1. Indicadores de Conjuntura divulgados na última 6ª Feira pelo BdeP revelam que, apesar de se manter em “mood” de crescimento, a actividade económica em Portugal emite agora sinais de abrandamento.
2. Citando o documento do BdeP: “Em Junho/2014 o indicador coincidente mensal para a evolução homóloga tendencial da actividade económica registou uma ligeira diminuição (de 0,4 para 0,2%), enquanto o indicador coincidente mensal para a evolução homóloga tendencial do consumo privado estabilizou face ao mês anterior (em 1,1%)”.
3. Temos aqui um bom motivo de reflexão para os infatigáveis Crescimentistas - a conclusão de tal reflexão, atrevemo-nos a antecipar, deverá apontar para a necessidade de um forte empurrão na actividade económica (em sentido literal, com os dois braços se necessário)...
4. ...empurrão esse que, na falta de outros agentes interessados em tal exercício, deverá ser garantido pelo Estado, seguindo, de preferência, a nobre cartilha inspirada pelo Dr. Pangloss (ainda em fase de afinação, mas já suficientemente adiantada)...
5. Não há nada como o Estado assumir as suas responsabilidades de Provedor do Crescimento e do Emprego, “empurrador-mor” da economia, dinamizando a actividade, se NECESSÁRIO aumentando a despesa e se POSSÍVEL baixando os impostos - e de passagem DIMINUINDO o défice e a dívida – tudo em harmonia com uma perfeita hermenêutica Panglossiana...
6. Uma última nota para dizer que o PIB do 1º trimestre de 2014 não terá sido tão mau como inicialmente o “pintaram”: a variação em cadeia foi de – 0,6% (e não – 0,7%) e a variação homóloga de +1,3% (e não +1,2%) – são apenas uns “posinhos” mas uns bons “posinhos”, neste caso...
8 comentários:
Não sei se agora que a economia portuguesa parece ter sido truncada daquele que foi um dos primeiros subscritores de tantas e boas candidaturas aos mais altos cargos do estado, se essa necessidade de manter o estado como motor da economia ainda se verifica. Pelo contrário, parece ter chegado a hora de salvaguardar as regalias contratuais por via do principio da igualdade e da salvaguarda da confiança, já que as extracontratuais parecem estar definitivamente comprometidas..
PS: Não estava marcado para dia 23 o dito cujo?
Caro João Pires da Cruz,
As extracontratuais encontram-se definitivamente enterradas, já nem vale a pena falar delas!
Relativamente ao Dito-Cujo, bem pelo contrário vale bem a pena falar, poderá ser a 24?
Em caso afirmativo, vamos mobilizar desde já os infatigáveis (não) Crescimentistas Pinho Cardão e Bartolomeu?
Vamos desta vez ao magnífico SUCHI das Amoreiras (com comida de verdade, muito bem confeccionada, nada daquelas cruezas pouco salutares)?
Ou ao TALHO, que fica mesmo ao pé do Corte Ingles (junto à saída do Metro de S. Sebastião, Rua Carlos Testa), gerido por um famoso chefe de cozinha e que serve o melhor hamburger de Lisboa - e que está muito "in"?
Como a minha dieta não me permite comer animais com pernas mortos, muito menos esse símbolo do grande capital originário de terras da senhora Merkl e popularizado pela América de Bush, sugeria mesmo o das Amoreiras. Vou tratar de convencer o camarada Bartolomeu que, se bem me lembro, não era muito dado a grandes modernices do Sol Nascente. Há sempre o italiano do lado, com risottos e pastas de grande nível a fazer lembrar as aventuras do sr Berlusconi.
Sinto-me honrado pela generosidade que os meus excelsos amigos demonstram, ao incluir a minha pessoa em tão refinado encontro gastronómico. Contudo, devedor da vossa amizade mas por força das ultimamente mais frequentes deslocações pelo país, devo, por uma questão de solidariedade para com os milhares de desempregados e de reformados a viver miseravelmente, que tenho encontrado de norte a sul do país, declinar tão amável convite. Em contrapartida e porque nada substitui o imenso prazer de tertúlia, proponho que nos reunamos em Arruda, no meu "ninho de águia" em volta de um peixinho grelhado (apesar de bicho e morto, não tem pernas, pelo que, não atentará contra a dieta do meu estimado amigo Cruz) e de umas batatinhas garantidamente biológicas. É claro que o convite não se restringe aos nomes constantes deste post.
Caro Bartolomeu,
Fico muito sensibilizado com a sua sugestão/convite - que noutras circunstâncias abraçaria espontâneamente - mas acontece que na corrente semana se torna muito difícil dispor de tempo para tal empreendimento.
Se o meu Amigo quiser, em contrapartida, indicar um local em Lisboa que satisfaça os seus nobres requisitos, pela minha parte estarei disponível para seguir, sem reservas, a sua indicação!
Ainda quanto à sua sugestão, caso pretenda generosamente mantê-la, admito que os meses de Agosto/Setembro sejam os mais propícios para a sua concretização.
Caro Dr. Tavares Moreira, como já referi anteriormente, desde algum tempo que as minhas 5ª feira de cada semana está ocupada. É o dia em que disponho integralmente do meu netinho e, por conseguinte, é como se nesse dia, para mim, o mundo se resumisse ao espaço que aquele pequeno par de pés ocupa.
Quanto ao resto e para que dúvidas não sobrem, devo dizer-lhe que a minha tomada de posição é definitiva e inabalável, enquanto neste nosso país se mantiver o estado social atual. No meu conceito moral, não cabe a discrepância atual de uma sociedade constituída por dois vasos comunicantes desequilibrados em que um deles vive na abundância e o outro, mendiga alimentos para os filhos.
Quanto à sugestão que modestamente enderecei aos meus amigos, obviamente será mantida e ser-me-ia dada uma grande alegria, se aceite por todos.
Caro Bartolomeu,
A razão que apresenta transcende toda e qualquer dialética em torno de questões logísticas - merece, por isso, o meu mais sincero respeito.
Quanto à análise social que singela mas sentidamente expressa, ainda que possa suscitar grandes reservas, merece-me também respeito.
O debate fica assim adiado para uma próxima oportunidade, à volta da mesa, que espero não demore muito.
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