- Na Grécia governada
pelo Syriza (expurgado há 3 meses da ala mais radical da coligação
governamental e do ilusionista Varoufakis), é hoje dia de greve geral,
decretada por sindicatos dominados pelas políticas forças mais radicais (as
que deixaram o governo em Agosto), em protesto contra a política de austeridade!…Quem diria!
- Não é neste momento
conhecido, ainda, o impacto da dita greve geral nas actividades económicas
(terá sido elevada nos serviços públicos, como é natural)…
- Mas o que já se sabe é
que os promotores desta greve se manifestaram em Atenas, com generosa fúria,
obrigando a polícia a utilizar gás lacrimogénio para os dispersar.
- Não será que estaremos
a assistir na Grécia a uma antevisão do que pode vir a suceder em
Portugal, daqui por poucos (pouquíssimos) meses - com uma CGTP em fúria e
um PC incomodadíssimo, em estado de choque, ameaçando o iminente rompimento
do famoso "Acordo de Tripé", pela via do exercício, bem mais cedo do que o previsto, da
“Put Option” que lhe foi atribuída?
- A forma agressiva como
a CGTP está já posicionada no terreno, formulando publicamente toda uma
sorte de exigências que o PS vai ter enorme dificuldade em atender, bem
como as primeiras iniciativas legislativas do PC que arriscam (ou visam,
mesmo?) entalar o PS na AR, podem ser o prenuncio de que em breve o palco
político- social estará a ferver e o PM AC com as mãos na cabeça sem saber o
que fazer…
- Mas agora noto: o novo
governo ainda nem tomou posse, tampouco foi indigitado o PM AC!
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quinta-feira, 12 de novembro de 2015
Polícia grega utiliza gás lacrimogénio para dispersar manifestantes...
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44 comentários:
Caro Dr. Tavares Moreira,
Leio agora que a TAP já não tem dinheiro para pagar salários e combustível este mês. O PCP exige que a privatização não vá adiante. Não acredito que ela seja revertida. Mas se por absurdo o for, a CGTP reclamará contra quem, quando os trabalhadores constatarem que não recebem o salário?
O contrato de venda de 61% do capital da empresa ao consórcio Gateway será concretizado ainda hoje, deixando a TAP de ser uma empresa pública, segundo a secretária de Estado do Tesouro. A assinatura do contrato estava prevista para as 17:00.
A alteração ao plano de capitalização permite que a companhia aérea receba já 150 milhões de euros, anunciou ainda Isabel Castelo Branco, na conferência de imprensa após o Conselho de Ministros. No total, a TAP receberá, até 23 de junho de 2016, 269 milhões de euros.
http://www.dn.pt/dinheiro/interior/contrato-de-venda-da-tap-vai-ser-assinado-hoje-4881706.html
Mas eu entendo os comunistas no que se refere ao setor de transportes...Sabem que se a privatização da TAP for mesmo uma realidade, assim como a subconcessão do Metro, Carris, etc, perdem palcos políticos essenciais para eles...Recorde-se o caso dos Estaleiros de Viana. O barulho que a CGTP fez! Agora, como o palco político por lá desapareceu, já foi chão que deu uvas, não voltaram lá a pôr os pés...
Em Portugal, a polícia não precisa de gastar as granadas de gás lacrimogénio.
Em Portugal, caro Dr. Tavares Moreira, desde ha 41 anos que o povo começou a chorar; ao princípio, choraram de alegria mas com o passar do tempo a alegria transfornou-se, primeiro em desconfiança, depois em tristeza, por último... em terror. As últimas lágrimas que o povo portugues tem chorado, são amargas... amargas como um veneno que as vai matando lentamente.
Venda da TAP aprovada:
http://economico.sapo.pt/noticias/oficial-venda-da-tap-aprovada_234548.html
Entrada imediata de 150 milhões de euros para necessidades de tesouraria.
Há que garantir a sobrevivência da TAP. O risco de falência, sem esta venda inevitável, seria mais do que certo. Depois de falida, os trabalhadores ficariam a arder e a CGTP iria procurar outros palcos...
"A forma agressiva como a CGTP está já posicionada no terreno, formulando publicamente toda uma sorte de exigências que o PS vai ter enorme dificuldade em atender, bem como as primeiras iniciativas legislativas do PC que arriscam (ou visam, mesmo?) entalar o PS na AR, podem ser o prenuncio de que em breve o palco político- social estará a ferver e o PM AC com as mãos na cabeça sem saber o que fazer…". Observação lúcida do Dr. Tavares Moreira. E eu acrescento, citando:
António Costa é contra o pagamento do subsídio de Natal das pensões e dos salários do Estado em duodécimos, mas vai mantê-los em 2016 se chegar ao Governo. Para 2017 mantém-se tudo em aberto.
http://www.jornaldenegocios.pt/economia/funcao_publica/detalhe/pensionistas_continuam_a_receber_subsidio_de_natal_em_duodecimos.html
Sintam-se à vontade para comentar as acrobacias do derrotado nas legislativas...
Entretanto, o que ele dizia:
Jornal de Negócios, oi/09/2015.
António Costa garantiu esta terça-feira que pretende abandonar o pagamento do subsídio de Natal aos funcionários públicos em duodécimos, isto é, diluído ao longo dos 12 meses do ano. "Não há nenhuma razão para a sua distribuição em duodécimos", afirmou o líder do PS, durante uma sessão de perguntas colocadas em tempo real no Facebook. Para Costa, o pagamento deve ser feito "como sempre" foi: em conjunto com o salário de Novembro.
http://www.jornaldenegocios.pt/economia/politica/eleicoes/legislativas/detalhe/costa_quer_acabar_com_o_pagamento_do_subsidio_de_natal_em_duodecimos.html
“Não será que estaremos a assistir na Grécia a uma antevisão do que pode vir a suceder em Portugal, daqui por poucos (pouquíssimos) meses.”
Claro, a situação é semelhante: Na Grécia aumenta a austeridade em Portugal retira-se a austeridade. É de facto de uma semelhança completa. As situações são tão “semelhantes” que são completamente opostas, mas que, no entender do postista obtêm resultados iguais. É uma nova filosofia, esta de obter conclusões iguais para premissas antagónicas. Uma filosofia tóxica concerteza.
Caro Pedro de Almeida,
Registo a oportunidade de seus comentários, nomeadamente a relevação das gritantes contradições do candidato a PM por operação de secretaria AC, no tocante a escolhas de política, as quais ilustram, em grau elevadíssimo neste caso, aquilo que é hoje muito frequente (infelizmente)em membros da classe política: não têm convicções, têm apenas opiniões ditadas pelas circunstâncias do momento...o vento muda e as opiniões podem tornar-se opostas ás da véspera...
Caro Bartolomeu,
Apreciando, como sempre, o seu inspirado sentido poético, fico todavia um tanto confuso quanto ao efectivo sentido do seu entristecido comentário...
Tenho esperança de que no almoço de 17 de Dezembro seja possível clarificarmos um pouco melhor estas matérias, quem sabe!
Não percebo que haja pessoas que a Sério não vejam semelhanças com o que se passa na Grécia. O caminho é o mesmo, não tem própriamente de ser percorrido a par. Quanto a retirar-se a austeridade em Portugal, poderá tratar-se do 1* milho, mas ela será substituida pelo rigor, tal como na Grécia foi feito.
Mais que faltar um varoufakis falta-lhes um cenário macroeconómico. Se pedirem ao Centeno ele desenha-lhes cenário em que a despesa deixa de ter impacto nas contas públicas e podem acabar com a austeridade. Ou então desencanta-se outro génio do tipo no banco de Portugal que ainda não devem ter esgotado o stock.
Mais que faltar um varoufakis falta-lhes um cenário macroeconómico. Se pedirem ao Centeno ele desenha-lhes cenário em que a despesa deixa de ter impacto nas contas públicas e podem acabar com a austeridade. Ou então desencanta-se outro génio do tipo no banco de Portugal que ainda não devem ter esgotado o stock.
Caro Oscar Máximo,
Não vêm isso como não vêm coisa nenhuma...há sempre pessoas disponíveis para acreditar nos vendedores de ilusões fáceis, como bem saberá, tanto faz ser na D. Branca como em Herr Costa...
Caro Pires da Cruz,
Vamos ter uma verdadeira revolução - desta vez é a valer - na gestão das finanças públicas, com esta possibilidade de neutralizar o efeito da despesa através de métodos ocultos.
Varoufakis, se e quando for informado, não mais largará o ilusionista luso, para que este lhe abra o segredo - ainda a tempo de tentar, de novo, salvar a Grécia.
Ironia da ironias.
O alex tripas foi um dos fomentadores e organizadores das manifestações contra a austeridade no ano passado, e hoje recebe manifestações contra uma austeridade imposta por ele e 3 x pior do que a que combateu.
Pois... resta-nos imprimir alguma poesia aos nossos pensamentos, opiniões e conclusões, caro Dr. Tavares Moreira.
A alternativa (que não é real) é acreditar nos profetas e magos que tanto de uma banda como da outra, juram soluções eficazes para problemas que lhes ultrapassam as vontades e os poderes das varinhas e das poções.
E, enquanto do lado de lá dos Pirinéus, uns quantos sociais democratas continuarem a puxar e a repuxar os cordeis que nos comandam os movimentos e as vontades, tudo irá manter-se como d'antes... no quartel em Abrantes.
Por isto, não chego a entender as lutas que estão a ser travadas pelo poder... mas qual poder? poder para executar as ordens que outros poderes a cima de nós nos mandam executar?! Ora abóbora!!!
Bem observado, caro Luís Barreiro, cumpre-se a velha profecia "volta-se o feitiço contra o feiticeiro"!
É uma verdade com séculos de verificação.
Caro Bartolomeu,
É, como bem diz, uma luta pelo exercício dum cargo de capataz, claramente, embora alguns pensem e queiram convencer-nos (Herr Costa, por exemplo) que terá margem de manobra para agir como gerente, para nosso "bem"!
Se o convence a si, a mim seguramente que não.
"Xanax e boas maneiras" recomenda-se à direita tóxica e ressabiada com a perda das eleições.
A mim só me convence, aquilo que vejo e experiencio, caro Dr. Tavares Moreira.
O Senhor sabe bem que sou um pragmático-empírico.
Nesse específico ponto, caro Bartolomeu, estamos certamente do mesmo lado da "barricada"...no FUSO, idem, idem.
Admito que noutros pontos as nossas divergências sejam acentuadas, mas o são convívio e o "fair play" dialético impedem que sejam mais do que isso.
Caro Tavares Moreira,
A situação na Grécia é o que o be tenta importar desesperadamente, depois de ter ajudado a fomentar na Grécia. São um novo tipo de predadores, mas que ainda não perceberam que também desaparecerão com o hospedeiro, dada a falta de inteligência humana que os caracteriza. Esperemos que desapareçam antes, ou que se resumam à sua insignificância.
Caro Bartolomeu,
Transparece uma grande mágoa para com este governo. Sem dúvida que erraram em muitas decisões, mas entre eles e os que se perfilam, não há comparação.
Há menos de um ano, um amigo britânico falava da austeridade com muitas reservas. Hoje, diz-me que a austeridade é como um remédio, que ninguém gosta de tomar. Traduzindo, se mo permite, há um reconhecimento de que sendo ainda a situação extremamente delicada, houve melhorias com a austeridade, tanto cá como na Irlanda. Na Grécia, que tem resistido de todas as formas a tomar o remédio, como as crianças pequenas esconde-o num canto da boca para depois o cuspir, a situação é o que é. Hoje os cidadãos europeus vão percebendo isso.
O Senhor Carlos Sério participa aqui neste blogue cuja linha de reflexão dista muitíssimo da sua. Contudo, participa aqui e essa participação é aceite e respeitada. Agora, será que quem não pensa como ele deve ficar calado? Eu acho que ele tem o direito de participar aqui, mas algumas participações, em abono da verdade, começam a soar a pura provocação. Parece-me que, aqui, ninguém está ressabiado. Participam, sim, aqui pessoas que livremente manifestam as suas opiniões.
Em boa verdade, caro Alberto Sampaio, não estabeleço qualquer comparação entre o governo (este governo) e qualquer outro que venha, tão pouco entre este e outro que tenha estado.
Quando este governo foi eleito, achei e disse-o aqui, que este era o governo capaz de recuperar a economia do pais, de governar de forma equilibrada e consciente, de equilibrar as contas públicas e criar condições para melhorar a vida dos portugueses.
Este governo beneficiou de uma conjuntura interna e externa que, se bem aproveitada, reforçada pelas reformas na administração pública que desde ha vários governos se consideram fundamentais e que têm sido sistemáticamente adiadas, teriam resultado, estou convicto, na consolidação das contas públicas, sem prejuízos tão profundos e irrecuperáveis para as famílias, para a economia e para o estado.
Que eu saiba, ainda não é obrigatório apoiar os partidos e a ideologia de esquerda...
Caros amigos
Estejamos optimistas que não é possível governar contra a vontade popular.
Partilho o que penso que Cavaco vai fazer para que a democracia se cumpra. http://oreformista.blogspot.pt/2015/11/o-que-vai-fazer-cavaco.html
E para percebermos como o Costa executou toda uma estratégia planeada. apenas parcialmente falhada por os votos do PCP (ou do BE ?) não chegarem
http://oreformista.blogspot.pt/2015/09/sintese-governo-pspcp-o-plano-b-de.html
Abraço
António Alvim
Caro António Alvim,
seja como for, a(s) sua(s) estratégia(s) falharam sempre e enveredou pela fuga para a frente. Sendo como diz, mostra que se trata de alguém que para além de aldrabão como já todos sabíamos, é de impostor descomunal. O que faz, sai da esfera da política e revela-o simplesmente como um trampolineiro da pior espécie.
E acrescentaria, que sendo assim, o PR deveria estar a preparar-se desde já para a resposta que ac já deve ter na manga caso o PR não o convide.
Palmas para este Homem (sim, com H grande) que se dirigiu nestes termos no refeitório da TAP aos trabalhadores da mesma que o ouviam:
Para garantir aos trabalhadores que estão no centro desta estratégia, Neeleman deu o exemplo da Azul e da “crise muito difícil que se vive no Brasil”, onde “tem gente sobrando”. Há nove mil trabalhadores, quando são precisos oito mil, mas “não há demissões”. E porquê? “Porque aeronaves toda a gente tem, mas as pessoas são um activo que não tem preço”, defendeu.
Não apenas essas palavras, mas também as palavras acerca da visão para a TAP. Vale a pena ler a notícia completa em:
http://www.publico.pt/economia/noticia/novos-donos-da-tap-querem-concorrer-com-easyjet-e-ryanair-1714342
Leia-se "...acerca da visão global para a TAP..."
"Atrás de Neeleman, que falava no refeitório da TAP, repleto de trabalhadores, sentados e em pé, estava um mapa-mundo com as rotas da empresa e é no Brasil que estas estão mais concentradas."
Os trabalhadores não querem mais saber de Arménio Carlos e da CGTP...Querem, sim, que a empresa de que fazem parte seja salva e tenha assim futuro! A TAP na situação em que estava caminhava rapidamente para a falência. O Arménio Carlos iria lá fazer mais um ou dois discursos, mas com o dele garantido. E para onde iriam os trabalhadores numa situação de falência?
Caro Pedro de Almeida,
O caso da TAP constitui uma boa ilustração de como os interesses ideológicos, sectários e destrutivos, representados pelo PC e pela CGTP, podem sobrepor-se ao interesse geral, tanto do País como dos Trabalhadores da empresa...
E vai ser o bom e o bonito, com o PS, refém do gelatinoso "Acordo de Tripé", a ter de se definir face à iniciativa legislativa do PC par reverter a privatização da TAP...
Entretanto, a carnificina de Paris, perpetrada por bandidos sem nome - uma verdadeira declaração de guerra à Europa que esta ou percebe, assume e enfrenta com a indispensável convicção, ou vai estar sujeita a anos de suplício - determinou que tivéssemos de prestar um pouco menos de atenção a este Blog nas últimas 24 horas...
Tem toda a razão, caro Dr. Tavares Moreira.
Começam cedo os desentendimentos:
http://www.noticiasaominuto.com/politica/486468/depois-de-assinado-novo-acordo-ja-gerou-desentendimentos
Admira-me que seja tão difícil descortinar as vantagens de ter uma TAP com maioria de capital do Estado. Mesmo depois dos exemplos da Portugal Telecon que agora já tem um outro nome qualquer ou da Cimpor.
Com a privatização maioritária da TAP, o Estado, todos nós, deixamos de ter controlo sobre as Rotas, a localização da Sede, ou das Oficinas. Pelos vistos, assuntos da menor importância.
Quanto à TAP não ter dinheiro, como argumento para a privatização, é curioso que não se interrogue sobre se tal situação não fez parte de uma perversa estratégia para tornar a privatização como solução sem alternativa.
Aqui como noutras situações que há sempre alternativa. Haverá outros para quem sobre tudo e mais alguma coisa “nunca há alternativa”. Faz parte da sua ideologia e dos seus interesses.
Já agora, qual a legalidade (à luz dos tratados europeus tão reclamados por aqueles para quem um empréstimo do Estado à TAP é impossível) do empréstimo do estado alemão às empresas de fabricação de automóveis?
Caro Alberto Sampaio,
O PR terá de solicitar a Herr Costa que retome as negociações com BE e PC a fim de conseguir destes as necessárias concessões com vistas para um Acordo solidamente estruturado, sem Put Options e uma plétora de generalidades despidas de qualquer incidência prática.
Creio que Herr Costa, com a sua consabida eficácia negociadora, deverá ser capaz de fechar esse Acordo por alturas do S. Martinho de 2016...
Por essa mesma altura, também o BE deverá ter já concluído o seu ambicioso projecto de derrotar Cavaco.
Assim, haverá uma conjunção de factores bastante favorável para a formação do governo das 3 Esquerdas.
Caro Tavares Moreira,
Muito bom e que herr costa assim continue. :-)
Mas continuo a achar o homem perigoso dado o seu histórico. Não nos esqueçamos que é uma pessoa que costuma trair tudo e todos.
Caro Carlos Sério,
tenho quase a certeza de que a maioria das pessoas consegue descortinar alguma vantagem. O problema é essas eventuais vantagens não o justificarem. Quando tenho de viajar de avião uso o aeroporto Sá Carneiro. A TAP actualmente tem pouquíssimos voos neste aeroporto, para além dos Porto/Lisboa. A TAP reduziu o tráfego nesse aeroporto para com isso reduzir prejuízos. A TAP tem uma dívida acima dos 1000Milhões (penso não estar enganado). A TAP é uma empresa que acumula prejuízos, ou seja, para a qual todos temos de pagar. Não vejo motivos para continuar a pagar isso. Quem vive junto a Lisboa ainda poderá encontrar algum incentivo, mas aqui no norte, não me parece. A TAP poderia ser reestruturada de forma a não ter prejuízos, mas continuaria com a dívida. Ignorando a dívida, reestruturar a TAP para não ser deficitária deveria implicar muitos despedimentos porque passaria por reduzir muito os voos. Mas se reduzir muito os voos então é que não tem qualquer interesse ter capital maioritário do estado. Uma companha aérea para servir unicamente o estado, ou pouco mais, é que não faz qualquer sentido. Se há privados dispostos a suportar a dívida, então que assumam. Ainda por cima parecem não ter tenções de despedir. Francamente os trabalhadores são os únicos que me preocupam. Claro que o discurso inflamado da cgtp, be e pcp e ainda de algum pseudo ps, como a vitorino, galamba (e outros de quem felizmente nem decorei o nome) engana as pessoas que ficam a pensar em valor estratégico muito elevado. Esses actores, apesar do discurso estão realmente preocupados é com o facto de perderem influência. Mau seria privatizar a força aérea que pode sempre ser usada estrategicamente, mesmo em termos civis. A stuação da TAP é consequência de uma política que julga que o estado tem de garantir tudo. Um estado que quando encontra algo a funcionar bem, vai abrir igual ao lado, umas vezes por demagogia, outras por ideologia, outras por mera inveja relativamente ao sucesso dos outros. Há outras soluções, muitas requerem imaginação e aí o estado falha redondamente.
Caro Alberto Sampaio,
A importância estratégica da TAP estatal advém precisamente da capacidade para gerar prejuízos e acumular dívida, incessantemente, até à completa insolvência....chama-se a isso Crescimentismo (na dimensão Micro), e é isso que promove os superiores interesses do País bem como o bem estar das populações.
Privada desses privilégios, a TAP perderá toda a formosura que actualmente exibe, transformando-se numa companhia como outra qualquer, do universo neoliberal, que gera resultados operacionais positivos e até capaz de solver os seus compromissos...Lamentável.
A TAP é a única companhia de bandeira europeia que se mantém totalmente na esfera do Estado. Ainda que a Norte e no Leste da Europa persistam empresas com posições públicas relevantes, o perfil da indústria da aviação tem mudado nos últimos anos graças a operações de privatização. Agora, os líderes do sector estão praticamente nas mãos de privados. A Lufthansa, por exemplo, é totalmente privada desde 1997, com fundos de investimento entre os seus accionistas. (...) Também a British Airways e a Iberia, que se fundiram em 2011 formando o International Airlines Group (IAG), já saíram há vários anos do domínio público – a britânica em 1987 e a espanhola em Abril de 2001, quando entrou em bolsa. Hoje, o terceiro maior operador aéreo regular está cotado em Londres e Madrid. Já o conglomerado franco-holandês Air-France KLM – constituído em 2004 após a aliança entre as duas companhias de bandeira e hoje o segundo maior – segue um modelo diferente, ainda que seja sobretudo privado.
Cerca de 60% do grupo pertence a institucionais, 16% a accionistas individuais e o Estado francês possui 15,9%. Os trabalhadores detêm quase 7%, uma fatia ligeiramente superior à que o Governo português também pretende disponibilizar aos funcionários do grupo TAP, onde a intenção é alienar 66%. Os restantes 34% ficarão por enquanto em mãos públicas.
http://www.sol.pt/noticia/120741/tap-%C3%A9-%E2%80%98caso-raro%E2%80%99-na-avia%C3%A7%C3%A3o-europeia
A notícia não é de agora, mas só para ilustrar exemplos significativos de privatização na área da aviação.
Obrigado caros Tavares Moreira e Pedro Almeida. Não há dúvidas!
A TAP obteve em 2010 o melhor resultado de sempre, atingindo também o recorde de passageiros transportados – mais de 9 milhões – e ainda uma taxa de ocupação dos voos de 74,5%, mais 6% do que no ano anterior.
A má performance do negócio da aviação da TAP somada aos prejuízos da Manutenção e Engenharia Brasil ditaram uma nova derrapagem das contas da companhia aérea nacional. No fecho do ano passado, 2014, o Grupo TAP apresentou um resultado líquido negativo de 85,1 milhões de euros, com os capitais próprios a recuarem para 512 milhões negativos, refere o relatório e contas da empresa.
TAP dá prejuízo porque foi usada para comprar empresas falidas: uma brasileira falida e uma portuguesa do GES? Comprou a Portugália falida, a peso de ouro, 140 milhões (do grupo GES) e a VEM (Empresa de manutenção da falida Varig, sediada no Brasil que já custou 500 milhões).
Uma coisa é certa:
Portugal ficará sem uma companhia de bandeira, que assegura uma parte significativa das exportações nacionais.
Ao contrário do que se diz, o Estado não injecta dinheiro na TAP desde 1994, pois está impedido por uma directiva europeia.
O prejuízo da TAP deve-se ao buraco financeiro que a empresa de manutenção "VEM" tem nas contas do grupo.
Os departamentos de vôo e manutenção têm saldo positivo que é absorvido pela tal "VEM" , que é um "BPN" da aviação.
O negócio da "VEM" foi um desastre para as contas a TAP e o presidente da companhia (responsável pelo negócio) é pago a peso de ouro sob a justificação de ser um gestor de topo.
Alguém que diz que o presidente da TAP é pago a peso de ouro está totalmente fora do que são os salários pagos a gestores de topo na aviação.
Os dados revelados pelo regulador de aviação civil brasileiro indicam que a Azul, transportadora aérea brasileira de David Neeleman, registou prejuízos na ordem dos 53 milhões de euros, até junho.
De referir que Neeleman comprou a TAP, juntamente com Humberto Pedrosa do Grupo Barraqueiro.
Será que o homem é assim tão de topo?
Para Marco Silva isto acontece devido à “gestão ruinosa que esta administração tem tido e começou, principalmente, desde a aquisição da Engenharia e Manutenção no Brasil, a VEM (Varig Engenharia e Manutenção), uma aquisição que eu saiba, não foi sequer autorizada pelo Governo, já que a TAP é uma empresa pública”.
O negócio custou à TAP cerca de 500 milhões de euros e iniciou-se em 2007. O analista de mercados disse à RTP que a administração da TAP adquiriu “uma empresa que tinha um capital próprio negativo de 77 milhões de euros. Pagou-se 19 milhões, mais 24 injetados instantaneamente. E começam aqui os grandes prejuízos da TAP. Porque no ano anterior, a empresa tinha um capital próprio de 38 milhões positivos”.
“A TAP tem menos 515 milhões e tinha 38 milhões no início. O transporte aéreo, a engenharia e manutenção portuguesa, o free shop e o catering tinha lucros de 112 milhões.”, salienta.
O analista de mercados diz que existem responsabilidades judiciais, “nomeadamente, de impostos e laborais no Brasil que ainda falta pagar. Portanto, ele [Fernando Pinto] colocou-se num beco sem saída, num grande buraco financeiro. Desde que a VEM foi adquirida, nunca a VEM facturou mais do que a portuguesa”.
E acrescenta que o presidente da TAP “comprou uma empresa altamente endividada com muito pessoal e que provocava prejuízos. Despediu cerca de 50 por cento das pessoas e quem pagou essa fatura foi a TAP e os trabalhadores da TAP Portugal. Este é o acumulado da VEM de 2007 a 2014”, referiu Marco Silva.
- See more at: http://www.rtp.pt/noticias/greve-tap/as-contas-da-tap_n824947#sthash.FmTTjvsN.dpuf
Caro Carlos Sério,
resumindo a TAP está falida. Para a salvar é necessário alguém injectar dinheiro. Como já disse e expliquei, e não só eu, é errado que seja o estado (nós)!
Moral da história, o estado não se devia meter em negócios. Opinião pessoal!
Caros Alberto Sampaio e Pedro de Almeida,
Como eu compreendo a frustração daqueles para quem a TAP da acumulação de prejuízos e de dívida, da procura denodada da insolvência e do incumprimento generalizado das suas obrigações, que só poderia sobreviver à custa de um esforço adicional dos contribuintes (para regalo de uns quantos, certamente), representava um paradigma que orgulhava os portugueses e enchia o ego nacional!
Infelizmente esse paradigma, para geral consternação, não pode mais ser mantido...oh, se o tempo pudesse voltar para trás!
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