Extraordinário, verdadeiramente extraordinário o número de especialistas portugueses sobre a situação no norte de África e no Médio Oriente. Passo os olhos pela imprensa depois dos comentários ouvidos nas rádios e TV e pasmo com o conhecimento que entre nós existe sobre a Tunísia, o Egipto, a Síria e a Jordânia, a Arábia Saudita. Até sobre o al-Yaman como acabei agora mesmo de saber que se chama o que eu julgava ser o Iémen. Conhecem tudo acerca dos movimentos e das correlações de força, mesmo os mais clandestinos. Sobre os presidentes, os filhos dos presidentes, as mulheres dos presidentes. Os apaniguados a favor e os apaniguados dos que são contra. Para onde vão e de onde vêm. O que os motivam e, de certezinha absoluta o que vai acontecer amanhã. E para a semana. E daqui a seis meses em que tudo será diferente do que vai ser amanhã e para a semana. Um destes sábios analistas jurava que Mubarak (não consigo, por mais que tente, pronunciar o nome do homem como ele o fez...) iria ter o destino de Pinochet. Concordei...
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Tenho pena de sermos assim, um povo de génios invisíveis. Uns profetas sem público. Porque se as elites daqueles povos ou os dirigentes do Mundo soubessem que tantos iluminados por cá respiram os odores do jasmim, há muito que teriam resolvido os problemas naquelas paragens por menos do que o Professor Karamba cobra por uma consulta.
5 comentários:
Nostradamus profetisou que o fim dos tempos, ocorreria no ano de 2012.
Não o fim do mundo, mas sim, o fim destes tempos.
Na origem de tão devastador ocorrencia, foram apontadas várias causas, entre elas o aparecimento de um novo planeta, cujo campo magnético provocará alterações no nosso planeta, inclusivé ao nível humano.
Nostradamus profetizou também que este fim dos tempo, ocorreriam como resultado de uma 4ª guerra mundial, entre os países de oriente e os de ocidente.
Mas, Nostradamus, profetizou ainda que de Portugal, será o homem que terminará esta guerra, dando início a uma nova era, a uma nova ordem civilizacional, algo muito diferente daquilo que hoje se conhece.
Então, caro Dr. José Mário, sendo assim que tudo se irá passar, faz todo o sentido que os portugueses comecem desde já a "meter o bedelho" onde um dia irão ser chamados, não lhe parece?
É verdade, caro Ferreira de Almeida, tanta "maltosa" a beber do fino e nós sem sabermos...
Acontece normalmente que, ao fim e ao cabo, tanta erudição resulta da leitura de uma qualquer revista ou jornal estrangeiro que todos vão repetindo, repetindo, repetindo...
Hoje também ouvi um egiptólogo dizer que a "revolução" radicava em três factores: a ditadura de Mubarak, a inflação, e o terceiro ficou por dizer depois da divagação pelos dois primeiros e das perguntas muito inteligentes e apropriadas do jornalista.
Confesso que me ficou a fazer espécie esse terceiro factor que ficou no tinteiro. Mas não me enganaria muito se apontasse o contágio da Tunísia...
Mas, claro, só um egiptólogo é que tem competência e autoridade para o dizer...Possam eles perdoar-me o atrevimento.
Meu caro Bartolomeu, ao pé das pitonisas do regime, Nostradamus é um pobre proprietário de oráculo de esquina. Alguns de nós não se limitam a previsões. Isso é coisa de feira popular. Os nossos comentadores e analistas, a que se juntam os "enviados especiais" dos media, têm a certeza do que vai na cabeça dos principais actores políticos, sabe o que sente o Povo, e não tem dúvidas que o desfecho dos acontecimentos é o que a sua ciência determina.
Meu caro Pinho Cardão, pois eu nem me atrevo a opinar perante tamanha sabedoria das nossas pitonisas, cientistas e "enviados especiais". Acabei de ver um pouco do Prós e Contras e se tinha dúvidas sobre a existência de sabedorias imensas, fiquem definitivamente esclarecido!
É verdade, é só abrirmos a televisão e saltam os sábios do Egipto e do "mundo árabe" em geral, tudo muito lógico e cristalino e, claro, imensas soluções, nem se percebe como é que eles deixaram os respectivos cair naquela desgraça, estava-se mesmo a ver. E as profecias, então! acabo de ouvir "é preciso chamar a atenção para...e para...".Pelo menos tem a vantagem de não ouvirmos as mesmas análises evidentes e as mesmas profecias sobre o nosso País.
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