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domingo, 19 de novembro de 2006

A morte de Milton Friedman, Economista e Prémio Nobel

Torna-se obrigatória no 4R uma Nota de homenagem à memória de Milton Friedman, Economista, Professor de Economia e Prémio Nobel em 1976, falecido há três dias. Curiosamente, foi através de um comentário de Nuno Nasoni a um texto no 4R sobre a morte de Jean-Jacques Serban-Schreiber que soube da notícia.
Não sendo “persona grata” no ensino da Economia, nos meus tempos de estudante, em que o Keynes dominava, foi sem dúvida o economista que mais influenciou a minha maneira de pensar as questões económicas, o papel do mercado e as funções do Estado, a relação entre a liberdade económica e a liberdade política.
Para além do livro Capitalismo e Liberdade, onde sustenta que liberdade política surgiu com o livre mercado e o desenvolvimento das instituições capitalistas, permito-me destacar Free to Choose, editado em Portugal com o título Liberdade para Escolher, obra fundamental e muito acessível e em que o primeiro capítulo, intitulado O Poder do Mercado, dá imediatamente o tom do seu conteúdo.O livro deu origem a uma notável série de televisão com o mesmo nome ironicamente produzida pela PBS, uma união dos “public broadcasting service” americanos, que viu interesse público na difusão da obra.
Esta série passou na RTP aí por volta de 1981, com enormes protestos por parte de muita gente "bem-pensante" que ainda agora está, e já nessa altura estava, devidamente instalada nos media, fortemente defensora do intervencionismo do Estado e das virtudes da despesa pública, com os resultados que estão bem à vista. Tenho orgulho em ter sido um dos que directamente favoreceram a exibição da mesma na RTP, e tenho pena que nunca mais tivesse sido reposta, pois continua bem actual.
Milton Friedman foi sem dúvida o economista que mais marcou e influenciou as políticas económicas dos anos 80 e 90, nomeadamente na Inglaterra, com Margaret Tatcher e nos Estados Unidos, com Reagan e até com Clinton, políticas essas que, concorde-se ou não, trouxeram crescimento económico e um mais generalizado bem-estar para as populações desses paíse e, por arrasto, de outras nações.

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