Neste blog criticámos por diversas vezes a acção do senhor Professor Freitas do Amaral antes e depois da sua investidura como Ministro dos Negócios Estrangeiros. Criticámos a extraordinária deriva que o levou a comparações tão impróprias como aquela da identificação de um presidente de um Estado democrático com Hitler. Ou as suas posições, no mínimo polémicas, sobre a violência suscitada pelos cartoons publicados por jornais dinamarqueses. Ou a tendência para fazer aparecer o seu porta-voz na comunicação pública de decisões de Estado da mais elevada importância, subtraíndo-se ao esclarecimento público de decisões, atitudes e algumas omissões. Ou mesmo a opaca posição da diplomacia portuguesa face à crise de Timor, esta tanto mais notada quanto é certo que o ex-MNE tem obrigação de conhecer, como poucos, as regras porque se devem pautar os Estados em situações destas, já que foi presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas.
Nenhuma dessas apreciações nos leva a concordar com o infeliz aproveitamento partidário que nalguns sectores se fez do seu pedido de demissão do Governo. Era a ocasião para que a oposição reclamasse por um mudar de rumo na política externa agora que se muda de ministro. Mas não. Optou-se pela intepretação do gesto pessoal...
O Professor Freitas do Amaral abandona o Governo por razões de saúde. Nada leva a suspeitar que sejam outros os motivos. Por isso, a afirmação de que a saída do MNE demonstra que o Governo está em dificuldades, não faz qualquer sentido. Além de significar alguma falta de respeito por quem, nas circunstâncias que foram reveladas pelas comunicação social, inquestionavelmente dele é credor.
É sobretudo nestas ocasiões que se mede a elevação e a credibilidade de quem tem de se pronunciar sobre os factos da vida política. E são aproveitamentos destes que descredibilizam a palavra credibilidade.
Nenhuma dessas apreciações nos leva a concordar com o infeliz aproveitamento partidário que nalguns sectores se fez do seu pedido de demissão do Governo. Era a ocasião para que a oposição reclamasse por um mudar de rumo na política externa agora que se muda de ministro. Mas não. Optou-se pela intepretação do gesto pessoal...
O Professor Freitas do Amaral abandona o Governo por razões de saúde. Nada leva a suspeitar que sejam outros os motivos. Por isso, a afirmação de que a saída do MNE demonstra que o Governo está em dificuldades, não faz qualquer sentido. Além de significar alguma falta de respeito por quem, nas circunstâncias que foram reveladas pelas comunicação social, inquestionavelmente dele é credor.
É sobretudo nestas ocasiões que se mede a elevação e a credibilidade de quem tem de se pronunciar sobre os factos da vida política. E são aproveitamentos destes que descredibilizam a palavra credibilidade.
1 comentário:
Faltou-me essa nota, Margarida.
De facto a elevação nas relações que se travam com a política exigiria que se fizessem votos de rápidas melhoras do Prof. FA.
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