As propostas de ingerencia deste Governo, nas vidas de cada um, tem-nos assaltado e sobressaltado nesta época de Páscoa!
De piercings confesso que não gosto, que os acho inestéticos e, alguns, até me suscitam uma certa incompreensão pelo escusadíssimo sofrimento doloroso a que a sua colocação certamente obrigará.
De casamentos confesso que gosto...receio começar a perder alguns convites, se o "cerco" apertar... os futuros casais passam a"ajuntarem-se"!
Estava ontem a olhar para umas estatísticas sobre a tuberculose em Portugal (índices onde batemos mais um record europeu) para a sua gravidade pela característica de multiresistências, o seu oportunismo pelos grupo-alvo, a sua dirigida agressão a comunidades socialmente marginalizadas e voltei a questionar-me: o internamento compulsivo de portadores desta doença, em fase contagiosa, fere a nossa Constituição?
Pois é!
Há quem diga que sim, que faça a interpretação que convem aos já sobrelotados serviços de saúde, mas outros Países obrigaram à execução de medidas desta natureza e já não têm, como nós, 25 novos-casos de tuberculose por cada 100.000 habitantes.
Pensando bem, prefiro que me fumem um charuto p'ra cima a que me mandem uma tossidela em qualquer aglomerado público...prefiro estar rodeada de gente com piercings e até nem me importo de deixar de ir a casamentos.
Gostava mesmo é que o Governo tomasse medidas de ingerência na "esfera privada" destas gravíssimas situações.
4 comentários:
Cara Clara Carneiro,
Subscrevo inteiramente as suas procupações.
Só que esses países que refere, que resolveram o problema (esse e outros) devem ser países muito atrasados, com falta de liberdade. Nesses países as pessoas não têm liberdade de fazer mal aos outros.
Nós, por cá, vamos mais no sentido de deixar às pessoas a liberdade de fazer mal aos outros, ao mesmo tempo que lhes vamos retirando certas liberdades de elas fazerem com elas o que muito bem entenderem...
Paradoxo? Talvez, mas somos "nós" que pedimos. Todos os dias vejo as pessoas a pedir mais leis. E quando chega à altura de as aplicar, dizemos que a culpa é sempre do outro.
E os governantes vão de encontro às aspirações do seu povo e, no fim , como naquele filme publicitário, perguntam: foi você que pediu?
Mas ainda um dia vamos apanhar juizo...
Tem toda a razão, Dra. Clara Carneiro, mas isso era um acto de bom-senso, e um acto de fazer política de saúde a sério...
Mas será que isso dá votos?
Pode dormir descansada, cara Drª Clara Carnairo, já temos um nobilíssimo cavaleiro a tratar desse assunto. Jorge Sampaio, qual D. Quixote de La Mancha, lá vai pelo mundo, sensibilizando e cativando os grandes lideres mundiais. Vai ver cara Doutora, de lança em riste e a bacia de barbeiro a servir-lhe de elmo, basta-lhe um ápice para que o Mycobacterium tuberculosis seja destruído.
:))))))
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