A Câmara Municipal de Lisboa colocou esta semana em leilão um conjunto de edifícios. Os investidores chineses e russos entraram em força a comprar. A antiga sede do Banco Totta, um edifício histórico da Baixa Lisboeta, é agora propriedade chinesa. Foi arrematada por 7,3 milhões de euros. Que novo futuro lhe estará reservado? Um novo banco? Um centro comercial de lojas chinesas? A sorte do edifício dos bombeiros municipais que fica junto ao Teatro Nacional de D. Maria II ficou em mãos russas por 3 milhões de euros. Muitos outros edifícios simbólicos seguiram o mesmo caminho. Os franceses também compraram. Não temos dinheiro. E quem não tem dinheiro não tem "palácios e quintas". Estamos à venda, não escapa nada. Assim nos vamos desfazendo das nossas jóias. É um pouco de nós que se vai. Uns dizem que são os vistos "gold" e as vantagens fiscais, outros falam da austeridade e da crise, outros apontam o dedo à globalização...
9 comentários:
Sei que não acontecerá mas, seria interessante que a CML, desse conhecimento público do rumo que será dado ao produto da venda.
Já no que diz respeito ao rumo que os novos proprietários darão aos imóveis adquiridos... com a facilidade de poderem ser usados para "tudo"...
Bom, desde que os chineses, os russos e os franceses não se lembrem de criar portagens pagas... tudo bem.
Agora... o xôre predizente da câmbra tinha sido um ganda negociante se tivesse criado uns pacotes promocionais do tipo; quem comprar o edifício dos bombeiros leva de brinde o Casal Ventoso...
E lentamente vão vendendo até que sobre alguma coisa nesse campo.
E já tinha marchado a EDP, os CTT, o que restou do BPN, a ANA, agora vai a PT, etc., etc., etc.
Vão os anéis, Margarida, falta saber se conservamos os dedos...
Caro Bartolomeu
Talvez haja algum pacote com o licenciamento!
Caro luís rodrigues coelho
Se é que sobra alguma coisa!
Caro Manuel Silva
A lista via continuar a crescer...
José Mário
Parece-me que alguns dedos já foram...
Parece-me dizem as más línguas que o edifício da cml também vai ser vendido. Aguardem
É-me absolutamente indiferente que sejam plutocratas russos, chineses, americanos, franceses ou os «nossos» Belmiros, Amorins, Soares dos Santos, Mellos, etc. São tão patriotas uns como os outros.
São os «nossos representantes eleitos» que estão a entregar riqueza, que é de todos os portugueses, a interesses privados. Mas, qual é a admiração?
Fernando Madrinha - Jornal Expresso de 1/9/2007:
[...] "Não obstante, os bancos continuarão a engordar escandalosamente porque, afinal, todo o país, pessoas e empresas, trabalham para eles. [...] os poderes do Estado cedem cada vez mais espaço a poderes ocultos ou, em qualquer caso, não sujeitos ao escrutínio eleitoral. E dizem-nos que o poder do dinheiro concentrado nas mãos de uns poucos é cada vez mais absoluto e opressor. A ponto de os próprios partidos políticos e os governos que deles emergem se tornarem suspeitos de agir, não em obediência ao interesse comum, mas a soldo de quem lhes paga as campanhas eleitorais." [...]
Independentemente do blog ser de um assessor de um dos vereadores da actual maioria da câmara de Lisboa, não deixa de ser útil a leitura deste post:
http://risco-continuo.blogs.sapo.pt/formulario-para-responsabilizacao-dos-587125
Útil, sim, HPS. E assertivo nalguns pontos. Embora não aprecie especialmente o estilo do "olhem ali para as culpas dos outros"...
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