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segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Uma voz sensata

Penso que, mesmo perante os mais crédulos, a prova real de que Teixeira dos Santos é um nome de grande relevo no rol dos maiores despesistas do governo está nas declarações que proferiu aquando do Acordo alcançado com Eduardo Catroga. Teixeira dos Santos referiu que o valor do diferencial dos 500 milhões de euros teria que ser compensado, ou totalmente, com um aumento de impostos ou, parcialmente, na parte em que a diminuição da despesa não atingisse aquele valor.
Nessas condições, qualquer aumento de impostos iria, de imediato, colocar em causa o Acordo acabado de celebrar e exigir novas negociações. O Acordo acabado de assinar teria sido um enorme sofisma. Um Acordo já com sinais óbvios de ruptura.
Este episódio também pode levar a crer que Teixeira dos Santos não teve responsabilidades menores na ruptura das negociações.
Teixeira dos Santos tem sido muitas vezes apresentado como a última barreira de contenção dos desvarios gastadores do Governo e como o garante da boa condução das finanças públicas.
Os resultados não o mostram e muito menos demonstram. Nunca como nestes últimos anos a despesa pública subiu tanto, a desorçamentação foi tão grande, o défice foi tão elevado e a dívida pública tão aumentada.
O episódio em causa só o confirma.
Bem andou o Líder Parlamentar do PS, Francisco Assis, ao declarar que, no espírito do Acordo, tal valor só poderia ser encontrado mediante redução da despesa. Uma declaração sensata.

1 comentário:

Suzana Toscano disse...

Parece-me que foi também nessa declaração que o MF considerou que o PSD tinha ido sem vontade real de negociar...