Eu sei que o actual Governo não gosta de receitas extraordinárias. Mas confesso muito sinceramente que não percebo a racionalidade da opção. Em tempo de se falar em cortes na despesa, não percebo o silêncio relativo ao património do Estado.
Penso no vasto e valioso património imobiliário do Estado de onde se destaca o do Ministério da Defesa, entre quartéis que estão às moscas no meio das cidades e vilas, nas escolas práticas que não têm praticantes, nos fortes que já não defendem nada, nas serventias militares que não servem para nada.
Penso no património imobiliário do Ministério da Agricultura, em que quintas e estações agronómicas são entregues à expansão do mato porque não há quem as cultive.
Penso e não percebo porque se deixou cair o plano de transferência para as autarquias das dezenas de residências escolares quase vazias.
Penso no património habitacional do Estado, impossível de gerir e esquecido pelas fracas rendas que são cobradas.
Não vale a pena continuar a pensar.
O Governo não gosta de receitas extraordinárias. É mais fácil subir o IVA, a gasolina e o tabaco.
3 comentários:
caros amigos
No reformista o Manifesto do Estado de "Mercado Social"
António Alvim
Venda-se tudo a Espanha
Até porque nos últimos tempos a Espanha tudo se compra e nada se vende...
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