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domingo, 13 de fevereiro de 2011

A geração que querem fazer de parva


Está aí a fazer furor uma canção chamada “Parva que sou”, porque exprime em meia dúzia de quadras a desilusão de uma geração que estudou e que vê indefinidamente adiada a sua realização pessoal e profissional. O mote serve para colar logo o rótulo “geração parva”, que isto de rotular gerações é o que há de mais cómodo.
Que há um enorme desajustamento entre a procura e a oferta de empregos qualificados, isso é uma evidência. Que as empresas preferem explorar essa abundância oferecendo sobretudo empregos temporários e mal pagos ou admitindo apenas “estágios gratuitos”, também parece inegável, seria até muito interessante ver o impacto que a dimensão dessa “flexibilidade” trouxe às empresas, em pelo menos dez anos seria já altura de fazer o balanço entre a tão criticada rigidez laboral e a total ausência de compromissos de parte a parte.
Mas, apesar de tudo isto ser verdade, também não me parece que os jovens desiludidos se possam dar ao luxo de se considerar parvos. Parvos porquê? Porque acham que foram enganados por quem os estimulou para estudar mais? Parvos porque andaram a aprender, a ganhar qualificações, a valorizar-se? Parvos porque podiam ter andado a trabalhar desde os 16 anos com a escolaridade mínima e afinal andaram a maçar-se na Universidade? Desculpem lá mas parvos é que eles não são. Por muito difícil que seja a situação que hoje vivem, por muito que lhes custe ver adiada a sua vida e os seus projectos, por muito injusto que seja o enorme desperdício das suas qualidades e da sua capacidade de trabalho, terem estudado é o melhor que podiam ter feito, é um valor que vai sempre para onde forem e que poderá, mais dia menos dia, dar os seus frutos. Não ter expectativas frustradas por não se ter nada, seria certamente muito pior.
Não são os jovens diplomados que são parvos por terem um diploma e ambicionarem um emprego compatível, parva é a sociedade que não lhes dá o valor e os deixa esmorecer por falta de oportunidades.

24 comentários:

Helder Ferreira disse...

Cara Susana,

é certo e sabido da baixa formação da maior parte dos empresários portugueses. Se os diplomados não são parvos têm uma enorme vantagem competitiva sobre os actuais empreendedores e, sendo assim, o que os impede de arriscar e fazer o que tantos iletrados, incompetentes e até, exploradores, fizeram até agora?
Só uma coisa, serem parvos mesmo e estarem à espera que seja outrem a dar-lhes aquilo a que julgam ter direito. Em vez de lamurias que façam alguma coisa por eles próprios, como fizeram os pais e avós com muito menos formação e competências.
Já agora por muita responsabilidade que a sociedade tenha eu não tenho nenhuma e não a partilho.
Os melhores cumprimentos

Fartinho da Silva disse...

Cara Susana Toscano e Caro Helder Ferreira,

Há diplomas e diplomas e o problema é essencialmente esse. Os jovens foram enganados sim senhor e foram enganados por tinham a expectativa que qualquer diploma serviria para terem um nível de vida, pelo menos, semelhante ao dos seus pais.

Mas o que realmente lhes foi oferecido? Uma escola não superior demasiado fácil, uma infinidade de universidades e politécnicos sem um mínimo de qualidade e que ministram uma miríade de cursos completamente absurdos.

Por isso, pessoalmente, considero que estes jovens foram, de facto, enganados pelo poder político. E o pior desta situação é que a grande maioria destes diplomados no papel já perceberam que o que aprenderam não lhes serve de praticamente nada pela simples razão de o mercado necessitar de outro tipo de diplomados.

Como sempre me disseram: "Escola fácil, vida difícil".

Bartolomeu disse...

Que os actuais jovens foram enganados, parece inegável. Também o foram os seus pais, esses então, foram multiplamente enganados.
Contudo, nem a uns, nem a outros, é lícito que consideremos parvos.
Os horizontes que se vislumbraram, proporcionaram e exigiram, pessoas capazes académicamente para que o nosso país os alcançassem.
A forma, ou, algumas formas de o conseguir, é que me parecem ter sido parvas, porque foram desabridamente incoerentes e facilitistas.
No entanto, não podemos deixar de perceber o sentido do texto da cara Drª Suzana. Ha um futuro! E, esse futuro, poderá, deverá ser mais promissor, que aquele a que os pais dos nossos jovens de hoje tiveram.
Concordo com a Drª Suzana, quando reivindica a não-parvoice dos jovens de hoje. Reconhece-se que as oportunidades de trabalho e de realização de projectos profissionais, escasseiam para os mais jovens. Reconhece-se também que os critérios de empregabilidade, tendem hoje para a precariedade, no entanto, pensemos... não é este um sinal de mudança?!
O futuro pertence sempre aos jovens, e o mesmo futuro, é também a renovação daquilo que foi o futuro dos que já não são jovens.
As gerações mais jovens, não são parvas, se forem capazes de anular as decisões parvas que lhes anulam as prespectivas de vida e lhes tolhem a vontade de realizar os seus sonhos.
Termino este comentário com uma afirmação pessoal.
Todas as revoluções das quais resultaram grandes mudanças sociais, foram marcadas pelo nascimento de um estilo musical.
"Imagine-se" este exemplo:
http://www.youtube.com/watch?v=3_yumV4nbKs

Fartinho da Silva disse...

Peço imensa desculpa pelas gralhas no texto. Nunca mais aprendo a escrever numa caixa minúscula :)

Anónimo disse...

Subscrevo inteiramente o comentário do comentador Fartinho da Silva. É que há cursos superiores... e cursos da treta. E o mercado se encarrega de separar as águas.

Tonibler disse...

Não são parvos, são burros!

É inacreditável a forma como as pessoas acham que o sucesso das outras saiu no euromilhões. Havia um sorteio a que eles concorreram e, depois, aos outros saiu-lhes o emprego, o carro, a casa, etc... e a eles, que tudo fizeram para que a felicidade lhes chegasse à porta por via de uma meta escolar qualquer, foram prejudicados.

Foram enganados por quem, essa não percebo? Alguém disse que tirar um curso dava emprego? Eu sei a quem não dá de certeza - a quem acha que tirar um curso qualquer na universidade ruth marlene lhe vai dar emprego. Quem é tão burro dificilmente conseguirá lá chegar.

Helder Ferreira disse...

Essa de serem enganados é muito boa. Desculpai mas quem entra num curso de Engenharia com média inferior a 10 é enganado? Quem fez um curso de educação (estes são a maioria) quando a demografia aconselha o contrário foi enganado por quem? A vida que os avós e pais desta geração viveu foi bem mais dura que a deles. Façam por ela e vão queixar-se ao totta se fazem o favor.

Pedro disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Fartinho da Silva disse...

Continuo a afirmar com todas as letras que foram enganados pela demagogia, populismo e eleitoralismo do poder político.

A grande maioria desta geração não tinha qualquer hipótese de perceber, quando tinha 6 anos de idade, que a escola estava a ser demasiado fácil. E não tinha, porque os seus pais não tinham escolaridade suficiente para o entender. Acharam que era fantástico passar todos os anos sem sequer terem um exame até ao 12º ano!! É bom não esquecer que esta geração não fez um único exame na vida até chegar à Universidade, fez no máximo uma tal de Prova Geral de Acesso (antiga PGA).

Afirmam que não são parvos, são burros porque entraram num curso de engenharia com média inferior a 10 valores. Quem permitiu que tal sucedesse? Que mensagem estava a ser transmitida a esses jovens? É óbvio que se estava a dizer: "tirem um canudo, seja ele qual for, nós depois resolvemos o problema".

Assumamos de uma vez por todas os nossos erros.

Montámos um sistema de ensino não superior que é uma vergonha para qualquer país com o nosso nível de desenvolvimento. Colocámos em primeiro lugar a demagogia, o populismo e o curto prazo para ganhar eleições sem pensar nas consequências a longo prazo. Montámos um sistema de ensino superior para dar lugares a boys e girls pelo país fora de forma completamente irresponsável. E agora estamos a pagar esses erros.

Adriano Volframista disse...

Cara Suzana Toscano
Tocou na principal mensagem da canção: Parva que sou.
Ninguêm, em Portugal, gosta de ser tomado por parvo.
Era altura de começar (??!!) a reflectir sobre esse "pequeno" detalhe.
Cumprimentos
joão

Mané disse...

Concordo plenamente com as afirmações do Sr. Fartinho da Silva.
Portugal tem que pensar claramente o que quer para o futuro… E nisso os nossos altos responsáveis, bem formados academicamente, não souberem dar uma resposta.
Creio que em Portugal existem dois mundos: Os que são bem formados mas que nada fazem e os que não são formados e que nada fazem porque não deixam evoluir…
Cordiais Cumprimentos.
Mané

jotaC disse...

"(...)Sou da geração sem remuneração
E não me incomoda esta condição
Que parva que eu sou
Porque isto está mal e vai continuar
Já é uma sorte eu poder estagiar
Que parva que eu sou
E fico a pensar
Que mundo tão parvo
Onde para ser escravo é preciso estudar(...)"

Cara Dra. Suzana Toscano:
Excelente, e muito oportuna!, esta abordagem sociológica.
A letra desta música não está muito longe da verdade, no pressuposto de que reflecte a cultura em que educamos esta geração: a cultura do facilitismo, do emprego garantido e bem remunerado, de uma vida desafogada, com automóvel e apartamento; bastava apenas estudar, e já está!.
Este é o embuste em que educamos esta geração. Não conheço ninguém que tivesse sequer sonhado que o curso do filho lhe serviria apenas para o tornar mais culto e o posicionar melhor ao lugar de call center…
Concluo, portanto sem rebuço, que esta geração não é parva; nós é que fomos parvos em a termos educado com os nossos dogmas, em não termos sabido estar atentos aos sinais que o facilitismo, bom e mau, lhes iria criar realidades diferentes daquelas que herdamos…
Claro que também temos desculpa!. Nas gerações anteriores tudo se passava lentamente sem sobressaltos, nem sequer o acesso à universidade era democratizado como hoje…como é que íamos adivinhar que o tempo iria correr assim depressa!?

jotaC disse...

PS: Vou replicar, com a sua permissão, no meu espaço do facebook.

Pedro disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Fartinho da Silva disse...

Caro Paulo,

Eu acredito na responsabilidade individual, mas o Estado tem dado, pelo menos desde os anos 80, um péssimo exemplo e tem evitado que isto aconteça.

Quantos de nós não aplaudiu o encerramento das escolas profissionais, industriais e comerciais? Quantos de nós não aplaudiu a criação os cursos superiores "ensino de"? Quantos de nós não aplaudiu o fim dos chumbos no ensino não superior? Quantos de nós não aplaudiu o fim dos exames nacionais no final do 1º ciclo? Quantos de nós não aplaudiu o fim dos exames no final do 2º ciclo? Quantos de nós não aplaudiu a substituição dos exames de acesso ao ensino superior por uma tal de PGA? Quantos de nós não aplaudiu a construção de instituições de ensino superior por todo o lado? Quantos de nós não aplaudiu a funcionalização dos docentes? Quantos de nós não aplaudiu a atribuição do mesmo salário a professores do 1º ciclo e do ensino secundário? Entre muitos outros enormes disparates.

E quantos de nós não chamou milhares de nomes feios às manifestações de professores e alunos contra o fim dos exames, contra a PGA, o facilitismo, a indisciplina, etc? O poder político ligou alguma coisa a estas manifestações? Era o interesse nacional que estava em causa, diziam eles...

Quantos de nós não aplaudiu a desresponsabilização quase completa dos pais pela educação dos filhos? Quantos de nós não acreditou que o estado podia substituir as famílias neste domínio?

Os resultados estão aí. Faça as contas e poderá confirmar que esta geração não nasceu de geração espontânea. Foi criada. E foi criada pelo poder político. Se reparar esta geração nasceu nos anos oitenta. Agora repare no facilitismo em que viveu neste período. Mas cada dia que passa é pior. A esta geração iremos somar a dos anos 90, que ainda é pior e depois a do início do século, que consegue ser ainda pior. Os professores têm avisado, mas parece que são corporativistas e blá, blá, blá, blá, blá.

Eu lembro-me bem de ter escrito um artigo num jornal regional com um conteúdo semelhante a este:
- tem um filho entre 3 meses e 6 anos? Não se preocupe, o estado oferece a guarda e entretenimento;
- tem um filho entre 6 e 18 anos? O estado oferece um centro de guarda e entretenimento de crianças e jovens para combater o autoritarismo das escolas do tempo da outra senhora. Não se preocupe com nada, porque o estado resolve;
- tens entre 18 e 25 anos? O estado oferece umas escolas superiores com uns cursos muito giros e modernos para garantir a todos os jovens o acesso ao ensino superior;
- tens entre 25 e 35 anos? O estado oferece uns estágios muito engraçados para combater o desemprego dos jovens;
- tens mais de 35 anos? Peço imensa desculpa, mas o dinheiro acabou!!

Para tomar boas decisões é necessário:
1º ter idade para isso;
2º ter instrução (da verdadeira).

Estes dois pontos essenciais não foram garantidos na altura e o poder político sabia muito bem o piso que pisava e tomou as decisões que considerou mais interessantes para ganhar eleições.

E posso acrescentar que estou absolutamente convencido desde meados da década de noventa que todas as gerações vão pagar isto muito bem pago.

Fartinho da Silva disse...

Já agora deixo aqui este exemplo muito fresquinho:

Façam uma análise ao teste intermédio de Física-Química A (11º ano de 11/02/2011)
- Questão 1 do grupo I - transcreve;
- Questão 1 do grupo IV - exercício de escalas;
- Grupo III igual ao do ano lectivo anterior com dados ligeiramente diferentes.

Não acreditam? Vejam aqui:
http://www.gave.min-edu.pt/np3content/?newsId=9&fileName=FQA11_Fev2011_V2.pdf

Não me venham dizer que os alunos são burros. O estado é que considera os alunos portugueses burros, que é algo bem diferente. Que preparação levam estes adolescentes para o seu futuro? São estes os sinais que damos aos nossos jovens?

Enquanto nós andamos a brincar ao ensino há imensos países a fazer uma enorme marcha atrás, exemplos? EUA, Reino Unido, Austrália, Nova Zelândia, etc..

Pedro disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Fartinho da Silva disse...

Caro Paulo,

"A instrução é outra coisa, repare como tanta gente instruída fez tanta asneira por Portugal fora."

É bem capaz de ter razão neste ponto :)

Pedro disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Caboclo disse...

Faz lembrar os montes de licenciados que veem do leste europeu para pintar paredes em Portugal .

Não aproveitem a moção do BE ..para por na rua o criminoso mór !! e depois queixem-se !!!

Suzana Toscano disse...

Caros comentadores, é um facto que muitos cursos têm pouco mais que o valor facial mas também é verdade que não podem ser todos assim tão maus. Há milhares de jovens licenciados desempregados ou a fazer trabalhos para que não são precisas qualificações nenhumas. E também é um facto quenão é só em Portugal que existe este problema, basta abrirmos a televisão e vermos, na Europa e não só. Há poucos anos dizia-se que o grande segredo da Irlanda era que tinha investido em qualificação. Vê-se. No entanto, não há ninguém que se atreva a dizer que foi tempo e dinheiro perdidos, que mais valia não terem estudado nada. Eu acho que os jovens não foram parvos nem ninguém fez deles parvos com promessas sem sentido. Foi importante e é importante que estudem, e mesmo estudar pouco é melhor que nada. A vantagem é sempre de quem estudou mais, parvos seriam se tivesse ficado sem estudar, assim sempre têm alguma coisa.

Fartinho da Silva disse...

Cara Suzana Toscano,

Provavelmente expliquei-me mal.

Oferecemos aos jovens um percurso único, como tal não funcionava fizemos os seguintes ajustes:
- fim dos exames no ensino não superior;
- abertura de escolas de ensino superior por todo o lado.

Como estes ajustes não deram os resultados esperados, fizemos mais uns ajustes:
- funcionalização do exercício docente;
- decretou-se a indisciplina nas escolas.

Como todos estes ajustes criaram enormes distorções, as escolas de ensino superior, com o mercado em recessão, com alunos cada vez mais fracos e com a obsessão por cursos com nomes giros e fáceis (sem matemática, de preferência), criaram cursos absurdos que tornaram a vida das pequenas e médias empresas um inferno porque deixaram de conseguir perceber a utilidade da formação adquirida por muitos dos candidatos a um emprego ou a um estágio.

Todos estes problemas são conhecidos, mas como bons portugueses que somos, insistimos neste modelo denominando cada ajuste como "reforma estrutural", ficando tudo um pouco pior.

Como nada fizemos, ao contrários dos países por si referidos que estão a fazer marcha atrás e nalguns casos até, talvez, com velocidade excessiva, estamos a levar (passe o termo) com tudo em cima.

Quando diz que mais vale terem estudado alguma coisa que coisa nenhuma. Tenho as minhas dúvidas porque criaram expectativas que não podem, de forma nenhuma, ser cumpridas.

Em vez de terem concluído licenciaturas tão importantes para o seu futuro como "Restauração e Catering" na gigantesca cidade de Seia (http://www.esth.ipg.pt/curso.asp?curso=4), podiam ter tirado um curso profissional com as mesmas saídas profissionais, em muito menos tempo, com um investimento muito inferior, com um conhecimento técnico-profissional muito superior, com expectativas de trabalho muito mais realistas e com muito mais probabilidade de se realizarem profissionalmente.

Suzana Toscano disse...

Caro Fartinho da Silva, explicou-se muito bem e tem muita razão no que diz, fizeram-se muitas asneiras e há muita coisa a corrigir, se calhar é preciso que haja uma crise para as pessoas perceberem até que ponto se estava a descambar.Mas a generalização é perigosa e o mote que se tornou popular dá pretexto a que se vitimize uma geração à qual, afinal, se proporcionou o melhor que era possível. Como pertenço à geração anterior, à que se esforçou por proporcionar, não aceito pacificamente que me atirem as culpas por ainda assim haver dificuldades, não podíamos ter feito mais, mesmo com muita asneira pelo meio.O que não significa que não se reconheçam as grandes dificuldades que esta geração está a sentir.

Fartinho da Silva disse...

Cara Suzana Toscano,

Compreendo e aceito a sua opinião. Deixo aqui o exemplo da primeira questão do teste intermédio, que supostamente tem como objectivo preparar os alunos para o exame, do 11º de Física e Química:

"GRUPO I

Durante algum tempo o magnetismo e a electricidade ignoraram-se mutuamente. Foi só no início do século XIX que um dinamarquês, Hans Christian Oersted, reparou que uma agulha magnética sofria um desvio quando colocada perto de um circuito eléctrico, à semelhança do que acontecia quando estava perto de um íman. Existia pois uma relação entre electricidade e magnetismo.

C. Fiolhais, Física Divertida, Gradiva, 1991 (adaptado)

1. Transcreva a parte do texto que refere o que Oersted observou."


Repare bem na questão a alunos do 11º ano "transcreve"!

O facilitismo, a irresponsabilidade, a preguiça e a indisciplina são fomentados pela 5 de Outubro. Por muito bons que sejam os professores das escolas públicas, não têm qualquer hipótese de fazer alguma coisa de útil pelos seus alunos. Bem podem dizer aos alunos que o trabalho compensa, que é necessário estudar, que a preguiça é algo contra o qual devem lutar, que a disciplina é fundamental na organização e no estudo. Podem discursar assim todos os dias, em todas as aulas que nada conseguirão, porque em seguida aparece o Ministério da Educação a exigir que os alunos "transcrevam".