Hoje celebrou-se o Dia Mundial da Criança, com múltiplas e variadas iniciativas por esse mundo fora. É importante todos os dias reflectirmos sobre a vida das crianças, em particular daquelas que – infelizmente são a maioria – não podem ser crianças.
E não precisamos de ir longe, porque no nosso País, paredes-meias com as nossas casas, há muitas crianças que sofrem, muitas delas sem saberem, pela ausência de carinhos e de acesso aos mais elementares apoios. Mas também acontece muitas vezes que os seus familiares – pais – também sofrem por não poderem proporcionar aos seus filhos os níveis de bem-estar essenciais a um desenvolvimento completo e feliz.
Falar do trabalho infantil, dos maus tratos físicos, dos traumas emocionais, da institucionalização, da fome, do medo, da escravatura, é hoje uma grande realidade que nos entra pelas casas dentro, a toda a hora e instante. Ficamos chocados e angustiados, sentimos pena e impotência para resolver o flagelo destas crianças. Mas tomamos consciência do que se passa e queremos o melhor para as crianças que amamos, a quem queremos dar muito e sentir em conjunto a felicidade da vida. Estas crianças tiveram sorte!
Quando penso nas crianças penso na sua pura ingenuidade, na sua tremenda dependência e vulnerabilidade. São aspectos belos do ser criança, que nos comovem e nos fazem proteger esses seres tão frágeis e extraordinários que são as crianças.
6 comentários:
Dedicatória do livro "O Principezinho" de Saint-Exupéry
A LÉON WERTH
Peço perdão às crianças por dedicar este livro a uma pessoa grande. Tenho uma desculpa séria: essa pessoa grande é o melhor amigo que possuo no mundo. Tenho uma outra desculpa: essa pessoa grande é capaz de compreender todas as coisas, até mesmo os livros de criança. Tenho ainda uma terceira: essa pessoa grande mora na França, e ela tem fome e frio. Ela precisa de consolo. Se todas essas desculpas não bastam, eu dedico então esse livro à criança que essa pessoa grande já foi. Todas as pessoas grandes foram um dia crianças. (Mas poucas se lembram disso.) Corrijo, portanto, a dedicatória:
A LÉON WERTH
QUANDO ELE ERA PEQUENINO
HOJE FOI O SAICÓ, AMANHÃ PODE SER O SEU FILHO...
No dia 27 de Maio de 2007, pouco antes das 13h00, o meu pai passeava o seu cachorinho (um pequinês ou "pequinois") em Alcochete. O meu pai tem 85 anos, problemas cardíacos, hipertensão, uma prótese na anca e anda com o apoio de uma bengala. Faz dois ou três passeios diários com o seu cãozinho - o "Saicó" - seguindo sempre os mesmos trajectos.
Nesse dia, quando estava já perto do Hotel Alfoz, apareceu um pitbull, vindo de trás, abocanhou o "Saicó", sacudiu-o três ou quatro vezes e desatou a correr com o cão na boca, "mais parecia que levava um coelho", na expressão do meu pai. O impacto foi de tal forma violento que a trela do cão se partiu. O "dono" do pitbull chegou segundos depois, a correr e perseguiu o cão. Com a ajuda de outras pessoas, conseguiram recuperar o que sobrou do "Saicó", um animal que nos faz companhia - sobretudo ao meu pai! - há quase dez anos.
Se o ataque tem acontecido UM MINUTO MAIS TARDE, EU ASSISTIA, DA JANELA DE MINHA CASA, AO ESPECTÁCULO DO MEU FILHO E DO MEU PAI SEREM MORTOS POR UM PITBUL...
Estou a recolher assinaturas para fazer uma petição ao Parlamento, propondo que os deputados avancem com uma legislação igual à da Inglaterra que, em 1991, promulgou legislação proibindo a posse de Pitbull Terriers, Tosa, Dogues Argentinos e Fila Brasileiros, a não ser com uma licença especial passada por um magistrado.
Se estiver disposto a apoiar esta campanha e a subscrever a petição, vá a esta página, por favor:
“Tolerância Zero para Cães Assassinos”
URL: http://caesassassinos.blogspot.com/
Melhores cumprimentos,
Paulo Reis
Jornalista (Cart.Prof: nº 734)
Email: pjcv.reis@gmail.com
Gazeta Digital - Notícias e Opinião em Português, Inglês e Chinês
URL: http://gazetadigital.blogspot.com/
Blogue pessoal: "Tolerância Zero para Cães Assassinos"
http://caesassassinos.blogspot.com/
Na era de D. João I e posteriormente o Padre António Vieira, deu-se início a uma "corrente" ideológico-política-religiosa, com o ideal de criar os alicerces daquele que iria ser o Império do Espírito Santo. Foi um "movimento" não estruturado, nem premeditado, mas sim, algo que brotou da vontade comum, tão naturalmente quanto necessário. Algo que obedecendo a uma força superior, se manifestava na vontade comum. Achava o Padre António Vierira que era algo que Portugal deveria cumprir. Principiavam nessa época os descobrimentos, como se sabe sob uma aurea mística. Então o Padre António Vieira, na sua "luta" por estabelecer no mundo o império de Cristo "o V Império", defendia o princípio revolucionário de que o mundo no futuro deveria ser governado pelas crianças. Já no tempo da Rainha Santa Isabel, mulher do Rei D. Diniz, a rainha que deu início em Portugal do culto ao Espírito Santo, que no fim de semana passado foi renovado em Alenquer assinalado com uma procissão, conforme já tinha deixado de acontecer ha bastantes anos. Já no tempo de Snta Isabel essa ideia era tomada a sério. à partida e numa observação ligeira, parece-nos díficil uma criança conseguir governar seja o que for. Porem, são as crianças que colocam as perguntas mais pretinentes e mais difíceis para um adulto encontrar resposta. Quantas vezes fmos já surpreendidos por uma questão colocada por uma criança, paraa qual tivemos de procurar uma resposta apressada, mas que depois nos deixou a pensar... mas, como é que nunca tinha pensado nisto?
Todos tivemos já oportunidade de observar e perceber a simplicidade e singeleza das questões colocadas pelas crianças, em contraponto às questões dos adultos, que invariávelmente são revestidas de subtileza matreira, tntando por vezes manipular a decisão de quem se pretende iludir. Chamamos a isso, vulgarmente esperteza e quando esse jogo é denunciado, chamasmo-lhe esperteza saloia. Quando uma quetão, um pedido, uma sugestão são colocados por uma criança, os vectores divergem opostamente daqueles que os adultos utilizam. Proponho-lhe agora um exercício cara Margarida... imagine as bancadas da Assembleia da República, ocupada por crianças-deputadas, imagine-as a sugerir leis e aprová-las. Eu sei que estou a pedir um exercício difícil... ou não, se conseguirmos esquecer por momentos todos os jogos políticos, os partidarismos e as dependÊncias de partidos, os protagonismos e as rivalidades, políticas e pessoais.
Imaginemo-nos crianças de novo e imaginemo-nos a decidir. é um bom desfio, não acha?
Suzana
Bonita sensibilidade a sua, de "principezinha"!
O Principezinho é simultaneamente uma história para pequenos e para grandes, para crianças e para adultos.
É interessante ver como os adultos sabem contar belas histórias às crianças, transportando-se para o seu mundo mágico e perfeito com os ensinamentos do mundo que os fez crescer. É a sua parte de criança, tantas vezes escondida bem lá no fundo, que revela que as coisas mais importantes são afinal aquelas que só com o coração se podem ver.
Caro Paulo Reis
A história do seu Pai e do seu "Saicó" é arrepiante, como são todas aquelas que envolvem pessoas que são pura e simplesmente atacadas, em muitos casos até à morte por cães perigosíssimos.
Aliás, têm vindo a público, mais recentemente, algumas dessas histórias, que calculo aconteçam com alguma frequência, pois estou em crer que os ataques desses cães não sejam uma questão de moda.
Concordo que já é tempo de fazer alguma coisa para impedir que estes animais andem por aí à solta a atacar.
Caro Bartolomeu
Concordo que parece "difícil que uma criança consiga governar seja o que for".
As crianças não conseguem governar mas podem ajudar os adultos a governar melhor. Aquelas perguntas pertinentes e óbvias que as crianças fazem que nos embaraçam, prendem-se também com o facto de numa visão redonda do seu mundo acharem – e tantas vezes com razão – que os adultos dão respostas muito elaboradas. Para quê um mundo "organizado" com tanta complicação, com tantas dificuldades, com tanta desconfiança e com tantos talvez sim é melhor não?
Enquanto as crianças são espertas, muito curiosas e oportunas, características que estão ligadas ao processo de crescimento, os adultos é com facilidade que entram no jogo da "esperteza saloia".
Só temos a ganhar em aprender mais com as crianças. São coisas fáceis de dizer - bem sei - para muitos apelidadas de gratuitas. Mas não são! Uma leitura do livro "O Principezinho" é sempre uma ajudinha...
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