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sexta-feira, 21 de maio de 2010

Já não há pachorra!

O PM e secretário-geral do PS defendeu em campanha eleitoral que não agravaria a carga fiscal. Ganhou as eleições também à custa desta promessa. Manteve-a na discussão do programa de governo, do orçamento e na primeira versão do PEC. Mudou agora de opinião porque, diz, o mundo se transformou nos anteriores 15 dias. Durante todo este tempo o Engº Sócrates manteve a mesma opção relativamente aos grandes projectos de obras públicas, designadamente ao TGV. Hoje, no Parlamento, o mesmo PM que defende que o mundo se desfez em 15 dias e obrigou a mudar, sustenta que não muda de opinião quanto ao TGV porque o PSD tinha a mesma posição em ... 2002!
Começa a não haver pachorra para tanto atentado à inteligência...

8 comentários:

Bartolomeu disse...

Bom... Senhor Dr. Ferreira de Almeida, o facto de o PSD ter sido, outrora, apologista de que a linha de alta velocidade seria uma mais-valia para o país e, actualmente, Pedro Passo Coelho ter concordado com o governo na aprovação do PEC, já por si só é um sinal de que o primeiro ministro não está a mentir nesta matéria. Assim como não estaria a mentir, quando afirmava que o PSD não tinha propostas alternativas consistentes, se as tivesse, o novo presidente do partido também não teria subscrito o mesmo Plano.
Agora... no que diz respeito à insistência na construção da linha para o TGV... temos de concordar que o país não tem condições económicas e financeiras que permitam levar a cabo a sua construção.
Parece obvio para toda a gente, menos ao Sr. Primeiro ministro e para o actual líder da oposição!
Assim, não ha memso pachorra...

Anónimo disse...

Meu caro Bartolomeu,
É verdade que o PSD esteve de acordo que se fizesse a linha do TGV. Há 8 anos atrás. É criticado pelo Primeiro-Ministro por ter mudado a politica que tinha há 8 anos atrás sobre esta matéria. O mesmo PM que avança com este argumento é o mesmo que mudou radicalmente as políticas que defendia há ... 3 semanas atrás.
Pode tolerar-se este tipo de argumentação que para além de fugir à questão essencial (que é a de saber se o Pais tem condições para este investimento, e mesmo se ele é viável e necessário para o nosso desenvolvimento), atenta contra a inteligência de todos nós?

Bartolomeu disse...

A inteligência de todos nós, Senhor Dr.Ferreira de Almeida, está a meu ver, cativa da moda que toda esta gente teima em nos querer "impingir".
A moda de acreditar que estão todos a decidir o melhor para todos nós.
Só se é agora... porque todas as decisões têm resultado em prejuízo para todos.
E as últimas medidas de semi-austeridade, comprovam-no.
Digo "semi", porque as medidas de fundo, aquelas que poderiam resultar como "emenda" da crise em que se vive, essas... meu estimado Amigo, continuam a representar, na opinião dos nossos governantes, "uma gota de água no oceano". Como se o oceano não fosse composto por incontáveis gotas-de-água...
Não ha... efectivamente, não ha pachorra!

Carlos Monteiro disse...

Caro Ferreira de Almeida,

Houve uma oportunidade de acabar com a demagogia deste governo na sexta-feira, desperdiçada pelo PSD. Vá lá saber-se porquê que o PSD que "quer ajudar os portugueses a defenderem-se do governo" não a aproveitou...

Anónimo disse...

Nesta fase, meu caro cmonteiro, proteger o País do governo é mantê-lo em funções evitando uma crise política de efeitos desastrosos, e tudo fazer para que não se agravem os efeitos da desorientação. Seria responsável que o partido no poder soubesse encontrar no seu seio as alternativas a estes governantes, manifestamente cansados, ou, como no caso do ministro das obras públicas, manifestamente desajeitados.

Bartolomeu disse...

Nesse caso, meu caro Dr. Ferreira de Almeida, deixa de fazer sentido, qualquer crítica à actuação e às medidas que este governo preconiza.
Avante Socrates, o PSD está contigo!!!

Anónimo disse...

Não, meu caro Bartolomeu. O que deixaria de fazer sentido seria o PSD deixar de contrapor as suas propostas às do PS. Isso chama-se fazer oposição. Existe porém oposição responsável, que critica quando deve criticar e apoia quando as circunstâncias ou o mérito das propostas do governo devem levar a apoiar; e oposição irresponsável, do regabofe contestatário e do bota-abaixismo primário, que não percebe que a queda de um governo, mesmo de um governo mau como este, pode aprofundar as dificuldades juntando à financeira o descrédito a que conduz uma crise política. Convém não brincar com o fogo que a situação é mesmo explosiva, como dizia há tempos o PR...

Bartolomeu disse...

Meu caríssimo Amigo, Dr. Ferreira de Almeida, Não sei se é mais fracturante a oposição de Jerónimo, apresentando ao parlamento uma moção de sensura a este governo, se a concordância com as medida de um PEC que se prevê irão afectar com todo o género de impostos, a sociedade mais desfavorecida e ainda, aumentar as condições para que mais pequenas e médias empresas possam sessar a sua actividade, aumentando o já elevado número de desempregados...
Para lhe ser muito franco, caro amigo, considero que existem dois géneros distintos de bombas: as que explodem e as que implodem. No meu ponto de vista o PSD percebeu que esta pode ser uma daquelas que se pegar nela, lhe pode estoirar nas mãos, daí prefere dizer ao fulano que a tem: continua, que vais no bom caminho, e o outro, pelos vistos vai continuando, alegre a contente, com a certeza que nas mãos dele nunca a bomba irá estoirar.