Alguém saberá explicar porque razão a TAP continua a vender bilhetes para voos que não tem condições de assegurar. A frota de aviões no ar não é suficiente e o mesmo se passa com os tripulantes, explicações dadas pelo presidente da companhia para justificar cancelamentos e atrasos. Não bastando, vários problemas técnicos com aviões surgiram nas últimas semanas. Aguardam pela entrega de novos aviões e já receberam autorização do governo para recrutar pessoal. Esta não é a TAP a que nos habituámos: uma companhia segura, conhecida pela qualidade da manutenção dos aviões, e com um serviço de qualidade, mas que ainda assim já não é o que era. Tem vindo a perder pilotos para companhias estrangeiras. A TAP é uma companhia que concorre no mercado global. A imagem de uma empresa custa a construir, mas é num piscar de olhos que se perde. Diz o presidente da companhia que a TAP está a atravessar uma crise de crescimento. Pode ser, mas custa a perceber, especialmente para quem viaja na TAP. O que vale é que há escolha...
9 comentários:
Mas continuam a assegurar as viagens dos chefes para a Coreia e outros destinos...paga Zé...
Cara Margarida, a TAP teve um azar que não é muito comum na aviação. O atraso na entrega de aviões contratados. É muito, muito pouco comum que suceda algo assim. Daí, claro, houve todo este penoso espectáculo que, convenhamos, foi também muito empolado pela imprensa.
Caro Zuricher
E quanto às avarias técnicas que opinião tem? Também têm que ver com a falta de aviões? É que não foram pequenas avarias.
Manter rotas e continuar a vender bilhetes acima da capacidade de resposta da frota é uma política inaceitável. Quanto à manutenção não pode haver meio termo. A segurança é fundamental para manter a confiança.
Avarias foram 2 ou 3. É um valor perfeitamente dentro dos rácios de topo na industria. Para exemplo, um 747 da British Airways aterrou em Lisboa na semana passada por avaria, um 777 também da BA teve que regressar a Londres no Domingo passado e outro 747 da BA teve que voltar para trás e aterrar em Dublin em 28 de Junho. Não é uma lista exaustiva, apenas alguns casos que retive na memória e apenas nas frotas de longo curso.
Agora a venda de bilhetes sem ter a frota. A introdução de aviões na frota é um processo que se inicia vários meses antes tal como a abertura de rotas. Contratam-se os aviões para serem entregues meses depois e a data de abertura das rotas é fixada para quando esses aviões chegarem. Hoje em dia não é economicamente viavel ter aviões no chão à espera dos tempos futuros. Aliás, boa parte do sucesso da TAP a que estamos a assistir nos últimos anos deve-se a uma utilização mais intensiva (e racional) da frota.
Caro Zuricher
Obrigada pelas suas explicações. Gerir com eficiência a frota e de todos os outros recursos é o que se espera da administração da TAP. Mas vender uma capacidade que não existe é diferente, o presidente da companhia reconheceu o problema.
Eu penso que uma solução para a TAP e outras companhias aéreas, seria estabelecer plataformas aéreas de transbordo de passageiros. Dessa forma, sem ter de aterrar, as aeronaves desembarcavam uns e embarcavam outros, sempre em andamento. Assim, na altura do embarque, cada passageiro seria obrigado a adquirir um kit de aterragem, constituído por um paraquedas e uma máscara de oxigénio para que, ao desembarcar na plataforma de transbordo poder continuar viagem no próximo aparelho, ou, optar por descer e ir à sua vidinha.
Caro Bartolomeu
Seja bem regressado! De avião, com pára-quedas?
Haja boa disposição, a solução proposta até tem algumas asas para voar!
Pois, cara Drª Margarida... no estado em que as coisas estão e verificando-se que o "cerco" se aperta de forma assustadora, só nos resta fazer os possíveis para não perder a boa disposição ou o pouco que dela reste...
Bem, para quem ainda não sabe...a TAP, a partir de 03/junho passou a incluir mais um voo: LISBOA --> Manaus (Brasil). DO Rio Tejo ao Rio Amazonas. E olhem, os voos já começaram lotados até agosto. Espero que essa deficiência que todos vcs falam não tenham resultados trágicos.
Enfim, um abraço aqui do Amazonas.
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