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domingo, 31 de agosto de 2014

O Zé e os brasões, estamos bem entregues...

O Zé que faz cá muita falta andava há muito tempo sem aparecer com uma ideia brilhante. Parece que o Costa ficou surpreendido, mas pelos vistos só depois das reacções públicas à ideia de eliminar os brasões coloniais que decoram o jardim da Praça do Império
Acabar com os brasões - que remetem para o nosso passado histórico - simplesmente pelo facto de terem sido concebidos pelo Estado Novo não faz qualquer sentido. Não temos que nos envergonhar, antes pelo contrário, da nossa História. Se assim fosse, então teríamos que renegar da memória colectiva outros símbolos da mesma época. 
Não se compreende como é que um simples vereador da câmara municipal da capital do país decide, por sua alta recriação, eliminar um conjunto artístico que se encontra sintonizado com a zona histórica dos Jerónimos. O Mosteiro dos Jerónimos e a sua envolvente constituem um conjunto que reflecte a nossa identidade como povo. O nome da Praça do Império também é para abater? Então, e o que dizer do Padrão dos Descobrimentos? Quem o construiu? Também vai ter a mesma sorte? 
Falta de bom senso e falta de cultura levam a estes excessos irracionais. E os excessos revolucionários dão nisto. Estamos bem entregues... 

7 comentários:

Bmonteiro disse...

Praça do Império?
Actualize-se.
"Praça da CPLP", na presença do Chefe de Estado da Guiné Equatorial.
A bem do Regime.
O Sr Vereador na direcção do protocolo e ao micro durante a cerimónia.

Floribundus disse...

desconhecia que o povo que vegeta 'socialisticamente' no rectângulo ainda tinha identidade

com esta esquerda e estes sovietes
isto continuará a ser por décadas
'um manicómio em auto-gestão'

opjj disse...

Ainda ninguém lhe pediu para pagar a conta com o embargo das obras no marquês! Milhões não são tostões.

Gente irresponsável.

JM Ferreira de Almeida disse...

Margarida, não é falta de cultura ou de senso. É pura estupidez.

Pinho Cardão disse...

Ora aí está uma coisa bem dita, caro Ferreira de Almeida.
Mas que também é falta de cultura e de bom senso, também é, efectivamente. É isso tudo junto.
Como agora estamos bem com os espanhóis, qualquer dia o sujeito ainda se lembra de destruir o campo de Aljubarrota e o Mosteiro da Batalha.
E os Jerónimos que se cuidem!...

Diogo disse...

A História de qualquer país (em função das sensibilidades do momento) tem sempre coisas melhores e coisas piores (a eleição de Sócrates e Passos Coelho (e o cara-metade Paulo Portas) foi uma das tragédias nacionais. Não quer dizer que eles não mereçam um busto nas feiras de ciganos de Carcavelos, Cascais, Queluz ou outras.

Mas, a História é uma ciência e, portanto, sempre sujeita a investigação e revisão sempre que surjam novos factos.

A Margarida sabia que a única coisa que na História não pode ser colocada em causa é o holocausto judeu? Que as pessoas vão presas (na Alemanha, Áustria, França e noutros países) se colocarem em dúvida qualquer coisa em relação ao holocausto judeu?

Cumprimentos

Tavares Moreira disse...

Cara Margarida,

O que mais me impressiona neste pobre folhetim, é a revelação do grau de decadência que está atingindo boa parte das chamadas "elites" do País...é assustador, mesmo.