Uma pequena notícia revela que o Cardeal-patriarca de Lisboa lamentou, ontem à Renascença, que o Presidente da República não tenha vetado a lei do casamento gay, considerando que Cavaco Silva, “como católico, precisava de marcar uma posição também pessoa”. Se o fizesse, “ganhava as eleições”, disse. “Ganhava as eleições”? Quer dizer o quê? Que o Cardeal-patriarca e a sua igreja já não vão votar nele? As orientações de voto vão para quem? Afinal religião e política continuam de braço dado, à boa maneira do antigamente.
Pois é! Pudor religioso no seu melhor…
7 comentários:
A entropia alastrou até aos bastiões da serenidade, da reflexão e da moderação.
Algo que se sente, mas se não consegue palpar, grassa errante por entre os seres, roubando-lhes o dom mais valioso, que permite a todos os homens, serem.
O reconhecimento de si mesmo.
Eu sou, tu és, ele é...
Como se o presidente da república não tivesse já abusado da "sua opinião pessoal" em assuntos de direitos fundamentais
De facto não posso deixar de dizer que andou pior o Senhor Cardeal do que o Prof. Cavaco.
Pretender nivelar o aborto com o casamento homosexual, que é uma aberração,não é próprio do Senhor Cardeal.
Querer a Igreja que o Professor Cavaco fizesse o trabalho que a Igreja não fez, digo-o com tristeza,não é sabedoria.
1. Orientação de voto. Há quem que se queixa de o Patriarca não ter apoiado explicitamente o PSD da Manuela Ferreira Leite quando lutou contra o ´casamento´ homo...
2. A Igreja deveria ser a única a não emitir juízos na arena política? A separação do temporal e do espiritual, significa deixar o Mal à vontade?
3. Os catofobicos em Portugal não digeriram bem o sucesso do Papa Bento XVI... É difícil não ver um milhão de fieis...
aApropósito deste último post: O que mais me assusta é pensar-se que nós católicos possamos pensar que as multidões que encheram o País por onde passou Bento XVI, passaram uma procuração ao Senhor Cardeal.É demasiada a afirmação do Senhor Cardeal de que o Prof. Cavaco vai perder as eleições por não ter vetado a lei. Será pecado votar nele?
“É difícil não ver um milhão de fiéis?”. Não! Não é nada difícil, é muito fácil e até podiam ser dois, três ou quatro milhões. Difícil é não ver dois milhões de pobres, não ver mais de meio milhão de desempregados, não ver um proselitismo crescente, não ver muitas coisas hoje em dia em Portugal, como “Deus” a meter-se com “César”!
Se a discussão está nos milhões, nós os seis milhões queremos que o Jesus(o nosso) seja decretado como o messias eem vez do judeu de Nazaré.
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