Também há coisas boas em Portugal, mas o problema é que não se fala delas.
Aqui vai uma: a Universidade Católica vai iniciar um curso de empreendorismo.
Trata-se de uma iniciativa que deve ser enaltecida.
Todos afirmamos, e ninguém duvida, que a inovação impulsiona o crescimento.
Todavia, o pleno aproveitamento dos efeitos da inovação exige espírito empresarial.
Nas estatísticas que serviram de suporte a um documento da Comissão Europeia sobre os grandes desafios para a Europa, aparece um quadro onde se explicita a propensão para o empreendorismo, quer na UE-15, nos EUA e nos diversos países da União.
Segundo essas estatísticas, na UE-15, cerca de 50% das pessoas que fizeram parte do universo das sondagens considerariam tornar-se empresários.
Nos Estados Unidos, a percentagem é superior a 60%.
Na Europa, a percentagem mais baixa é na Finlândia, com uma percentagem um pouco abaixo dos 30%, e, caso curioso, Portugal aparece logo em segundo lugar, com uma percentagem de cerca de 65%, o que é excelente.
Parece assim que Portugal se encontra no bom caminho, no que respeita à criação de uma nova mentalidade que leve a criar novos empreendedores, capazes de se adaptarem às novas oportunidades do mercado e de transformar ideias e inovação em produtos e em projectos empresariais.
Os empresários são a mola real da economia, não o Estado.
É o investimento privado e não o aumento da despesa pública que garantem o crescimento.
Por isso mesmo, é reconfortante ver a iniciativa da Universidade Católica Portuguesa, pelo seu simbolismo e importância prática.
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