Nos últimos anos, o início da época balnear na Costa do Sol tem vindo a ser marcado por acontecimentos de violência em grupo, cujos protagonistas tendem a ser sempre os mesmos: autênticos bandos informais de jovens negros, residentes em bairros degradados da periferia de Lisboa. Começou na Praia do Tamariz há poucos anos, passou pelos comboios da Linha do Estoril, foi a vez de Carcavelos concretizar o que há muito já se temia.
Poderão os sociólogos de serviço lançarem sobre a opinião pública as teses da exclusão social e da pobreza, vitimizando quem é agressor; poderão as autoridades queixar-se da falta de policiamento, mas há algo que não pode ser calado: não pode haver compreensão nem tolerância para este tipo de actos de incivilidade. Se a pobreza, a exclusão social ou a falta de forças de segurança fossem razões atendíveis, Portugal era um imenso arrastão o que felizmente não acontece.
Mas há um outro facto que convém recordar: ao fim de 12 anos após o lançamento do Programa Especial de Realojamento (PER), há concelhos da Área Metropolitana de Lisboa que estão longe de concluir e de concretizar as suas promessas e compromissos. A Amadora é um deles, talvez o pior. Por isso não temos que nos chocar com Covas da Moura, Azinhagas e “arrastões” em Carcavelos ou na Costa da Caparica.
1 comentário:
Infelizmente alguns responsáveis políticos só vêem o que querem ver. Não é nada consigo. Mas eu conheço assistentes sociais e psicólogos que acompanham jovens e famílias em bairros degradados que há muito tempo que me vêm dizendo que a situação social está a piorar a olhos vistos.
Que fazem os (i)responsáveis políticos? Seguindo uma falsa conduta 'não-xenófoba' não ligam apontam a explicação para os problemas sociais.
Mas entre outras causas, há uma que não é analisada como devia.
Quantos destes jovens que fizeram e fazem arrastões são de nacionalidade portuguesa? E quantos são de nacionalidade angolana?
Sabe que nos últimos anos tem havido um aumento enorme de jovens angolanos em Portugal e que este grupo é particularmente violento?
Se os políticos fossem aos chamados "bairros" problemáticos fora da época de campanha, poderiam recolher informação (eu sei que é utopia) sobre o que pensam os habitantes sobre o comportamento extremamente violento dos jovens angolanos em particular.
Não é que isto explique tudo, mas parece que a preocupação em não ser xenófobo esconde as verdadeiras causas do problema.
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