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quinta-feira, 30 de outubro de 2008

A vala comum dos esquecimentos

A acreditar na imprensa de hoje, afinal o Zé (só) faz falta ao PS. Entristece-nos a desilusão do líder do BE que tanta esperança depositava naquele que queria fazer de Lisboa a capital mundial da corvina e da ameijoa e o maior centro produtor de couve tronchuda. O Zé, o herói da Al Jazeera, tem-se revelado, de facto, uma mais-valia para o governo da cidade. Na defesa dos pelouros, não vá dar-se o caso de regressar ao simples estatuto de vereador-palrador, solidariza-se com o presidente da câmara na defesa das acções mais impactantes, como ontem se viu na apresentação dos projectos para Alcântara. Faz por isso todo o sentido que Louçã sinta que se estão a romper as bandeiras. A mais-valia eleitoral do Zé não passa afinal do abono de família de António Costa. E aquele tocante amor declarado a Lisboa, não passou de um namorico interesseiro.
Por falar em Alcântara, que é feito dos megalómanos projectos para a zona ribeirinha, das obras de comemoração dos 100 anos da República, do novo museu dos Coches? E da empresa "Frente Tejo", essa que seria o agente da mudança de uma das faces mais características de Lisboa? Foi-se com a saída de J.M. Júdice? Será que temos de esperar pelo livro que este promete escrever para saber o destino do que justificou horas de tempo de antena promovendo nada menos do que a revolução?
E que é feito das promessas de devolver à cidade as áreas sem interesse portuário, anunciado com pompa e circunstância pelo Primeiro-Ministro perante o aplauso do presidente da câmara, agora que o que voltamos a ver são os investimentos da ... Administração de Porto de Lisboa?
O Zé deixou de fazer falta ao BE, não se vê maneira de passar à prática o célebre plano estratégico da frente do Tejo, vão-se as obras de reabilitação e de valorização ribeirinha, perdeu-se o Dr. Júdice e esqueceu-se o novo museu dos coches que os lisboetas anseiam angustiadamente há uma eternidade. Já não se farão, ali, à beirinha do rio, os foguetórios prometidos para a comemoração condigna da implantação da I República. Tudo isto remetido para a vala comum do esquecimento!
Alguém, por aí, faz o favor de tapar a vala? Lisboa agradece.

2 comentários:

Pinho Cardão disse...

Coitado do Zé Maria, que vai acoitando todos os Zés espertalhuços que lhe aparecem pela frente!...

joshua disse...

Essa do vereador-palrador e barrigudo-obstaculizador de viadutos está genial, ó JM Ferreira de Almeida!