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terça-feira, 21 de abril de 2015

A coisa económica do PS

O PS dizia que ia apresentar o seu Programa Económico. Mas, ouvido, aquilo não é um Programa, é uma coisa indefinida, um buraco negro. A reforma do IRC, há tão pouco tempo acordada solenemente com o Governo e votada pelo PS no Parlamento, tornou-se letra morta. A promessa solene de eliminar a CES ficou no tinteiro. O PS, que vituperava novos impostos, recria impostos que não há muito acabaram.
No seu todo, aquela coisa é um non sense completo. Tão completo que, na Declaração final, o próprio Costa admitiu a provisoriedade da coisa 
Uma coisa de refinada demagogia. 

6 comentários:

Carlos Sério disse...

Olhe que não. Olhe que não.

António Pedro Pereira disse...

Caro Dr. Pinho Cardão:
O seu camarada partidário José Matos Correia conseguiu ler as 95 páginas do documento e responder no minuto seguinte à apresentação do mesmo.
O caro Pinho Cardão parece-me que conseguiu ainda ser mais rápido.
É o que se pode chamar um autêntico Lucky Luke.

Pinho Cardão disse...

Caro Carlos Sério:
O PS contestou todas as medidas tomadas pelo governo, depois considerou que devia repôr de imediato todos os cortes nos salários dos funcionários e das pensões, afirmou repetidamente que ia acabar com a CES, mal chegasse ao Governo, etc, etc. Afinal, nesta matéria, limita-se a anunciar, a um ritmo diferente (até ver...) o que o governo já anunciou.
Deu o dito por não dito no IRC. Disse que não haveria aumento de impostos e criou um novo imposto. Por fim, teve a lata de dizer que não iria haver mais austeridade...Àparte alguns benefícios sociais que não ouvi quantificar, é tudo mais do mesmo. Eu, como economista,embora voltado para a gestão, tenho vergonha de que se chame à coisa apresentada um Programa Económico. Digo-lhe que faria bem melhor, e sem qualquer esforço.

Caro Manuel Silva:
Outra vez a ler e a interpretar mal...Eu não disse que li. Limitei-me a comentar o que ouvi. E o que ouvi foi um conjunto vazio de boas ideias.
E cheio de coisas requentadas.

António Pedro Pereira disse...

Caro Dr. Pinho Cardão:
Magistral escapadela.
O senhor é especialista em fugas e escapadelas.
Leia-o então com atenção.
Para o poder demolir como faz Ricardo Paes Mamede no blog Ladrões de Bicicletas.
Mas uma demolição com substância, não porque sim.

Pinho Cardão disse...

Não, caro Manuel Silva, não escapo, nem fujo, mantenho-me sempre fiel ao que penso.
E penso que esta coisa do PS desmente por completo tudo o que Seguro e Costa e o PS vieram a dizer ao longo do tempo. Mantém tudo o que o PS rejeitava. Daqui resulta que ou o PS aceita o Programa e descredibiliza-se por completo, ou não aceita, e o Programa morreu à nascença.
Aliás, Costa teve logo o cuidado de dizer que a coisa não era definitiva. O que também é típico do PS: nunca se sabe o que pensa e o que quer.

Carlos Sério disse...

Caro Pinho Cardão
É perfeitamente desculpável e vai ver que os portugueses irão desculpar que o retorno dos salários da FP proposto pelo PS se faça não num ano, em 2016 mas em dois anos 2016 e 2017. A CES já foi eliminada pelo governo actual para rendimentos inferiores a 4.600 euros. Quanto aos novos impostos eles incidem e bem sobre o capital e não sobre o trabalho.
Há um denominador comum indiscutível neste Cenário Económico apresentado pelo PS e que é o abandono da austeridade como meio de melhoria das contas públicas e do desenvolvimento económico. E é precisamente aqui, que leva os defensores da austeridade sem fim, aqueles que acreditam que é preciso mais austeridade para sair da austeridade, a mostrarem-se tão irritados e ferozes opositores. Vejam-se as reacções dos porta-vozes do PSD e CDS.
O PS pensa e bem que a saída da austeridade só é possível através de medidas que aumentem a Procura ao contrário do governo e da Troika que desprezam os efeitos da procura na economia.
Uma outra coisa é saber se tais medidas de expansão da Procura são compatíveis a curto prazo com as metas do défice orçamental. Mas esta é outra conversa.
O que é verdade e o tempo que levamos já de crise assim o demonstra é que a política do governo e da Troika de expansão da Oferta e Contracção da Procura não nos leva nem à melhoria das contas pública nem ao desenvolvimento económico a médio e a longo prazo.