A notícia quase passou despercebida.
Um grupo de cientistas usou um avião da Força Aérea para provocar chuva.
Tratou-se de lançar na atmosfera um composto químico - iodeto de prata e cloreto de cálcio - que age como inseminador nas núvens provocando a precipitação.
Quando vi esta notícia estranhei dois factos.
A operação foi realizada 3 dias depois das eleições e os habituais "ecologistas de serviço" não se puseram aos gritos.
E lembrei-me daquela situação vivida nos finais dos anos 90 quando, um outro grupo de cientistas, pretendeu realizar no mar, ao largo do Porto, umas experiências com explosões, destinadas a avaliar o comportamento sísmico. Recordo-me que as experiências foram várias vezes adiadas e a gritaria foi tal que durante várias semanas não se falou de outra coisa.
Depois, como já é habitual nestas situações, as atenções viraram-se para outro lado, as experiências realizaram-se e nunca mais se falou do assunto.
Lançar iodeto de prata e cloreto de cálcio na atmosfera não é propriamente um acto inofensivo. Trata-se de produtos químicos que provocam uma reacção - daí a chuva.
Mas desta vez a reacção química, não provocou reacções políticas. Não houve gritaria, nem pedidos de adiamentos. Tudo pareceu natural... e choveu.
Não é difícil imaginar o que se teria dito e feito se esta experiência se tivesse realizado antes das eleições.
O tempo mudou. Já chove!
Os tempos mudaram. Já não se grita por tudo e por nada...
5 comentários:
Os tempos, de facto, mudaram. Mudam sempre que os socialistas estão no poder.
Uma situação bizarra é a de que, entretanto, não foram publicadas quaisquer conclusões relativamente à experiência..!
Atenção! Eles ainda não estão no poder.
"Ainda não estão", mas já actuam como se estivessem!
Quem viu a 'festença' de domingo na sede do Rato, pode constatar que já estavam a: "gastar por conta"!
Tiveram direito a foguetes e tudo!
Como diria o 'sábio': "é a vida"!
Gostaria de apresentar as minhas desculpas por não ter deixado um 'cartão de visita':
MP
http://ecletico.blogspot.com
Cumprimentos
Ó Vitor, isso parece-me uma versão actualizada dos índios...a dança da chuva, não era?
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