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segunda-feira, 4 de julho de 2016

Quem te avisa teu inimigo é...

Depois do FMI, da OCDE, da UE, do Eurogrupo, do BCE, da UTAO, do Conselho das Finanças Públicas, do Banco de Portugal, também o Ministro das Finanças alemão deixou um aviso quanto à necessidade de cumprir os pressupostos e objectivos a que Portugal se obrigou como estado membro da UE, relativamente à trajectória da política económica e das finanças públicas. Cujo não cumprimento pode levar à necessidade de um novo resgate, com custos ainda mais pesados para os portugueses. 
As declarações de Shauble foram tomadas como insultuosas, prepotentes, e até incendiárias pelos partidos que sustentam essa trajectória para o abismo, e motivaram protesto diplomático junto do governo alemão.
Pois é, estamos num tempo novo: agora, quem te avisa teu inimigo é...
E a geringonça lá vai orgulhosamente só...

18 comentários:

Unknown disse...

E nós, os pagadores de impostos, também vamos orgulhosamente sós pagando as falências dos sistema financeiro gerido pelas elites partidárias da geringonça e da PàF.
Devemos agradecer a alguém?

Asam disse...

Caro Gaudêncio Figueira,
pode agradecer a quem está a favor de bancos públicos e, em parte por consequência, à promiscuidade entre a política e o sistema financeiro.
Temos o que pedimos.

Bartolomeu disse...

Nesta "batalha naval" todos os porta-aviões e barcos de 5 canos apontam artilharia ao desgraçado do barco de 1 cano, o qual, independentemente da habilidade de quem o comanda, e já com o casco cheio de rombos, tenta desesperadamente fugir ao "inevitável" afundanço.
E depois de o barquinho afundado, o que se irá seguir?
Uma procissão em louvor ás almas que jazem lá no fundo negro do oceano?
Ou... uma dança macabra de coroação da gloria dos antigos timoneiros, entoando cânticos satânicos?
Será que alguém pensa que o barco não é só uma construção mal amanhada dentro da qual viviam colónias de ratos de várias espécies; umas laboriosas e empenhadas, outras, aproveitadoras, outras cínicas e trafulhas?

Oscar Maximo disse...

Sr. Gaudêncio Ferreira, temos de sofrer as consequências da intervenção do estado no BCP,BES,PT,Caixa, só para mencionar os principais. Um dos poucos pontos altos de Passos Coelho foi dizer NÃO ao dono do BES, caso contrário, ainda andava por aí.

Pinho Cardão disse...

Caro Bartolomeu:
Por vezes, não percebo o que passa por um espírito esclarecido como o do meu amigo.
Creio não ser mentira nenhuma que a Alemanha é quem mais tem contribuído para os apoios da UE a Portugal, muitas dezenas de milhar de milhões de euros, ou de marcos, noutros tempos. E também é a Alemanha, directa ou indirectamente, que mais contribuiu, dentro da UE, para os 78 mil milhões do resgate. Então, é o Shauble a apontar com os seus 5 canhões para o barquito de 1 canhão? O que seria dos tripulantes deste barquito sem os dinheiros da Alemanha? Não fomos nós que chamámos a UE e a Troyca para nos vir acudir?
E há alguma instituição internacional ou, mesmo, nacional, que não lance avisos sérios sobre a actual trajectória das políticas da geringonça?

Unknown disse...

Eu não dou para pontos altos nem para pontos baixos. Usando a imagem da batalha naval que alguém aqui referiu a minha crítica vai para as elites que nos arrastaram par isto e agora fazem barragens de fumo negro para fugirem, a toda a velocidade, da zona de combate.
Já há dias vos referi que o dec 10.634 em 1925 fazia da CGD um banco do Estado. Não veio o comunismo por isso. Aos Homens Públicos de então - com os defeitos que se lhes conheceu - reconhecia-se-lhes o País vergonha na cara.
A quem tão bem se entendeu nos negócios para quando uma proposta conjunta para resgatarem a péssima imagem que granjearam?

Bartolomeu disse...

Caro Dr. Pinho Cardão,
Pois eu percebo, porque o meu estimado amigo... não percebe.
Não percebe, porque vivemos em países diferentes.
Se o Caro Dr. vivesse no Portugal onde os sucessivos governos pedem emprestado para alimentar a xulice e obriga os pobres a pagar aquilo que pede, compreenderia.
Sabe?! No Portugal onde vivo, ninguém recebeu um tusto desses milhares de milhões que têm entrado nos cofres e depois nos bolsos das grandes empresas e dos grandes bancos que depois dão o berro.
No Portugal onde vivo, onde vivo, um gajo que roube um chocolate no supermercado, vai de cana, naquele outro Portugal, um Senhor que enfia em off shores e papeis panamianos os milhões que lhe foram entregues para criar a empresa que nasceu morta e não deu os postos de trabalho previstos, atam-lhe uma pulseira eletrónica ao tornozelo e mandam-no para casa esperar que a justiça reúna as provas que nunca são suficientemente fundamentadas para que haja uma sentença.
O Senhor Dr. Pinho Cardão não percebe o que passa no meu espírito, porque não suspeita sequer que no meu Portugal, existem pessoas aos milhares a viver a baixo do limiar da pobreza, a quem o estado exige que faça esforços e pague mais impostos.
O Caro DR. não percebe o meu espírito, mas tenho a certeza que percebe o espírito daqueles que defendem mais endividamento e agravamento de impostos.
Sim, eu sei, o Sr. vai responder que também paga impostos... eu e muitos milhares como eu, não nos importávamos absolutamente nada de pagar os mesmos impostos que o Senhor paga. Tomara eu...

Pinho Cardão disse...

Caro Bartolomeu:
Por decoro, vejo-me impossibilitado de lhe responder.

Bartolomeu disse...

Como entender, caro Dr. Pinho Cardão.
Se entender também que os meus comentários o incomodam porque indecorosos, basta que o diga e imediatamente deixarei de comentar os seus post.

Tiro ao Alvo disse...

Diz o caro Gaudêncio que, em 1925, o Dec. Lei 10.634 "fazia da CGD um banco do Estado", mas diz mal. As instituições de crédito do Estado estavam, expressamente, excluídas daquele diploma.
Naquela época, a CGD não era Banco, como nunca deveria ser, mas "apenas" uma Caixa de Aforro, não impedida, é certo, de fazer todas as operações bancárias legalmente admitidas. E servia de Banco do Estado, colocando títulos da dívida pública, por exemplo.
O que a CGD nunca deveria ter era uma atitude concorrencial demasiado ousada, tentando (de forma desastrosa, diga-se), expandir os seus negócios para além-fronteiras, salvo no estritamente necessário para captar o aforro dos nossos emigrantes.
A meu ver, a CGD deveria manter-se como uma instituição de crédito de referência, no crédito à habitação, mas deveria ser muito prudente no apoio a empreendimentos de construtores civis, coisa que, como hoje se sabe, esteve longe de acontecer. E nunca deveria fazer uma concorrência desleal às outras instituições de crédito, como chegou a acontecer, contribuindo para que o negócio bancário seja hoje entendido, por muitos portugueses, como um negócio meio aciganado.
A CGD deveria, isso sim, defender o pequeno cliente de práticas abusivas, tantas vezes denunciadas publicamente.
Em suma a Caixa deveria manter-se Caixa e nunca "evoluir" para Banco que, aos meus olhos, não foi evoluir, mas involuir.

Carlos Sério disse...

Quem te avisa???
Resumindo:

É a Alemanha que dita as regras.
É a Alemanha que dá ordens e fiscaliza o seu cumprimento em parceria com os governos colaboracionistas.
Os países do euro estão sob ocupação alemã.
Há quem goste.

Pinho Cardão disse...

Caro Bartolomeu:
Não respondi por decoro, dada a consideração que tenho por si. Uma andorinha não faz a primavera, como um comentário com juízos de intenção indevidos não estraga essa consideração. Enfim, o meu amigo venha quando quiser, mas não me impute intenções ou modos de ser ou estar, como eu não imputo ao meu amigo.

Bartolomeu disse...

Caro DR. Pinho Cardão,
Na questão da consideração pela pessoa, não poderia estar mais de acordo. Tal como o Sr.,eu também distingo o essencial do assessório. E o essencial neste caso, concentra-se na valorização da pessoa e dos aspetos que são geradores da amizade, franca e sem pruridos. Já lho havia referido.
O assessório, encontra-se na diferença de opiniões politicas e sobretudo sociais que nos distinguem.
De resto, e como sempre, a consideração mantem-se inalterada.

Unknown disse...

Não quero esgrimir argumentos sobre a reforma do sistema financeiro iniciado ainda em 1925 com o dec-lei 10474 de 17 de Jan 1925 com Pestana Júnior Min das Finanças.
Ao falar da CGD quis apenas referir o comportamento responsável de Salazar que fez da CGD um veículo da Política Económica do Estado. Fez dela - CGD - um banco de investimento e controlando o OE dominou as políticas económicas da agricultura à construção civil permitindo ainda transferir empréstimos de longo prazo da banca comercial para a CGD.
A grande questão que aqui está em causa não é financeira, nem sequer política. A verdadeira questão é ética.
As elites que nos arrastaram para isto como querem que as levemos a sério?
Querem-nos passar atestado de tolos que à Srª Drª Maria Luís a Comissão de ética diz que ela pode ir para Arrows? Querem aplausos, conforme o emblema de cada uma, no buraco da CGD? Deixem-se tretas ainda muita gente que não tem a cabeça comandada pelos partidos.
Reorganizem-se, mas não nos vendam mais banha da cobra

Unknown disse...

O meu penúltimo parágrafo saiu com gralhas, ele tem esta redacção:Querem-nos atribuir atestado de tolos quando a Comissão de ética ratifica a ligação profissional da Srª Drª Maria Luís à Arrows? Querem aplausos, conforme o emblema clubistico de cada um, quando esgrimem argumentos no buraco da CGD?
Deixem-se de tretas, ainda há muita gente que não tem a cabeça comandada pelos partidos

Tiro ao Alvo disse...

Caro Gaudêncio,
Desculpe que lhe diga, mas não me parece muito feliz o ter chamado para a discussão a decisão da Comissão de Ética, sobre a actual ligação profissional da Dr.ª. Maria Luís, à Arrows. Até me parece que, neste capítulo, os nossos políticos estão, todos, a defender lugares desta natureza exclusivamente para as suas pessoas.
Digo isto por me parecer perfeitamente legítimo que alguém, que aceite desempenhar funções governamentais, possa, terminado o seu mandato, ir trabalhar para onde o quiserem, tal como os políticos profissionais voltam para os lugares que tinham no Partido.
O que me parece é que os políticos profissionais estão procurando afastar os cidadãos não alinhados partidariamente do governo da nação, perseguindo os que ousaram fazê-lo, denunciando-os como corruptos só porque vão desempenhar funções no sector em superentenderam , esquecendo que, sobretudo os advogados chamados a governar, regressam de imediato à sua profissão anterior, ninguém os censurando porque, naturalmente e com toda a legitimidade, irão aproveitarão da experiência governativa e dos contactos que entretanto estabeleceram, não me parecendo que é por aí que a coisa corre mal, no nosso País. O que me parece muito mal é que, quando denunciados certos abusos, a culpa morra solteira.
Parece-me que no caso concreto da CGD, a causa do enormíssimo buraco que ali fizeram, merecia ser convenientemente esclarecida e desmascarados e castigados os muitos gestores que por ali passaram a fazer asneiras, independentemente da sua filiação partidária. Não me parece aceitável que à neta do meu amigo, que nasceu a semana passada, lhe ponham às suas débeis costas mais uma dívida de 500 euros, só para salvar a CGD. A esta luz, tal me parece criminoso.
Espero que tenha compreendido a minha posição e que, com este comentário, não o quero magoar.

Unknown disse...

Não me fiz entender. Não quis colocar em causa ninguém.
Questionei, julgo que com legitimidade, a Comissão de Ética por nos ter informado que Legalmente nada tinha a dizer do novo estatuto profissional da Srª Drª Maria Luís. Ética e Lei não são sinónimos. A Comissão não deveria pronunciar-se sobre a dita Ética?
O mito direita esquerda, sem ética, alimenta uma divisão putativa que permite a subsistência de elites para quem o BEM COMUM se limita aos seus interesses em detrimento do cidadãos comuns.

Unknown disse...

A propósito de ética o texto abaixo publicado no Brasil, dá-nos a imagem perfeita daquilo que elites - auto-intituladas de direita esquerda - são capazes de gerar numa sociedade.
Tentem parar antes de chegarmos a isto. Não é pedir muito, já estamos cansados do péssimo espectáculo que nos proporcionam.

http://observatoriodaimprensa.com.br/corrupcao/o-pais-das-tornozeleiras-eletronicas/