Pasmei...
Ele, José Sócrates acha que Manuela Ferreira Leite o ouve.
Ainda por cima quando ele, o Primeiro-Ministro, impõe ao País um orçamento que é a demonstração de que ela tinha razão quando avisou para os erros da governação socialista.
A aflição e o protervo de José Sócrates já o levam a "pendurar-se" nos discursos e nas opiniões de Manuela Ferreira Leite.
Pasmei, mas não devia.
Quando somos governados por alguém que não consegue manter uma reles promessa de pagar 200 euros daqui a 18 anos por cada recém-nascido - para não falar de outras promessas mais "grandiosas" - já não me devia surpreender.
Aos críticos de José Sócrates, deixo um conselho.
Indignem-se mas...
... não façam muito barulho.
Ainda se arriscam a receber um elogio!
4 comentários:
Eu sei... e você sabe... a distância não existe...
http://www.youtube.com/watch?v=haKQhsu6M2U&feature=related
O problema é real e subestimá-lo é um erro que pode ter dimensões colossais.
Quando uma pessoa séria é obrigada a confrontar-se com alguém que é desprovido de qualquer espécie de vergonha ou escrúpulos e mente repetida e descaradamente, é ela quem fica em desvantagem, anestesiada pela monstruosidade do opositor. Foi este mecanismo - a dimensão e o horror da monstruosidade - que tem levado muitos, ao longo dos séculos, a não acreditarem nas catástrofes, mesmo que elas já tenham acontecido e não sejam meramente anunciadas.
EduardoF
Comentário 'lixado'.
Que aprecio, pela visão de algum modo psicológica dos actores.
O resultado da adopção de um princípio de conduta política: não ter princípios.
Tenho registado, de dois activos políticos do regime (PS e PSD), que não se deve misturar política com ética.
Ética, moral, carácter, procura da verdade, que interessa isso, para cavalgar o poder?
O resultado, está à vista.
BMonteiro
No «De Rerum Natura» é publicado este excerto do nº 3 do periódico "Balas... de Papel" de Janeiro de 1892, da autoria de Gualdino Gomes e Carlos Sertório, ... acerca de ética e política, ao que parece, uma faz azedar a outra...
"Íamos na plataforma de um americano do Rossio pela Pampulha, no dia 16 de Janeiro do corrente ano, quando ouvimos um delicioso diálogo travado na rampa de Santos entre um deputado engenheiro – e engenhoso -, muito dado aos apartes na câmara dos seus congéneres, e um conselheiro de barba rala e negro como um tição, diálogo que valia muitas libras e uma rica lata de marmelo.
O conselheiro de barba rala, ingenuamente, dizia:
- Mas por que não fazem um ministro de gente séria ?
- O que chama vossa excelência gente séria? – perguntava o outro, como um selvagem perguntaria a Pedro Álvares Cabral o que era um casamento eclesiástico.
- Digo – volvia o conselheiro de barba rala -, por que se não chama para ministro da guerra um general impoluto, para a justiça um juiz honradíssimo, para a marinha um vice-almirante enérgico?
- Isso era a maior de todas as desgraças, meu caro conselheiro! Homens que tomem pastas a seu cargo não devem ser apenas técnicos, e nunca devem ser intransigentes! A trica política é necessária; e os ministros precisam de saber e poder harmonizar as leis com os homens e os homens com as leis!
Ora aqui os têm como eles são! Sabem os leitores o que é harmonizar as leis com os homens e os homens com as leis? É fazer essas poucas vergonhas de todos os dias, é deixar roubar, quando o ladrão consiga operar com esperteza.
O marquês de Valada viu bem, mas tarde. Em crise de ladrões andamos andamos nós há muito, e continuaremos provavelmente a estar, e as palavras do engenheiro deputado, de beiço grosso e olho piteireiro, dão a medida da consciência dos políticos, como devem ser, e mostram que os políticos fazem como os salteadores dos montados: quem se alistar há de provar que já fez uma morte!"
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