Há que reconhecer o oportunismo do PS e do Governo ao relançar o debate sobre o referendo ao aborto logo a seguir à confusão do novo Orçamento Rectificativo. Quer queiramos quer não, o debate já havia sido aberto e lançado com a polémica da educação sexual nas escolas e é provável que se acentue logo a seguir às autárquicas. Com a perspectiva de uma derrota nas presidenciais, o PS vai aproveitar para pôr a "esquerda dos costumes" à frente do palco a berrar com os temas "fracturantes". Lança, assim, uma autêntica cortina de fumo sobre a esperada constestação sindical no último trimestre do ano.
Correndo o risco de "morder o isco" do PS, há que começar a reunir materiais e a recensear argumentos. O meu primeiro contributo é publicado em "O quarto da República", recuperando um texto de 2004 sobre a educação sexual nas escolas. Acrescentei, entretanto, o texto da resolução sobre interrupção voluntária da gravidez aprovado na Assembleia da República em 2004.
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