É sabido que muitos, jovens e não jovens, doutorados não encontram emprego. Uns por terem habilitações superiores às exigidas pelo mercado, outros porque não arranjam vaga nos Institutos e Organismos de investigação ou Universidades, outros pelas exigências que fazem.
Mas muitos também não encontram emprego, porque é impossível vislumbrar a utilidade ou mesmo a simples racionalidade do tema escolhido para a investigação e doutoramento. E aqui têm culpa as Universidades, que sem qualquer selecção, formam doutores como pintos em aviários.
Alguns temas de doutoramento são de enorme espanto: ainda há dias li que um jovem licenciado fez, na Universidade de Lisboa, um doutoramento em pronomes possessivos, dedicando-se a estudar as suas construções nominais!...
Obviamente, tal doutorado queixava-se de desemprego, vivendo do “biscate” de umas aulas aqui e ali e procurando uma bolsa de estudo que lhe permitisse continuar as investigações, porventura abrangendo um leque alargado de outros pronomes.
Neste e noutros casos, o modo de vida possível para os doutorados é arrastarem-se de pós-doc em pós-doc, mendigando periodicamente, de três em três anos, a concessão de bolsas para projectos de investigação, nomeadamente junto da Fundação para a Ciência e Tecnologia como forma de sobrevivência.
Praticamente todos reclamam o apoio do Estado. Que já subsidiou os seus cursos. Que pagou com bolsas o doutoramento. E que, directa ou indirectamente, continua a pagar as bolsas pós doutoramento, que se tornaram um modo de vida.
Têm culpa os próprios? Pois claro que têm, já que, ao embarcarem na iniciativa, já estavam na idade para saber o que o mercado exige e comporta. Mas têm culpa sobretudo as Universidades, que sem qualquer selecção, formam doutores só porque sim.
Depois do doutoramento referido em pronomes possessivos, o TLEBS irá com toda a certeza introduzir uma matéria infindável para novos doutoramentos. Mais uma linha de emprego em actividades pós-doc!...
Mas muitos também não encontram emprego, porque é impossível vislumbrar a utilidade ou mesmo a simples racionalidade do tema escolhido para a investigação e doutoramento. E aqui têm culpa as Universidades, que sem qualquer selecção, formam doutores como pintos em aviários.
Alguns temas de doutoramento são de enorme espanto: ainda há dias li que um jovem licenciado fez, na Universidade de Lisboa, um doutoramento em pronomes possessivos, dedicando-se a estudar as suas construções nominais!...
Obviamente, tal doutorado queixava-se de desemprego, vivendo do “biscate” de umas aulas aqui e ali e procurando uma bolsa de estudo que lhe permitisse continuar as investigações, porventura abrangendo um leque alargado de outros pronomes.
Neste e noutros casos, o modo de vida possível para os doutorados é arrastarem-se de pós-doc em pós-doc, mendigando periodicamente, de três em três anos, a concessão de bolsas para projectos de investigação, nomeadamente junto da Fundação para a Ciência e Tecnologia como forma de sobrevivência.
Praticamente todos reclamam o apoio do Estado. Que já subsidiou os seus cursos. Que pagou com bolsas o doutoramento. E que, directa ou indirectamente, continua a pagar as bolsas pós doutoramento, que se tornaram um modo de vida.
Têm culpa os próprios? Pois claro que têm, já que, ao embarcarem na iniciativa, já estavam na idade para saber o que o mercado exige e comporta. Mas têm culpa sobretudo as Universidades, que sem qualquer selecção, formam doutores só porque sim.
Depois do doutoramento referido em pronomes possessivos, o TLEBS irá com toda a certeza introduzir uma matéria infindável para novos doutoramentos. Mais uma linha de emprego em actividades pós-doc!...
Nota: O doutoramento em pronomes possessivos não é ficção. A notícia vinha publicada numa das últimas revistas Única do Expresso, creio que de 11 de Novembro, e o doutorado entrevistado a propósito das dificuldades de emprego.
4 comentários:
E ele há tantas coisas que um doutorado em pronomes pode fazer...
Sobretudo dos possessivos!
notória ignorância de quem escreveu o post e dos lacaios que com ele concordaram... lamentável...
PS - uma doutorada em... didáctica de línguas. a minha opinião teria impacto diferente se doutorada em medicina? o que não dá emprego não serve para nada? estão loucos?
Talvez um pouco loucos, sim. Aliás, como diz o sábio provérbio, de génio e de louco todos temos um pouco. Agora o que não se costuma por aqui é aceitar que as opiniões de que discordamos sejam razão para insultar. Partam os insultos de quem partirem. Mesmo de inomináveis doutoradas.
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