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quarta-feira, 8 de novembro de 2006

“Cérebros ameaçados”…

Nos últimos anos tem sido observado um aumento substancial de perturbações relacionadas com o neurodesenvolvimento, como o autismo, o atraso mental, a paralisia cerebral e perturbações da atenção, as quais provocam incapacidade para o resto da vida. Muitas das causas são desconhecidas.
O período de desenvolvimento fetal e os primeiros tempos de vida são particularmente vulneráveis à acção de muitas substâncias tóxicas.
Um estudo acabado de publicar revela que 202 substâncias químicas têm a capacidade de provocar lesões no cérebro humano. A poluição química, ocorrida nas últimas décadas, deverá ter provocado lesões cerebrais a milhões de crianças de todo o mundo.
Convém referir que apenas um pequeníssimo número de substâncias estão regulamentadas de forma a proteger a saúde das crianças, caso do chumbo e do mercúrio. As restantes, conhecidas pelos efeitos tóxicos nos cérebros humanos, não estão regulamentadas de modo a prevenir lesões nos fetos e bebés.
Os efeitos na inteligência são particularmente graves com perturbações a vários níveis, inclusive económicos. Os autores concluem que os químicos industriais são responsáveis por uma pandemia silenciosa que afecta o órgão nobre por excelência.
O cérebro de uma criança é o nosso mais precioso recurso, e, não podemos ignorar, tem apenas uma possibilidade de o desenvolver…

1 comentário:

Margarida Corrêa de Aguiar disse...

Caro Professor Massano Cardoso,

É assustador, sobretudo quando falamos de crianças.
Nós também já fomos crianças!
O que é que está a ser feito para prevenir a utilização dessas substâncias? Portugal está em "pé de igualdade" com os outros países?
Com estas notícias, desfazem-se as dúvidas que o mundo em que vivemos está cada vez mais complicado.
Costuma-se dizer que "não há bela sem senão". Será que somos capazes de ver "com olhos de ver" onde é que está o equilíbrio?