Sinceramente, não entendo onde há coragem no texto de HM.
Sem discordar com o aviso de HM ao Prof. Marcelo de que o aplauso do telespectador não significa que votará por ele, lembro-me que a intenção de Marcelo pescar à esquerda decorre da sua convicção várias vezes explicada enquanto comentador de que, sendo a esquerda estatisticamente maioritária, para ser eleito um candidato conotado com a direita tem de contar com votos da esquerda em número bastante para superar os 50%.
Se a estratégia irá resultar ou não, ver-se-à, mas percebe-se.
É a coerência da falta de transparência tão frequente entre os políticos candidatos seja a que for.
Por estes dias, meu caro Rui Fonseca, valorizo a atitude de quem não arruma o que deve ser dito na gaveta das conveniências. Chamo-lhe coragem, porque o que mais por aí se vê são complexos de subserviência. Não é o que Helena Matos diz no texto que é corajoso. Corajoso é o desassombro de o dizer, perturbando o remanso de algumas consciências complacentes...
A direita radical pelos vistos não gosta de Marcelo. Ainda está a tempo de mudar e escolher outro. Talvez o Paulo Rangel? Pelo menos este não lhe faria dar tantas voltas ao estomago como Marcelo.
A figura de Marcelo, reveste-se de uma certa controversa, tanto no que diz respeito ao passado, como ao presente. Mas a memória dos eleitores e dos telespectadores é curta, bem o sabemos. A comprova-lo, o resultados das recentes eleições legislativas que, a ser a memória longa, teria a abstenção registado um resultado muito diferente. Mas... penso que nesta operação de maquilhage, a colunista Helena, apesar da concordãncia com o que diz o caro Dr. José Mário, está a estabelecer um comparativo impossível, entre Cavaco e Marcelo. É que, para além das diferenças de caráter, de postura, a conjuntura política é inteiramente diferente daquela que motivou os dois milhões e tal de eleitores a levantar o back side do sofá e ir votar Cavaco. Quanto ao piscar de olho à esquerda... pois se até ontem, no "Perdidos e Achados" da SIC, assisti ao D. Duarte a dizer que aceitaria com naturalidade uma maioria de esquerda... Qual país, qual carapuça! Isto é uma ilha de lunáticos, de tarãntulas que andam a ver se arranjam um lugar de puleiro, custe o que custar.
Calculo que a direita radical não goste de Marcelo. Aliás, normalmente os radicais não gostam de ninguém se não deles próprios. Razão por que não gosto de radicais. O post elogia um texto. Convém lê-lo, Carlos Sério. Meu caro Bartolomeu, também me quer parecer que, nalguns momentos, este País se assemelha a um manicómio
Não ha nada ao nosso alcance que possamos fazer para reverter este nosso "fado", caro Dr. José Mário. Fomos, somos e seremos sempre (provávelmente) um país de feitos, de efeitos e de defeitos.
Exortemos então os feitos, exorcizemos os efeitos do nosso fado triste e troquemos a dívida pelos nossos defeitos (isto é quase um programa de governo para pelo menos 4 legislaturas...)
Não me parece que Portugal como é hoje, os modelos e mentalidades que produz, se dê ao luxo de poder abrandar nessa tal é esquizofrenia que fala. Alias, ainda há quem vote nestes julgando que a luta contra os mercados, "a economia de casino", o capitalismo, a UE e outros moinhos os irá trazer à salvação de todos, evitando mais uma vez a dura realidade, que isso fica para aqueles governos que têm de, mal ou bem, endireitar as coisas. A nossa mentalidade de fuga à realidade vendida pela esquerda é o que nos faz exportar tantos cérebros, eles depois quando chegam lá foram, tardiamente acordam para a vida. Uma pena.
10 comentários:
Sinceramente, não entendo onde há coragem no texto de HM.
Sem discordar com o aviso de HM ao Prof. Marcelo de que o aplauso do telespectador não significa que votará por ele, lembro-me que a intenção de Marcelo pescar à esquerda decorre da sua convicção várias vezes explicada enquanto comentador de que, sendo a esquerda estatisticamente maioritária, para ser eleito um candidato conotado com a direita tem de contar com votos da esquerda em número bastante para superar os 50%.
Se a estratégia irá resultar ou não, ver-se-à, mas percebe-se.
É a coerência da falta de transparência tão frequente entre os políticos candidatos seja a que for.
Por estes dias, meu caro Rui Fonseca, valorizo a atitude de quem não arruma o que deve ser dito na gaveta das conveniências. Chamo-lhe coragem, porque o que mais por aí se vê são complexos de subserviência.
Não é o que Helena Matos diz no texto que é corajoso. Corajoso é o desassombro de o dizer, perturbando o remanso de algumas consciências complacentes...
A direita radical pelos vistos não gosta de Marcelo.
Ainda está a tempo de mudar e escolher outro.
Talvez o Paulo Rangel? Pelo menos este não lhe faria dar tantas voltas ao estomago como Marcelo.
A figura de Marcelo, reveste-se de uma certa controversa, tanto no que diz respeito ao passado, como ao presente. Mas a memória dos eleitores e dos telespectadores é curta, bem o sabemos. A comprova-lo, o resultados das recentes eleições legislativas que, a ser a memória longa, teria a abstenção registado um resultado muito diferente.
Mas... penso que nesta operação de maquilhage, a colunista Helena, apesar da concordãncia com o que diz o caro Dr. José Mário, está a estabelecer um comparativo impossível, entre Cavaco e Marcelo. É que, para além das diferenças de caráter, de postura, a conjuntura política é inteiramente diferente daquela que motivou os dois milhões e tal de eleitores a levantar o back side do sofá e ir votar Cavaco.
Quanto ao piscar de olho à esquerda... pois se até ontem, no "Perdidos e Achados" da SIC, assisti ao D. Duarte a dizer que aceitaria com naturalidade uma maioria de esquerda... Qual país, qual carapuça! Isto é uma ilha de lunáticos, de tarãntulas que andam a ver se arranjam um lugar de puleiro, custe o que custar.
Calculo que a direita radical não goste de Marcelo. Aliás, normalmente os radicais não gostam de ninguém se não deles próprios. Razão por que não gosto de radicais. O post elogia um texto. Convém lê-lo, Carlos Sério.
Meu caro Bartolomeu, também me quer parecer que, nalguns momentos, este País se assemelha a um manicómio
Não ha nada ao nosso alcance que possamos fazer para reverter este nosso "fado", caro Dr. José Mário.
Fomos, somos e seremos sempre (provávelmente) um país de feitos, de efeitos e de defeitos.
Exortemos então os feitos, exorcizemos os efeitos do nosso fado triste e troquemos a dívida pelos nossos defeitos (isto é quase um programa de governo para pelo menos 4 legislaturas...)
Sim, sim... uma programa a muiiiito longo praso, mesmo! E a exigir reformas muiiiito profundas..
;) ;)
Felizmente que abrandou com a esquizofrenia anti esquerdalhada que lhe andava a toldar a excelente escrita, com novo tema e muito bem conseguido.
Não me parece que Portugal como é hoje, os modelos e mentalidades que produz, se dê ao luxo de poder abrandar nessa tal é esquizofrenia que fala. Alias, ainda há quem vote nestes julgando que a luta contra os mercados, "a economia de casino", o capitalismo, a UE e outros moinhos os irá trazer à salvação de todos, evitando mais uma vez a dura realidade, que isso fica para aqueles governos que têm de, mal ou bem, endireitar as coisas. A nossa mentalidade de fuga à realidade vendida pela esquerda é o que nos faz exportar tantos cérebros, eles depois quando chegam lá foram, tardiamente acordam para a vida. Uma pena.
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