... e o meu respeito vão para José Ribeiro e Castro e para todos os que, pela razão que ele invocou, votaram no Parlamento contra a adoção do sistema de patente europeia unitária, proposta pelo Governo. Os motivos do Deputado Ribeiro e Castro podem ser conhecidos aqui.
A independência nacional, que todos proclamam, deve começar na defesa intransigente daquilo que, mais do que tudo, nos une e identifica como portugueses: a nossa língua materna. Não me venham com a estória da globalização que impõe a utilização de línguas universais. Para além de não perceber como é que o alemão se inscreve nesse conceito, a Europa da diversidade, que no discurso oficial também todos dizem defender, deveria levar à preservação dos patrimónios linguísticos, expressão mais evidente do pluralismo cultural da UE, e não à sua contínua segregação..
3 comentários:
Completamente de acordo. Já desde há muito que paira sobre nós essa ameaça. As patentes são documentos com valor legal e não é compreensível como podem ter força legal em Portugal não tendo o respectivo texto em língua portuguesa. Já há anos, suponho que desde q992, que deixou de ser obrigatória a tredução integral da patente para português, sendo apenas necessária a tradução das reivindicações. Com a chamada patente unitária nem isso. Durante algum tempo, Portugal manteve a sua oposição e teve o apoio e a companhia de Espanha e Itália. Agora não sei se estes países também se submeteram. É uma derrota para Portugal, para a nossa economia e para a nossa língua.
Declaração de interesse: Fui durante muitos anos tradutor de patentes e consultor de questões relacionadas. Tenho familiares que são tradutores como trabalhadores independentes e têm traduzido patentes além de outros textos. Não são estes factos que me fazem ter a opinião expressa.
PS: queria dizer 1992 e não q992, evidentemente. Peço desculpa pela falha.
Muito bem, caro Ferreira de Almeida!
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