Não pude ouvir o debate de ontem.
Quem pode estar mais de 5h. a ouvir todo um debate? Só mesmo os parlamentares, porque é sua tarefa.
Mas confesso que tive pena ter de trabalhar, não puder vir para casa e, no fresco, dedicar-me a ouvir tudo... levantar-me da sala (para ir beber por.ex. um chá bem gelado) quando algumas intervenções aí vinham anunciadas...enfim "simular", em casa , no contraste daquele tórrido ambiente inaceitável do hemiciclo, aquilo que fazem os "ocupantes" de todas as bancadas, de todos os quadrantes!
Não pude, paciência!
Mas, por sorte e porque fiz algum esforço para tal, ouvi uma parte do discurso do 1º Ministro, exactamente aquela parte onde ele fez a "revisão da matéria dada" destes 16 meses de governo ( como o tempo passa!!! ).
E claro que ouvi atenta a "revisão da matéria dada" na área da saúde. onde o 1º Ministro disse com garbo: "nesta área revolucionámos o sector farmacêutico, com o que este governo fez os cidadãos passaram a ficar mais próximos e acessíveis do medicamento".
Fiquei à espera do resto, até porque um jornal de grande tiragem trazia ontem, em primeira página, "Um Milhão de Portugueses sem Médico de Família".
Fiquei à espera da apresentação de alguns resultados comparados sobre gestão de hospitais, aquilo a k os economistas chamam benchmarking, ou sobre as vantagens da transformação de hospitais SA em EPE's.
Fiquei à espera de saber há quanto tempo estão em espera os cidadãos que estão em espera nas listas cirurgicas. O número, de facto, não interessa, é politiquice, sempre estive de acordo com isso, mas o tempo de espera interessa e muito....
Fiquei à espera de saber se a dita "revolução no sector farmacêutico" engloba alguma medida que atente à preocupante crescente despesa com medicamentos que, no sector hospitalar, já vai para lá dos 12% ( mto.longe dos 4% que o ministro negociou com a indústria).
Enfim, na área da saúde, pelo menos, fiquei sem saber o estado da Nação.
Oxalá nas outras áreas se tenha ficado a saber.
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