São 74.230 ha de paisagens fabulosas, que abrangem 92 aldeias típicas do nordeste transmontano nos concelhos de Bragança e Vinhais.
A policromia é espantosa e excessiva, sobretudo na Primavera e no Outono. Ideal para quem, interessado pelo registo do cenário natural, procura fortes contrastes.
Apesar de conhecer bem aquelas paragens por serem próximas da minha terra natal, tenho bem presentes as imagens, os cheiros, os sons, enfim, as sensações de uma recente estada na casa das Termas do Tuela (nas margens do rio com o mesmo nome) e da visita guida que pude fazer.
O Parque abrange as serras da Coroa, Montesinho e Nogueira e os vales intersticiais no extremo Nordeste de Portugal. O clima supra-mediterrânico é de extremos: rigor máximo do Inverno, quente no Verão.
São impressivos os carvalhais, sardoais e matos constituidos por carvalhos e azinheiras. Os rios e as galerias ripícolas repletas de amieiros, salgueiros, choupos e freixos. Verdadeiros monumentos vivos são alguns dos centenários castanheiros espalhados pelos campos. Inesquecíveis os lameiros que dão à paisagem um forte, sempre fresco e permanente tom de verde.
Habitat de fauna selvagem diversificada, ali ainda resistem o lobo ibérico, o veado e outros mamiferos. Nos cursos de água, a truta, o barbo, a boga, o escalo, a sarda. Recenseada está também a lontra. Da avifauna, destaque para a presença da cegonha preta, da cegonha branca, do açor, do falcão tagarote, do abutre do egipto e do grifo.
Notável também a profusão de borboletas que em algumas épocas quebram o estaticismo da paisagem.
Sem esquecer, a propósito desta época pascal, essa espécie deliciosamente característica de toda a zona, que dá pelo nome de Cabrito de Montesinho. Nunca provaram? Não sabem o que perderam...
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