1.As notícias dos últimos dias dão-nos conta de uma rápida deterioração da situação financeira da Grécia bem como de uma evidente dificuldade da União Europeia em encontrar uma solução para esse problema.
2.O governo grego não foi capaz de apresentar no Parlamento, no prazo a que se tinha comprometido, um pacote de reformas económicas – com destaque para um ambicioso programa de privatizações de empresas e de venda de outros activos - e de medidas de austeridade adicionais a que se tinha comprometido com a U.E. e com o FMI no âmbito do plano de resgate celebrado em Maio do ano passado.
3.Essa incapacidade, a persistir (e não há nenhuma certeza quanto a este ponto) levará ao adiamento dos esperados desembolsos do empréstimo de € 110 mil milhões, concedido por aquelas entidades.
4.No caso das medidas de austeridade, o que está pendente é um 5º programa (PEC-V numa versão aportuguesada), após os 4 anteriores não terem atingido os objectivos pretendidos e de, concretamente, o défice de 2010 ter ficado acima do prometido.
5.Para complicar este cenário, existe uma clara divergência entre a direcção política da U.E. (personificada no ECOFIN e no EUROGRUPO) e o BCE no que se refere à necessidade de reestruturar a dívida grega.
6.Membros destacados do ECOFIN e do EUROGRUPO reconheceram já a quase inevitabilidade de reestruturação da dívida da Grécia – embora apontando para uma reestruturação “soft”, que apelidam de “reprofiling” ou seja apontando para uma reformulação dos prazos da dívida, sem aplicação do famoso e temível “haircut”.
7.O BCE, adepto de uma política de "avestruz", opõe-se ferozamente a essa possibilidade, “ameaçando”, caso isso aconteça, que a dívida da Grécia deixará de ser aceite como colateral nas facilidades de financiamento que mantém para os bancos gregos – ameaça que, a ser concretizada, arrastaria quase inevitavelmente a insolvência dos principais bancos helénicos e, consequentemente, uma situação generalizada de bancarrota no País.
8.Face a estas incertezas, os mercados penalizam naturalmente a dívida da Grécia: as taxas de juro (yields) no mercado secundário, para os prazos de 2 e 3 anos ultrapassam 25%, a taxa da dívida a 10 anos está próxima de 17%...na prática, a Grécia está impossibilitada de se financiar no mercado a não ser em prazos muito curtos, quase à vista...
9.Segundo notícias divulgadas na edição de hoje do F. Times, a situação de tesouraria do governo grego é desesperada, ao ponto de, por exemplo, só ter conseguido pagar 1% do valor da facturação emitida desde o início do ano pela indústria farmacêutica ao SNS helénico, encontrando-se ainda por pagar uma parcela elevada (mais de 50%) da facturação emitida no ano passado...lá como cá, neste particular?
10.Em declarações feitas este fim-de-semana, o 1º Ministro grego afirmava que se a U.E. e o FMI não libertarem rapidamente a próxima tranche do empréstimo, a Grécia entra em colapso financeiro...deixando de ter condições para honrar as suas dívidas financeiras perante o mercado...
11.Quais serão os próximos episódios deste pesadelo? A implosão?
19 comentários:
Os próximos episódios, assim numa análise muito "pela rama", terão muito provávelmente o seguimento que é o resultado de uma política de usura, praticada pelos grandes bancos europeus, com o apoio e conivência dos governos mais poderosos da (des)união europeia.
Entra pelos olhos dentro de qualquer um, que os países da UE a quem foram impostas taxas de importação sem possibilidade de ser compensadas positivamente com taxas de exportação, episódio após episódio, só têm um remédio que é o de depender cada vez mais do crédito, transformando-se este a curto prazo, em esmola.
No mesmo caminho da Grécia, encontra-se Portugal a quem a UE ofereceu subsídios para desenvolver os sectores da agricultura, das pescas e da indústria, impondo ao mesmo tempo taxas exorbitantes de importação dos mesmos produtos.
Ou seja; damos ao sapateiro dinheiro para investir no negócio mas em simultâneo obrigamo-lo a comprar sapatos a um terceiro. Deste modo, a menos que o sapateiro descubra uma mina de ouro no quintal, mais dia, menos dia está com a corda à volta do pescoço, ou então... passa o "bébé" para o colo do fulano que emprestou o dinheiro. Esta solução, será certamente aquela pela qual optará o 1º ministro grego, a menos que a UE continue a abrir a torneira e os gregos a prometer que irão apresentar outro pacote de reformas económicas e até que entreguem aos capitalistas europeus as empresas que o estado detem.
Também não compreendo a vantagem que alguem poderá obter, por deter a posse de empresas que irão inevitávelmente, deixar de dar lucros a curto prazo... mas pronto, eles estão convencidos que sim...
Shhhhhhh... olhe que eles estão a fazer o trabalho do Senhor!
http://www.zerohedge.com/article/jean-claude-juncker-europe-doing-gods-work-lying-about-greek-insolvency-and-keeping-eurusd-l
(não coloquei o link pro original do Spiegel, por ser em alemão, mas no link acima tem link para o original)
Caro Tavares Moreira, permita-me pedir-lhe que clarifique o seu ponto 11. Implosão da Grécia? Ou da moeda única, por fim?
Quando esta manhã minha mulher me lia o título 'implosão da Grécia' no I, disse-lhe de imediiato: qual é a novidade?
Como quem diz, já sabia há muito, estava escrito nas estrelas (e nós não devemos andar longe).
Reage como habitual e pouco bem disposta, contra o meu 'pessimismo' militante.
Ou alguém de bom senso, pensou um dia que o tipo de vida desta gente, podia manter-se eternamente?
Agora com os gregos, não é muito difícil prever quem serão os próximos.
Caro Dr Tavares Moreira: registei há dias, almoçando com um amigo de confiança, dos bons, meu subalterno em Moçambique, as suas boas recordações e simpatia para com o senhor no BdP (quadro da chefia do serviço de segurança - Eusébio)
Respondendo a pergunta minha, confirmando assim impressões deste observador externo.
Caro Bartolomeu,
Como bem sabe, nutro pelo senhor uma especial consideração e simpatia, sempre o considerei e conmsidero uma pessoa dotada de uma enorme honestidade intelectual.
Mas este seu comentário, perdoar-me-á, parece inspirado nas teorias do famoso Bloco, de inspiração trotskista ou similar...
Então o meu amigo também partilha da teoria da conspiração do grande capital estrangeiro contra este bom povo, tão disciplinado e nada dado a exageros consumistas, muito menos a endividamentos excessivos?
E também subscreve a queixa-crime de um punhado de valorosos economistas contra as agências de rating por manipulação de mercado?
Não o fazia encostado a teses tão ousadas...
Mas enfim, eles tanto apregoam que acabam por se fazer ouvir, mesmo junto daqueles que perfilham ideias habitualmete não impreganadas desses estilos!
;)))
Compreendi o alcance do seu comentário, caro Dr. T. Moreira, e sei que não o preocupa saber se nutro algum tipo de simpatia pelos troikos Marx, Lenine e Trótski. Tambem sei que não colocou o meu comentário nesse campo.
O que eu não sei, é se o meu caro Amigo e no caso específico da Grécia e do seu caminho futuro - em termos de economia e de sociedade- reserva um pequeno espaço nas suas reflexões e considerações, onde caiba uma revolução em que a esquerda radical, volte a ter preponderância, que, no contexto global europeu, possa ser, como foi no Egipto um rastilho de revolta contra os governos e o poder económico...
Caro Dr. Tavares Moreira,
"1.As notícias dos últimos dias..."
- Nada que os catastrofistas não tivessem previsto há longos meses. Sinceramente, acho que só com muita "fé" se pode continuar a acreditar nas soluções correntes.
"2.O governo grego não foi capaz..."
- As pessoas começam realmente a aperceber-se que o país vai ser retalhado e entregue ao desbarato. Privatizar portos como Salónica, por exemplo. As ilhas virão depois? Se a isto acrescentarmos a perspectiva de mais austeridade, é compreensível que seja cada vez mais difícil fazer "engolir" estas medidas.
"3.Essa incapacidade..." "4.No caso das medidas de austeridade..."
- As contas hão-de ser progressivamente piores. Não é razoável esperar que um país consiga tornar-se competitivo, quando se está a submeter a medidas de choque fundamentalmente para que o "fruto" desses sacrifícios não tenha como destino o próprio país. Note que eu não estou a fazer nenhum juízo de valores, se é "justo" ou "injusto", "honrado" ou não. Estou simplesmente a tentar perceber a realidade, visto pelos olhos de um Grego (e de um Português, daqui a nada, por este andar...)
5.Para complicar este cenário..." "6.Membros destacados do ECOFIN ..." "7.O BCE, adepto de uma política de "avestruz"..."
- O BCE tem muito a perder com o haircut. Acima de tudo, perda de ter "mão" nas várias economias que "orienta". Basta um precedente. Por isso é natural que queira insistir na solução presente. Os resultados de não insistir seriam muito maus. Mas a actual "cura" também é péssima! E agora? Continua-se a chutar prá frente? E quando não der pra chutar mais? O resultado não vai ser terrivelmente pior?
"8.Face a estas incertezas, os mercados..."
- Começa a parecer que, mal por mal, os Gregos até nem tem muito a perder. Entre os juros proibitivos e o papão de perderem acesso aos mercados, venha o Diabo e escolha...
"9.Segundo notícias divulgadas..."
- Lá chegaremos ... estamos na fila, e bem próximo da nossa vez. Isto, claro, se entretanto o mundo não mudar.
"10.Em declarações feitas este fim-de-semana..."
- Pois ... e lá vem o tal "haircut" ... Não pode! Não pode!
"11.Quais serão os próximos episódios deste pesadelo? A implosão?"
- Sejam quais forem, não vão ter de certeza um final feliz. Resta esperar para perceber o tamanho da(s) catástrofe(s).
(peço desculpa pela extensão do comentário) :)
A crise grega não pode ser circunscrita. Esta é a beleza e o horror da moeda única: sem mecanismos de absorção de choques, como a dívida comum, as tragédias dos fracos transformam-se nas calamidades dos poderosos.
Caro AF,
Apreciei bastante o seu comentário, nada extenso devbo dizer-lhe, embora com algumas reservas sobredeterminados pontos.
tenho para mim que a solução vai passar mesmo por uma reestruturação da dívida grega, provavelmente em 2 fases (porque uma só não é suficente como ainda há dias referi citando Martin Wolf), primeiro uma "soft", alguns anos depois uma "hard".
E o BCE terá de engolir sapos, continuando a aceitar a dívida grega como colateral para as suas operações de política monetária...
A este respeito devo lembrar que ainda hoje circularam notícias referindo que o BCE já teria aceite como colateral créditos de qualidade amis duvidosa do que dívida pública grega reestruturada...
Quanto ao nosso caso, é para mim um dado que caso o incumbente ganhasse as próximas eleições - hipótese que como sabe afasto nas previsões que apresentei a 6 de Maio e mantenho - a reestruturação da dívida portuguesa seria apenas uma questão de tempo, provavelmente não muito.
Não ganhando, como penso, fica o tema em aberto, sendo certo que os riscos são altíssimos dado o estado de enorme degradação a que já chegamos e a nenhuma confiança que me merecem as contas públicas que têm vindo a ser divulgadas...
Caro Zuricher,
Implosão da Grécia primeiro, claro está, o resto depois se verá...
Caro BMonteiro,
Registo suas amáveis palavras, creio que me recordo ainda da Pessoa que refere e a recordação também me é grata...
Sabe, esse foi um tempo em que se tarbalhava no duro com a preocupação exclusiva do dever cumprido, procurando colocar os interesses do áís acima de quaisquer outros...
E também se tinha alguma noção doe estavamos a fazer não eramos propriamente ignorantes compulsivos e militantes da asneira, modalidades hoje tão em voga...
caro Bartolomeu,
A esquerda radical que conheço só me parece capaz de fazer pior, muito pior do que tem sido feito a nível de decisões económicas...
A cega confiança no Estado que fervorosamente sustenta e numa economia dirigida levar-nos-ia a uma ruína inimaginável e à prática de injustiças com a violência sistemática como instrumento de regulação...
Por aí não, meu Amigo, por aí é manifestamente sentido proibido...
Caro Dr. Tavares Moreira,
Felizmente para todos nós não existe uma solução que não seja a de mais cedo ou mais tarde ter de acontecer o há muito anunciado equilíbrio automático... proporcionado pela moeda única.
Mas, falando sério, neste deve e haver que conjunturalmente tem destas fases em que tudo parece ir estoirar, em boa verdade, pensando nos efeitos catastróficos que seguiriam a uma bancarrota generalizada, porque sistémica, parece-me que tal situação não irá acontecer.
Mas perda (redução) generalisada de soberanias, reacções sociais como as que está neste momento em movimento em Espanha com o M15 e em Lisboa nos Restauradores, tenderão a tornar a vida de quem governa num verdadeiro inferno.
Teremos certamente uma inflação apreciável e uma perda muito substancial do nível de vida e empobrecimento generalizado.
A inflação é necessária para que o produto cresça e o consumo se reduza ainda mais que o corte nos rendimentos, via impostos e taxas e redução de salários, já induz.
Sendo assim, vamos ter bastante tempo de vacas muito magras.
Mas, mesmo magras, não vão morrer, pois isso seria um suicídio colectivo, no qual não acredito.
E os modelos financeiros, económicos e sociais da UE e EUA vão mudar em consonância com as agora indecifráveis movimentações, seja das referidas forças sociais, seja dos mercados, seja da correlação de forças geoestratégicas com sinais muito fortes de mudança.
Não é sustentável a médio prazo (2 anos?) a continuação deste satatus quo. Penso eu de que... teremos de ter um novo Bretton Woods Agreement.
Caro JsJ,
No geral, subscrevo os seus comentários.
Quanto a um novo Bretton Woods agreement...penso que não vamos ter um III conflito mundial que o justifique...
O que é bem possível, mais tarde ou mais cedo, é uma reformulação das estruturas criadas em Bretton Woods para reflectir o novo peso das economias emergentes...assim como o G7 cedeu o lugar ao G20.
Mas isto é bem mais um pensamento-desejo, confesso, do que uma previsão.
Essa, é uma visão clara e coerente, com a qual nunca poderia estar em desacordo, caro Dr. T. Moreira.Aliás, em Portugal e ainda não ha muito tempo tivemos uma situação exemplar desse desastre.
No entanto, ha sempre que ter consciência das reações sociais, quando as famílias deixam de ter as condições mínimas para alimentar os filhos e ao seu lado coexistem classes sociais a viver na riqueza.
A sustentabilidade reside no equilíbrio e esse, caro Dr. Não se obtem com políticas de exploração dos mais necessitados, tão pouco, com políticas de expropriação aos mais ricos.
Para que uma esquerda radical não tenha oportunidade de emergir e de consigo trazer a destruição e a submissão da sociedade, é preciso que as decisões dos governos, passem por ter sempre em mente a sociedade e o tratamento justo que merece.
Caro Bartolomeu,
A sua probidade intelectual acaba sempre por vir à tona...
Estou de acordo com os seus comentários, mas faço notar que em Portugal, nestes últimos anos (nos últimos 6 muito em especial) a noção de injustiça social se tornou muito sensível.
Com efeito, ao lado dos muitos que são atingidos pela pobreza e pelo flagelo do desemprego, tem florescido uma classe de novos ricos, escandalosamente favorecidos pela política, sem que lhes seja reconhecido mérito profissional ou outro que justifique as vantagens materiais absurdas de que beneficiaram...
Esse é para mim o grande equívoco da governação ainda vigente que ainda por cima, em supremo acto de cinismo se arroga a defesa do Estado Social...
Direi que a falta de vergonha desta gente não conhece limites...
Caro Dr. Tavares Moreira, asseguro-lhe com a máxima franqueza, que não tenho a consciência concreta da integridade de raciocínio que o caro Amigo me identifica. Contudo, honra-me a forma como me distingue.
Essa integridade que me atribui, existindo, relaciono-a à forma como os meus pais me educaram e aos valores que me incutiram, ensinando-me desde sempre, que não existem diferenças entre os seres humanos e que todos sem excepção, necessitam do amparo, da cooperação, do entendimento, da fraternidade dos seus semelhantes, para proseguir o seu percurso de vida. As políticas, de esquerda ou de direita, lembro-me de sempre ouvir o meu pai dizer, a par com os clubismos e as religiões, servem sobretudo, para afastar os Homens, ensinando-os a rivalizar entre si, ao contrário dos propósitos para que foram idealizados.
Assim, caro Dr. TM tenho consciência e procuro que, a forma como olho os problemas e as soluções para os mesmos, se enquadrem no plano social e nunca os vejo de um modo sectário, mas sim, no âmbito global.
O meu pai foi um operário fabril quase sem instrucção, mas com uma preocupação, a de nunca ser ignorante. Ele sempre me disse que a ignorÂncia torna os homens subservientes, não lhes permitindo ver com clareza aquilo que é melhor para si e para a sociedade.
O meu pai, foi um Homem que teve sempre presente, o sentido de justiça e de igualdade, nunca pertenceu, nem nunca o ouvi defender ou atacar a política de um partido, sempre o ouvi lamentar o facto de a sociedade não se entender, apesar de existirem todos as oportunidades para o conseguir. Penso que morreu com essa mágua. Sei de certeza que o maior gosto da sua vida e pelo qual pugnou, teria sido o de assistir a um progresso social, baseado na fraternidade universal.
Caro Bartolomeu,
Tenho o maior rspeito por pessoas como o seu Pai - podia também citar-lhe o caso do meu, um João Semana dedicado aos seus doentes como um apóstolo.
São pessoas de uma época em que os valores da honestidade e da probidade, moral e profissional, eram geralmente (havia excepções, certamente, mas eram excepções) cultivados e apreciados!
Esse tempo perdeu-se, para dar lugar a uma sociedade que, em nome de um progresso difuso e confuso, decidiu, democraticamente é certo, entregar-se a um mercantilismo e a um consumismo exacerbados, cujos excessos estamos a pagar e vamos ainda pagar com "língua de palmo"!
Os velhos valores da honestidade e da probidade intelectual, moral e profissional são hoje vistos como velharias, sendo não raro motivo de chacota até!
Mas estes tempos que vivemos tb hão-de mudar e é bem provável um retorno, que em algumas sociedades já acontece, aos velhos valores...
Caro Dr. Tavares Moreira,
Penso que já nasceu e está em movimento, uma nova consciência que se apoia na multiculturalidade e na universalidade.
Em meu entender, essa nova corrente, é o culminar da diáspora Lusitana e o campo em que o nosso país, a ancestral Terra do Espírito Santo e da Santa Cruz se cumprirá.
Estes movimentos darão, estou convicto, aos portugueses e ao mundo, a visão de que no futuro, para que a humanidade deverá efectivamente evoluir sem ter necessáriamente optar pelo caminho do retorno.
Para que estes desideratos possam tornar-se realidade, é forçoso que todas as fronteiras que dividem os povos, as culturas, as religiões... as economias, sejam eliminadas. E a sustentabilidade seja construída sobre os alicerces do entendimento e da concordia.
Caro Bartolomeu,
Retorno ao passado seria utopia, que sempre que posso não recomendo...
Retorno ou recurperação de valores esquecidos e que manifestamente nos fazem muita falta, certamente...
Não tenho por isso qq receio em utilizar a expressão "retorno" - e não se assuste, por favor!
De maneira nenhuma, caro Professor!
;)
Entendi perfeitamente que o sentido que atribuiu a "retorno" não tem relação directa com retrocesso.
;)
Muito bem, caro Bartolomeu, estamos sintonizados!
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