Número total de visualizações de páginas

sexta-feira, 7 de maio de 2010

A tese, a antítese e a síntese

A tese: Anteontem, Vítor Constâncio referiu que consideraria normal se o Governo decidisse adiar o lançamento do TGV e o novo aeroporto, e defendeu medidas de austeridade adicionais, tendo em vista uma redução orçamental um pouco superior à prevista para este ano.
A antítese: Vieira da Silva , hoje, em Paris, declarou: "é de tal maneira normal adiar investimentos que o Governo já fez uma reestruturação do seu programa de investimentos aquando da apresentação do Programa de Estabilidade e Crescimento e do seu desenvolvimento".
A síntese:
Também hoje, em Paris, José Sócrates afirmou: "com franqueza, considero um pouco ridícula a ideia que tudo o que está a acontecer na especulação financeira contra Portugal, contra Espanha e contra outros países e contra a Europa se deve aos investimentos que o nosso país está a fazer".
E assim vamos indo, tudo ao molho e fé em D. Sebastião.

4 comentários:

Manuel Brás disse...

... No fundo, uma grave diátese!

Tantas teses discordantes
em termos esbaforidos
de efeitos trucidantes
e com tons descoloridos.

É tamanha a molhada
de nabiças estragadas
numa lista farfalhada
por alusões engasgadas.

Suzana Toscano disse...

É a lógica socrática.

Anónimo disse...

Há uns meses largos escrevíamos no 4R que este governo estava a secar a economia e que ficaria o estado, só e a comandar o navio da criação de riqueza, até nacionalizando caso o seu ímpeto fosse mais violento (caso da Cosec).
Agora, já estamos num patamar inferior - o estado Português não oferece a confiança necessária para obter recursos e conseguir manter o navio à tona, mesmo que sem rumo. Na gíria marinheira, é o chamado navio desgovernado -Mêdê, Mêdê, Mêdê

Anónimo disse...

(continuando no mesmo tom)

Podemos tomar sucessivamente medidas de austeridade acrescidas que o problema não desaparece. Não criamos riqueza e ponto final. O nosso PIB é 50% do da Grécia com 85% da população desse país. Nessa perspectiva estaremos pior que a Grécia?!
Solução unanime para o crescimento - para alguns, muitos talvez, investimento público é quase uma questão de honra, e quando metemos a honra na coisa lá se vai a racionalidade e mesmo a competência. Para outros, a solução é apoio às PME com incentivos, com empréstimos, com fundos, com IAPMEI, com orientações, com conselhos onde investir, com cursos de formação, com o controlo e dirigismo do nosso PAI ESTADO. Porque os filhos são fraquinhos, obviamente inferiores e incapacitados face aos conhecedores e professores que estão a comandar o Navio. É claro que estes filhos ficarão mais fraquinhos de ideias e por fim necessitados da esmola do estado. Claro que a esmola será reduzida e condizente com os tempos de austeridade. Até porque para manter o conhecimento e a barriga cheia dos ditos sabedores, é preciso reservar recursos condignos.

Seremos mesmo todos contra a iniciativa privada?!!