Caro Ferreira de Almeida: A ler, mas não a seguir, na minha opinião,claro está!... Começa a ganhar voz, sobretudo entre os jornais e comentaristas de esquerda e, já agora, mestres de conferências, o discurso da desculpabilização da Europa e a culpabilização dos EUA pela crise que se vive em alguns países europeus. A questão, dizem, é que não interessa aos americanos um euro forte, pelo que estes tudo fariam para o deitar abaixo. Claro que o Lem Monde não poderia ficar à margem deste combate. Noblesse oblige!... Independentemente da atitude americana, o facto relevante é que países europeus, designadamente a Grécia e Portugal, tudo fizeram para provocar a crise por que estamos passando. A culpa é nossa, não do dólar. Por outro lado, os EUA começaram a crescer e a Europa não arranca. Por culpa das políticas de aumento da despesa, dos impostos, e da dívida. Quando Portugal e a Grécia têm que recorrer ao mercado e endividar-se para pagar os juros, a culpa não é do dólar, mas das políticas. A senhora comentadora e mestre de conferências do Le Monde esquece-se que estamos numa economia global e que não é pelo proteccionismo, mas pela concorrência que os países crescem. Competindo e inovando. Parece aburdo, mas é verdade, que nos tempos que correm alguém ainda pense que os americanos têm o dever de servir a Europa e colocar o dólar como moeda de segunda e subserviente às asneiras europeias. Artigos como o de Le Monde vão ter cada vez mais aceitação, mas não resolvem nenhum problema. Só os gravam. Penso eu de que...
A ler, meu caro Pinho Cardão, para se perceber o que faz escola nos principais meios de comunicação por esta Europa. Note que o artigo é publicado no dia do anuncio das medidas tidas como de salvação do euro. É necessário, assim, fazer opinião - porque nos dias que correm não é a realidade que conta, mas a opinião publicada - quanto à razão pela qual é importante para a Europa manter o euro forte.
À margem - ou nem tanto - eu leigo na matéria me confesso pouco preocupado com a perda de algum valor do euro face ao dolar. Se é verdade que o crescimento da zona euro depende da capacidade de tornar mais competitivos os procutos europeus nos mercados exteriores, então algum equilíbrio na paridade só me parece ser benéfico. Penso eu de que, também...
Sempre lúcido, caro Ferreira de Almeida, em todas as suas considerações. Entre elas, saliento uma: de facto, o que nos tem desgraçado, particularmente a nós, portugueses, é a opinião publicada que consegue normalmente o feito de não ver a realidade, levando-nos para um mundo virtual. Acontece que, abruptamente, a realidade impõe-se e vem o sofrimento que podia ser evitado.
4 comentários:
Caro Ferreira de Almeida:
A ler, mas não a seguir, na minha opinião,claro está!...
Começa a ganhar voz, sobretudo entre os jornais e comentaristas de esquerda e, já agora, mestres de conferências, o discurso da desculpabilização da Europa e a culpabilização dos EUA pela crise que se vive em alguns países europeus. A questão, dizem, é que não interessa aos americanos um euro forte, pelo que estes tudo fariam para o deitar abaixo. Claro que o Lem Monde não poderia ficar à margem deste combate. Noblesse oblige!...
Independentemente da atitude americana, o facto relevante é que países europeus, designadamente a Grécia e Portugal, tudo fizeram para provocar a crise por que estamos passando. A culpa é nossa, não do dólar. Por outro lado, os EUA começaram a crescer e a Europa não arranca. Por culpa das políticas de aumento da despesa, dos impostos, e da dívida.
Quando Portugal e a Grécia têm que recorrer ao mercado e endividar-se para pagar os juros, a culpa não é do dólar, mas das políticas.
A senhora comentadora e mestre de conferências do Le Monde esquece-se que estamos numa economia global e que não é pelo proteccionismo, mas pela concorrência que os países crescem. Competindo e inovando. Parece aburdo, mas é verdade, que nos tempos que correm alguém ainda pense que os americanos têm o dever de servir a Europa e colocar o dólar como moeda de segunda e subserviente às asneiras europeias. Artigos como o de Le Monde vão ter cada vez mais aceitação, mas não resolvem nenhum problema. Só os gravam.
Penso eu de que...
Queria dizer: só os agravam.
A ler, meu caro Pinho Cardão, para se perceber o que faz escola nos principais meios de comunicação por esta Europa.
Note que o artigo é publicado no dia do anuncio das medidas tidas como de salvação do euro. É necessário, assim, fazer opinião - porque nos dias que correm não é a realidade que conta, mas a opinião publicada - quanto à razão pela qual é importante para a Europa manter o euro forte.
À margem - ou nem tanto - eu leigo na matéria me confesso pouco preocupado com a perda de algum valor do euro face ao dolar. Se é verdade que o crescimento da zona euro depende da capacidade de tornar mais competitivos os procutos europeus nos mercados exteriores, então algum equilíbrio na paridade só me parece ser benéfico.
Penso eu de que, também...
Sempre lúcido, caro Ferreira de Almeida, em todas as suas considerações.
Entre elas, saliento uma: de facto, o que nos tem desgraçado, particularmente a nós, portugueses, é a opinião publicada que consegue normalmente o feito de não ver a realidade, levando-nos para um mundo virtual. Acontece que, abruptamente, a realidade impõe-se e vem o sofrimento que podia ser evitado.
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