbBrE
;))))))
Muita gentileza sua, querida Anthrax.
O burro trouxe-me à memória uns anos atrás o maestro Vitorino de Almeida, quando se passeava na baixa com um burro pela trela e garantia que o animal partilhava a sua habitação num prédio da Av. da República.
Com um bocado de jeito, o burro era asno suficiente para executar uma peça a 4 mãos.
Mas apesar de tudo, tinha preferido que me desvendasse essa sua faceta que se inclina para gostos musicais... pesados.
A crónica de Helena Matos tem muito que se lhe diga.
Respigo apenas dois pontos:
1 - Há 6 milhões de dependentes do Estado afirma HM, citando Medina Carreira.
O Estado é grande e todos governos os seus alargadores.
Mas o número peca por algum exagero.
Quando Helena Matos conta os dependentes, ou MC por ela, conta também os reformados que,compulsivamente, pagaram para garantirem uma reforma nos termos prometidos e já várias vezes alterados? Estou certo que sim.
Neste caso, um reformado que tenha descontado durante uma vida profissional de 45 anos mais de 30%do seu ordenado (ele e a entidade patronal, o que em termos aritméticos dá no mesmo) é um dependente do Estado? Deve-lhe favores? Deve favores a alguém?
Mesmo no sistema pay and go, adoptado há já várias décadas, a segurança social não é deficitária.
Mais: Quando a segurança social foi alargada aos não contributivos foram os contributivos da segurança social que suportaram a carga.
Mais: Aqueles, cidadãos de primeira, que se mantiveram em sistemas de segurança social especiais, nunca foram chamados a contribuir com nada. Segundo Vital Moreira, e outros, a diversidade de sistemas é inconstitucional desde que pariram esta Constituição.
Mais: Os beneficiários (é com eufemismos destes que se confundem os desprevenidoss) do sistema da segurança social viram as suas pensões saquedas, e irão ver mais ainda. E os outros, Helena Matos?
Os bancários, por exemplo? E outros?
Não me vou alongar mas há muito mais para interrogar.
2 - Só para terminar, observo que Helena Matos "Exerce actualmente funções de
consultoria e pesquisa histórica para a série Conta-me (RTP 1)"
Vd aqui: http://www.ipri.pt/eventos/pdf/CV_HelenaMatos.pdf
A RTP, um grupo de empresas que nos saca uns largos milhões dos bolsos todos os anos, recorre aos serviços de Helena Matos.
Contou Helena Matos com Helena Matos na contagen dos dependentes?
Perguntado de outro modo: Eu, que descontei para a segurança social durante 45 anos mais de 30% do meu ordenado, e que pago impostos para sustentar a RTP onde a Helena Matos cobra sou mais dependente que ela?
Excelente análise, caro Rui Fonseca! Em última instância, todos somos beneficiários, agora, ele há alguns que são mais beneficiários que os outros ;)
Meu querido Bartolomeu, os meus gostos por música são bastante eclécticos. Vão desde a música clássica até, bom... ao death metal e passam por alguma música mais convencional de vez em quando. Não sou esquisita, acredito que a boa música aparece em qualquer língua (e a má também), por isso também me entretenho a ouvir música em línguas diferentes.
Mmmm... agora que penso nisso, devia parar com este consumo de informação generalizado e pensar em especializar-me em qualquer coisa... mas depois, penso que com tantas coisas para conhecer e para experimentar é insano fazer detalhadamente uma só coisa... além de que é aborrecido. Mas isto que teimo em fazer tem uma desvantagem muito grande e que é a percepção de que fazemos tudo e não fazemos nada.
Quem faz e conhece as coisas detalhadamente é muito mais feliz porque está confinado a um nano-mundo, o resto não interessa. Aqueles a quem tudo o resto interessa estão condenados á infelicidade eterna porque passam o tempo à procura do santo graal. No fim disto tudo chegamos à conclusão que o mundo precisa destes dois tipos de pessoas.
Mas voltemos à música, vou deixar-lhe então algo ligeiramente mais pesaducho e que já faz parte daquela categoria que a maioria das pessoas já considera barulho. É claro que eu discordo e acho que a capacidade vocal desta senhora mete qualquer homem a um canto :) http://youtu.be/n9AcG0glVu4
Bolas, agora esqueci-me do que ia dizer ao Rui Fonseca :S
Compreende-se que a contagem de Medina Carreira, pretende atingir um fim diferente. No entanto, concordo inteiramente com as observações que nos deixa o caro Rui Fonseca, e... ainda ha muito mais para interrogar!
Querida Anthrax, devo confessar-lhe que já ouvi pior. Estes rapazes até que têm uma batida ritmada e a mocinha... sim, efectivamente "goza" de uma capacidade vocal, extraordinária, mas... quanto é que aquilo lhe custa por mês, só em rolos de arame farpado?
Quanto à questão da "especialização em alguma coisa", pois eu sei que ha muita gente que prefere. Pessoalmente sou defensor da prática da experienciação, talvez por ser mais abrangente e causar menos dependência.
Ou assim... sei lá!
Também li o artigo com muito interesse, pelo menos HM habituou-nos a raciocinar quando escreve, não os impõe conclusões pre cozinhadas. Tudo o que diz leva-nos pelo menos a concluir que o País não se muda com listas de "medidas" mais ou mneos instantâneas, para produzirem milagres ao fim de 15 dias.E que não é a Suécia, nem o Burundi, nem os EUA, tem uma realidade muito concreta que não se compadece com teorias importadas - e mutiladas -ao gosto de cada um. E também é verdade que uma das grandes forças do PS é acreditar que tem um direito natural ao exercício do poder, enquanto o PSD tem uma espécie de complexo do poder, sempre com medo de afirmar ideologias, a querer passar por tecnocrata, a funcionar como agregado que gira em torno do lider em vez de ser um lider que comanda um grupo. Mas nada disso impede que se faça um balanço exigente sobre como e porquê o País está como está.
Enviar um comentário