http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/socrates-governo-impostos-economia-defice-portugal/1162454-1730.html
Há muitos anos, no tempo em que havia inflações muito elevadas, um ministro foi confrontado com o custo de vida dos portugueses: "Senhor Ministro, o que pensa do facto dos portugueses estarem a sentir na carne este agravamento do custo de vida?" E o Minsitro respondeu, sem interromper o seu caminho "Sim, sim, sentem na carne, no pão, no leite..." Dessa vez a coca cola não veio à baila.
7 comentários:
Céus! Como é possível?!
Acabei de apagar um post que aqui deixei porque achei um exagero o desabafo que o mesmo constituía.
Desabafo, pois, para dentro onde não corro o risco de chocar ninguém com o vernáculo beirão.
Mas que está tudo louco, ai isso está!
O PM desculpa-se com a coca-cola. E o lider do maior partido da oposição desculpa-se por o governo se desculpar com a coca-cola...
*** **** * *******!!!
Como o compreendo!
Uma situação a que o País chegou porque havia agendas eleitorais e não se podiam tomar medidas que desagradassem aos votantes . O engano a que submeteram os portugueses vai sair mto. caro a todos. Todavia deviam começar por diminuir secretarias de estado, direcções gerais, equipamento automóvel , despesas supérfluas dos gabinetes, inaugurações que são apenas pretextos de mostrar que o governo , governa bem e na maior parte das vezes inauguram coisas para as quais nem deram qq. contributo. Este Governo tem que se lembrar que já chega de vale de enganos e que os Portugueses estão saturados de tanta mentira.
estamos mesmo a caminho do desgoverno...
Cara Maria Clara:
De facto, havia agendas eleitorais. Mas a causa é a ideologia, as agendas vêm depois. Ideologicamente, os socialistas continuam a ver no estado o remédio para todos os males e até o remédio para a economia. Os resultados estão bem à vista.
Nada que não tivesse sido abundantemente previsto aqui no 4R desde há cinco anos, quando o Blog nasceu.
Deram ideologia e a ideologia em causa dá o que tem: aumento de impostos, desemprego, sacrifícios para os cidadãos.
Mas foram os portuguese que os elegeram. Também são culpados.
Passos Coelho e Sócrates chegaram a um acordo de princípio sobre um aumento de impostos. Não se trata de um acordo que vise uma estratégia económica de desenvolvimento do País, mas apenas, de modo cego, encontrar receita para acudir ao acumular do défice público fruto do desperdício e gastos parasitários do estado. Acontece que o combate a este desperdício e gastos parasitários do Estado não foram “acordados” pelo “Bloco Central” agora formalmente criado. Para além das palavras não se avista um efectivo combate à despesa corrente (d.c.) do estado.
De 1.995 a 2.005 esta d.c. aumentou cerca de 35%, correspondente a um aumento de 10% do PIB. Neste período, as despesas com a administração do estado engordaram em 35%!!! Como a esse brutal consumo não correspondeu quaisquer melhorias dos serviços prestados pelo estado, na Saúde, Educação, Justiça, Segurança, só poderemos concluir que tais gastos foram absolutamente desnecessários. É um fardo que os portugueses carregam sobre os seus ombros, um “monstro” que impede o desenvolvimento económico do país, gastos, portanto, absolutamente parasitários.
Mas afinal para onde vai todo este dinheiro? A criação de múltiplos e parasitários órgãos do Estado, sem sentido e num total e astronómico desperdício de verbas, com o único objectivo de proporcionar lugares bem remunerados para as clientelas partidárias por um lado e proporcionar as estas elites dirigentes os mais variados negócios particulares aproveitando-se das suas posições na administração do estado por outro, são responsáveis por todo este esbanjamento de dinheiros públicos. Sem esta pesada carga, que se amplia ano após ano, teríamos o défice público reduzido a zero e uma economia saudável e em crescimento. A oligarquia partidária que nos tem governado, o “sistema” corrupto institucional que sabiamente ergueram ao longo dos anos, são os únicos responsáveis pelo estado miserável das nossas contas públicas, pelo agravamento das condições de vida dos portugueses e pelo aumento das desigualdades sociais.
O “Bloco Central”, vendo ameaçados os múltiplos privilégios que vem desfrutando ao longos dos anos, soube agora colocar-se de acordo quanto ao aumento de impostos que vão impor aos portugueses, não para “salvar” o país da crise, como com dramatismo anunciam, mas para salvaguardarem o “sistema”, o mundo dos benefícios de que sempre gozaram. Porque o país não se salva com aumento de impostos, que atrofia o crescimento económico, mas com a redução da despesa pública parasitária de que eles próprios são os únicos beneficiários. Uma redução do défice à custa do aumento de impostos, à custa do crescimento económico só agravará as condições económicas do país. Não se espere portanto que o “Bloco Central” seja capaz de extinguir ou pelo menos reduzir os múltiplos órgãos de estado parasitários (institutos, agências, autoridades, comissões…), reduzir o número de deputados e os seus subsídios, extinguir os governos civis, extinguir as empresas municipais, extinguir os cargos de representante do estado nas regiões dos Açores e Madeira, extinguir todas as mordomias de que gozam os gestores dos órgãos do estado e políticos…, enfim, uma verdadeira Reforma Administrativa do Estado, única via de equilibrar as contas nacionais e relançar o desenvolvimento económico e social do país.
Portugal encontra-se assim numa situação desesperada. Vem sendo governado por uma oligarquia partidária que defende interesses completamente antagónicos aos interesses nacionais. Uma oligarquia parasitária que vive à custa dos sacrifícios que impõe aos portugueses.
Os portugueses terão que encontrar quanto antes uma nova alternativa política fora do quadro partidário vigente, uma vez que a nossa classe política é contrária à implantação de medidas e de uma efectiva Reforma Administrativa capaz de inverter o sentido das políticas que nos têm desgovernado. Os portugueses poderão estar certos que não há futuro com o Bloco Central e que os sacrifícios que agora lhe são exigidos se tornarão perfeitamente inúteis.
Desta vez o sócrates tem muito mais legitimidade, arranjou um boy-friend!
Enviar um comentário