Num post de 18 de Fevereiro, referi a recente publicação do livro Los Días de Gloria, de Mario Conde, ex-Presidente do Banco espanhol Banesto, um enorme êxito editorial em Espanha.
Por alturas de Junho de 1993, Mario Conde confrontava-se com o aumento de capital do Banesto e não podia mais ocultar “um activo de semelhante envergadura" como a participação de 50% no Banco Totta & Açores.
Recorda-se que a lei portuguesa limitava, naquele caso, a participação de capitais estrangeiros a 10%. No entanto, através de diversos veículos jurídico-financeiros, o Banesto terá conseguido o controle de 50% do Banco. Como contributo para a memória de um assunto que tanta polémica suscitou, deixa-se um link para um artigo de 2009 do jornal i, que repesca essa matéria.
Mario Conde viu-se assim obrigado a dar conhecimento público e, oficialmente, ao Governo português dessa posição relevante do Banesto no Totta.
Para isso, e como forma de atenuar danos, pediu a intervenção de Gonzalez, ao tempo 1º Ministro, no sentido de preparar a sua visita a Portugal. Diz Mario Conde: “ao lado de Gonzalez, no mundo da política e das finanças, existiam personagens obedientes, disciplinadas, que viviam no projecto de Gonzalez, o que lhe permitia triunfar sem que eles participassem da sua glória. Mas comparticipar em projectos com alguém com presença sólida na sociedade espanhola era outra coisa. Apesar disso, decidiu ajudar-me…e comprometeu-se a discutir o assunto com Cavaco Silva, o 1º Ministro português"...
Todavia, com o anúncio de tal participação qualificada no Totta, armou-se tempestade, refere M. Conde. Aljubarrota de novo na primeira linha de fogo. Roquette, assustado, o Governador do Banco de Portugal, aterrorizado, Cavaco “cabreado como una mona”. Cenário de guerra.
Tinha que enfrentar-me com os acontecimentos, pegar o touro pelos cornos, e com muito susto no corpo, fui a Lisboa. Terça-feira, 20 de Julho, reuni-me com o 1º Ministro português...
A continuar…
Recorda-se que a lei portuguesa limitava, naquele caso, a participação de capitais estrangeiros a 10%. No entanto, através de diversos veículos jurídico-financeiros, o Banesto terá conseguido o controle de 50% do Banco. Como contributo para a memória de um assunto que tanta polémica suscitou, deixa-se um link para um artigo de 2009 do jornal i, que repesca essa matéria.
Mario Conde viu-se assim obrigado a dar conhecimento público e, oficialmente, ao Governo português dessa posição relevante do Banesto no Totta.
Para isso, e como forma de atenuar danos, pediu a intervenção de Gonzalez, ao tempo 1º Ministro, no sentido de preparar a sua visita a Portugal. Diz Mario Conde: “ao lado de Gonzalez, no mundo da política e das finanças, existiam personagens obedientes, disciplinadas, que viviam no projecto de Gonzalez, o que lhe permitia triunfar sem que eles participassem da sua glória. Mas comparticipar em projectos com alguém com presença sólida na sociedade espanhola era outra coisa. Apesar disso, decidiu ajudar-me…e comprometeu-se a discutir o assunto com Cavaco Silva, o 1º Ministro português"...
Todavia, com o anúncio de tal participação qualificada no Totta, armou-se tempestade, refere M. Conde. Aljubarrota de novo na primeira linha de fogo. Roquette, assustado, o Governador do Banco de Portugal, aterrorizado, Cavaco “cabreado como una mona”. Cenário de guerra.
Tinha que enfrentar-me com os acontecimentos, pegar o touro pelos cornos, e com muito susto no corpo, fui a Lisboa. Terça-feira, 20 de Julho, reuni-me com o 1º Ministro português...
A continuar…
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