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quarta-feira, 12 de maio de 2010

Cultura de compromisso

Bastaram 5 dias para os políticos ingleses resolverem uma situação nova nos últimos trinta e tal anos, a de nenhum partido ter obtido maioria nas últimas eleições.
Uma cultura de compromisso, e não uma cultura de confrontação, levou a uma coligação conservadora-liberal para governar o país.
Sem Constituição, mas com bom senso e sentido patriótico, os ingleses dão novamente uma lição. De democracia, para servir o povo. De compromisso, sem o qual todo o confronto é estéril e não alcança solução alguma.

3 comentários:

Suzana Toscano disse...

É verdade, olhamos o desenrolar dos acontecimentos em Inglaterra como se fosse um mundo estranho. Cameron agradeceu ao seu antecessor, realçou os progressos que conseguiu alcançar, Goron Brown terminou o seu discurso de despedida dizendo que tinha sido uma honra servir o País. Hoje a coligação começou a governar, apesar de muits dúvidas dos eleitores que dizem ter votado nos liberais democratas para impedir a vitória de Cameron. A vivacidade e a dureza da campanha não significa que o poder seja um prémio pessoal, fica bem sublinhado o sentido de serviço e o compromisso que têm para com os cidadãos. Esperemos que tenham sucesso nesta nova situação da democracia inglesa.

Anónimo disse...

Oportuna nota. O Reino Unido provou que em tempos de dificuldade a estabilidade política geradora de consensos entre diferentes projectos políticos, é muito importante.
Provou também que negociação não é abdicação para nenhuma das forças, se em causa estiver o interesse nacional.
Demonstrou ainda a força da realidade quando os cidadãos são conscientes e não se deixam enganar pelas promessas de cumprimento impossível e pelas ilusões.
Só não estou de acordo, meu caro Pinho Cardão, que o Reino Unido não tenha Constituição. Tem-na, mais estável e respeitada que a nossa, apesar de não escrita...

Pinho Cardão disse...

Cara Suzana:
Outra cultura, outros comportamentos...

Caro Ferreira de Almeida:

Ora aí está. A nossa é tão birocrática que ninguém a entende com clareza. A deles nem escrita está e todos a interpretam de forma transparente...