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quarta-feira, 8 de junho de 2005

“Junk food, junk policy”

A alimentação constitui um dos principais factores responsáveis pela saúde e pela doença. Dentro dos diferentes produtos, as gorduras desempenham um papel importante, mas podem ser responsáveis por situações graves e complicadas. A dita “junk food” é responsável pela crescente obesidade, sobretudo infantil, doenças cardiovasculares e certas formas de cancro. A utilização comercial e reiterada de gorduras vegetais solidificadas – forma de prolongar a duração dos alimentos – tem a ver com o facto de serem mais baratas, mas estão na origem das gorduras trans.
A ingestão das gorduras trans começa a ser responsabilizada por alterações a nível de vários órgãos, sobretudo o cérebro, interferindo com múltiplas funções. Esta toxicidade cerebral dificulta a aprendizagem, sendo os jovens os mais vulneráveis. Há como que uma “obstrução” mental. O cérebro pode sofrer lesões permanentes.
Por analogia podemos também falar de “junk policy”. Para garantir a sobrevivência de alguns políticos, utilizam-se as equivalentes “gorduras” de qualidade duvidosa, hidrogenando-as. São fáceis de obter e mais baratas. À semelhança dos efeitos das gorduras ditas trans, também provocam “lesões” nos nossos cérebros. Muitos deixam de aprender coisas novas e outros ficam mesmo embrutecidos.
Alguns produtores alimentares, McVities, Masterfood e a Nestlé, começaram a dar atenção à necessidade em substituir as gorduras perigosas, removendo-as dos seus produtos. Mesmo assim, em caso de suspeita, o melhor é evitá-los. Resta saber se o que comemos ao longo dos tempos não terá contribuído para uma “obstrução” dos nossos cérebros. Em termos de “junk policy” não tenho quaisquer dúvidas, mas ainda acredito na reversibilidade das lesões, através de uma “política saudável e mais natural”…

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