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sexta-feira, 3 de junho de 2005

Quem ventos semeia...

...normalmente colhe tempestades. Ou: os efeitos mediáticos do discurso falso-moralista.

3 comentários:

Isa Maria disse...

para eles tudo é justo e merecido. Para quem não chega a ganhar 700 euros mensais ( e há muita gente...), que se desenrasque.

Anónimo disse...

Meu Caro JSintra, o post não visou censurar o ministro que recebe o que recebe, presumidamente com mérito e seguramente pouco para as responsabilidades de que é portador. O que visava era muito simplesmente chamar a atenção de que os discursos pseudo-moralistas têm depois esta tradução na opinião publicada e nalguma opinião pública. Não é este governo que está a fazer o discurso do fim dos privilégios dos políticos? Não se brandiu, a este propósito, com o exemplo da acumulação da pensão de Alberto João Jardim com a sua remuneração como presidente do Governo Regional? Não é, afinal, este discurso de pretensa "moralização" mais um exemplo da mais destilada demagogia?

Suzana Toscano disse...

Concordo com o Ferreira d'Almeida, quem não quer ser lobo não lhe veste a pele...Mas o discurso deste Governo é, a meu ver, pior do que moralista, porque o seu objectivo não é criar uma nova atitude de transparência ou de equidade mas apenas explorar os tradicionais sentimentos de inveja em relação ao vizinho do lado para "passar" melhor as suas medidas de austeridade. Em vez de invocar a necessidade de produzir mais e trabalhar melhor, fala em "acabar com os privilégios" dos funcionários. E engloba no heróico combate nacional contra o défice as pensões dos políticos e o aumento do último escalão do IRS. A demagogia tem um preço elevado e quando contribui para denegrir ainda mais quem tem direito a ser respeitado ainda é mais grave. Era altura de sermos poupados a esta linguagem e a truques tão estafados. Se é preciso tomar medidas, que se tomem, mas não explorem sentimentos mesquinhos.Ou então não se admirem de ser julgados pela mesma bitola...