Admiro-me das coisas que sou capaz de aqui confessar. Desta vez não guardo segredo que apostei ter o PS e o seu governo, de maioria confortavelmente absoluta, maior resistência à adversidade do que a que está a revelar.
Eis que leio uma notícia de última hora, a propósito dos calmantes que o ministro da Saúde tenta ministrar (como é proprio de ministro...) às hostes socialistas de Santarém, descontentes com as politícas neo-liberais demolidoras do Estado Social, notícia que dizia, nem mais nem menos do que isto:
"Ciente de que as medidas anunciadas prenunciam forte contestação social, Correia de Campos advertiu que se houver um "destempero social muito grande" alguma indústria, como a do sector automóvel, que se instalou em Portugal, vai para outros países".
Este estilo, ele sim destemperado e chantagista, revela desde logo uma fraca capacidade de explicar a necessidade, a proporcionalidade e, em última análise, a bondade das políticas, rectius, das medidas avulsas de combate à "surpreendente" situação financeira do País.
Mas preocupante, preocupante, é a desorientação que se denuncia nestes périplos frenéticos pelas federações socialistas de ministros e ilustres dirigentes, marcados pelas gritaria do Dr. Jorge Coelho ou pelas ameaças de condenação do País ao mais obscuro dos infernos se o Povo (a começar pelo povo socialista) não compreender as boas e morais intenções deste governo-de- quase- salvação- nacional.
Mas é, em boa verdade, só uma questão de tempo. Deixemos passar as eleições autárquicas que as inquietas bases logo descansarão por largo tempo da companhia militante dos seus mais altos dirigentes. Até lá são necessárias, pois são elas que fazem as campanhas eleitorais e nada melhor do que manter a chama acesa, ainda que pelo preço de uns tantos impropérios e alguns apupos. Passadas as eleições, tudo voltará ao normal e as explicações virão por comunicado oficial. Membro do governo não terá tempo nem pachorra para ouvir mais desaforo de quem não compreende o mundo, a europa, o país, e ainda para mais não sendo da oposição!
Eis que leio uma notícia de última hora, a propósito dos calmantes que o ministro da Saúde tenta ministrar (como é proprio de ministro...) às hostes socialistas de Santarém, descontentes com as politícas neo-liberais demolidoras do Estado Social, notícia que dizia, nem mais nem menos do que isto:
"Ciente de que as medidas anunciadas prenunciam forte contestação social, Correia de Campos advertiu que se houver um "destempero social muito grande" alguma indústria, como a do sector automóvel, que se instalou em Portugal, vai para outros países".
Este estilo, ele sim destemperado e chantagista, revela desde logo uma fraca capacidade de explicar a necessidade, a proporcionalidade e, em última análise, a bondade das políticas, rectius, das medidas avulsas de combate à "surpreendente" situação financeira do País.
Mas preocupante, preocupante, é a desorientação que se denuncia nestes périplos frenéticos pelas federações socialistas de ministros e ilustres dirigentes, marcados pelas gritaria do Dr. Jorge Coelho ou pelas ameaças de condenação do País ao mais obscuro dos infernos se o Povo (a começar pelo povo socialista) não compreender as boas e morais intenções deste governo-de- quase- salvação- nacional.
Mas é, em boa verdade, só uma questão de tempo. Deixemos passar as eleições autárquicas que as inquietas bases logo descansarão por largo tempo da companhia militante dos seus mais altos dirigentes. Até lá são necessárias, pois são elas que fazem as campanhas eleitorais e nada melhor do que manter a chama acesa, ainda que pelo preço de uns tantos impropérios e alguns apupos. Passadas as eleições, tudo voltará ao normal e as explicações virão por comunicado oficial. Membro do governo não terá tempo nem pachorra para ouvir mais desaforo de quem não compreende o mundo, a europa, o país, e ainda para mais não sendo da oposição!
1 comentário:
O comportamento de muitos governantes começa a revelar ansiedade, desorientação e um nervosismo crescente. Clinicamente não augura nada de bom. Continuam a debitar decisões e intenções. O pior será a sua aplicação prática. Nessa altura vão ver como as coisas são duras! Pelas explicações que alguns vão dando,num governar à bolina, de algumas críticas a que foram sujeitos ultimamente, não tarda muito que começam a sofrer de burn-out...
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