O Governo determinou hoje a eliminação de um conjunto de medidas temporárias de apoio aos desempregados e de apoio ao emprego, aprovadas, algumas delas não há muito tempo, no âmbito da concretização do Programa de Estabilidade e Crescimento 2010-2013.
A persistência da crise, com as consequências bem evidentes nos baixos níveis de criação de emprego e nas elevadas taxas de desemprego, aconselhou o reforço da protecção social através de medidas excepcionais.
O que mudou de lá para cá que justifique afinal retirar as medidas de reforço da protecção social e de apoio ao emprego? De lá para cá se alguma coisa não mudou foram as razões que levaram o Governo e a Assembleia da República a decidirem pela necessidade de suavizar os efeitos da crise protegendo as pessoas mais vulneráveis.
Basta pensar, por exemplo, que tem crescido o desemprego de longa duração, aquele que à medida que a situação se mantém pelo decorrer do tempo acabará por deixar de ter acesso a qualquer prestação social de desemprego.
O Governo anunciou que vai poupar 151 milhões de euros com a revogação destas medidas. Não discuto a necessidade de fazer poupanças onde há desperdícios, mas discuto que o corte recaia sobre os portugueses que se defrontam com enormes dificuldades para assegurarem a sua sobrevivência e a dos seus filhos, que a crise, aliás, antecipa venham a aumentar.
Não haveria outras zonas da despesa pública por onde cortar? Haveria com certeza, mas sem o efeito de tesouraria tão imediato quanto a urgência da redução do défice. Estou-me a lembrar de várias medidas. Porque não acabar, por exemplo, com os Governos Civis?
O que mudou de lá para cá que justifique afinal retirar as medidas de reforço da protecção social e de apoio ao emprego? De lá para cá se alguma coisa não mudou foram as razões que levaram o Governo e a Assembleia da República a decidirem pela necessidade de suavizar os efeitos da crise protegendo as pessoas mais vulneráveis.
Basta pensar, por exemplo, que tem crescido o desemprego de longa duração, aquele que à medida que a situação se mantém pelo decorrer do tempo acabará por deixar de ter acesso a qualquer prestação social de desemprego.
O Governo anunciou que vai poupar 151 milhões de euros com a revogação destas medidas. Não discuto a necessidade de fazer poupanças onde há desperdícios, mas discuto que o corte recaia sobre os portugueses que se defrontam com enormes dificuldades para assegurarem a sua sobrevivência e a dos seus filhos, que a crise, aliás, antecipa venham a aumentar.
Não haveria outras zonas da despesa pública por onde cortar? Haveria com certeza, mas sem o efeito de tesouraria tão imediato quanto a urgência da redução do défice. Estou-me a lembrar de várias medidas. Porque não acabar, por exemplo, com os Governos Civis?
Está por demais evidente a falta que fazem as reformas que deveriam ter sido feitas. Que a factura seja paga pelos mais pobres não é justo. É lamentável que a redução da despesa pública seja feita à custa da despesa social que se revela essencial à manutenção de níveis de dignidade que não nos envergonhem.
4 comentários:
Hoje de tarde também comentei com amigos esta notícia...
Com esta medida o governo não está a poupar, isso é coisa que não sabe fazer, está sim a retirar subsídios...
Pelo que percebi da explicação ministerial, de então para cá os sectores recuperaram a olhos vistos, estão a chamar as pessoas de volta e tudo corre muito bem. Não terá sido, pois, poupança, mas actualização da realidade. É que o mundo muda mesmo muito depressa...
Cara Margarida
Mais uma medida de grande alcance patriótico, social e filantrópico! Um espanto de mau senso e de falta de sentido de estado, Com tantas hipoóteses de poupança, vistas de imediato como actos de gestão louváveis, pelo contrário, o governo dá mostras de querer continuar a ser perdulário, uma vez que para poupar meia dúzia de tostões, sacrifica os desempregados e logo aqueles em conndições mais adversas. E para ter uma amostra do que se passa neste capítulo do "à grande e à francesa" vale a pena ler hoje o semanário "Sol" ; fica-se estarrecido, com tanto espírito esbanjador, perfeitamente demonstrado, por exemplo, a nível dos gabinetes dos nossos inefáveis dirigentes governamentais. Basta pensar em acessores e motoristas, são mais que muitos e em gastos com telemóveis, verdadeiramente inimagináveis. Os tachos e as moredomias, sempre de braço dado.
Caro antoniodosanzóis
As definições de patriotismo, solidariedade e filantropia também estão a mudar a grande velocidade. Fazem parte da actualização da realidade. Ela é tão rápida que nem damos por isso.
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