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sexta-feira, 6 de novembro de 2015

O conto do vigário II- O quadrado circular

Acabar com a austeridade e manter a trajectória descendente do défice abaixo de 3%, de acordo com os compromissos europeus.
Costa acabou de o dizer, alto e bom som, na SIC.
Claro que há sempre alminhas a acreditar no conto...

7 comentários:

Pedro Almeida disse...

Caro Pinho Cardão, a respeito disso, veja esta reflexão de José Manuel Fernandes e diga-me depois a sua opinião:

http://observador.pt/opiniao/acabou-a-austeridade-reformados-vao-ter-aumento-de-18-euros/

Pinho Cardão disse...

Caro Pedro de Almeida:

Lamentavelmente, o que Costa anda a dizer, acabar com a austeridade e cumprir o tratado orçamental, mais que banha da cobra, é mesmo um verdadeiro conto do vigário.
De facto, o aumento dos reformados com menos de 628 euros de pensão, segundo já foi informado e não desmentido pela porta-voz do Bloco (e virtual porta-voz do PS), e a se refere o JMF, é de 0,3%, isto é, 1,8 euros por mês. 1,8 euros e não 18 euros.
Custa a crer que um político responsável tenha o descaramento de falar no fim da austeridade (é isso mesmo, ele disse acabar com a austeridade...) com um aumento de 1,8 euros para uma classe de reformados.
Fico por aqui, que nem tenho mais palavras para comentar a desumanidade de tal afirmação.

João Pires da Cruz disse...

Há no António Costa um óbvio problema de carácter.

luis barreiro disse...

Caro Pinho Cardão também gosto da seguinte frase do costa: Há acordo no que há acordo, e não há acordo no que não há acordo.
O problema de Portugal é que para os adeptos do clube (esquerda) dele este discurso tem sempre lógica.

Gonçalo disse...

Está tudo visto. Há acordo (em desalojar a coligação do governo) mas pouco ou nada mais. As muletas do PS não se comprometem no governo e só discutiram as matérias em que estão ou conseguiram chegar a acordo. Tudo o resto (e é muito e estrutural) "não existe".
Do meu ponto de vista há condições para dar como insuficientes as garantias que serão apresentadas ao Presidente. Ou vão todos (os três) para o governo assumindo a responsabilidade por tudo o que se vier a passar depois ou nada feito.
Para além de tudo isto, nem há qualquer acordo entre CDU e BE. Como se pode chamar de estável a uma coisa destas?
Claro que Costa vai entregar o que tem e dizer que há condições. E passa a decisão para Cavaco. Cavaco deverá exigir como ponto fundamental a participação efetiva de todos os 3 partidos no governo. Pois sem responsabilidade e acordo a três não há quaisquer garantias de estabilidade.
Havendo um Governo de gestão de iniciativa presidencial, a bola passa de novo para a Assembleia. E o país fica em gestão, sob duodécimos, até que venha novo Presidente.
Se os três partidos de esquerda assumirem a sua presença no Governo frentista (e assim Cavaco livra-se das acusações de menosprezar a esquerda estremistas) então teríamos governo. Que assumiria, maioritáriamente, a três, a responsabilidade pela governação, através do seu suporte parlamentar. Governo minoritário por governo minoritário, ficaria, mesmo que em gestão, o que ganhou as eleições.

majoMo disse...

3 Troikas + 3 Acordos... Agora é que este Sítio/Protectorado da Europa vai ter um Crescimento a Triplicar ...

Jose Salcedo disse...

Concordo, João.