No canto inferior esquerdo, mas com grande relevo, e depois em notícia mais desenvolvida, o DN de ontem noticiava que Cavaco Silva tinha que devolver ao Estado mais de 350.000 euros de subvenção para a campanha, e que a lei assim o obrigava.
O que, pela composição dos títulos e da descrição imediata, desde logo inculcava a ideia de Cavaco tinha praticado qualquer fuga à lei ou efectivado prática abusiva, que implicava reembolso de dinheiro indevidamente recebido.
Nada mais mentiroso e falso. Como é sabido, o valor da subvenção do Estado para a Campanha Presidencial é calculado em função do número de votos, que só é conhecido após as eleições. Isto numa democracia, que ainda somos. Assim sendo, Cavaco não recebeu ainda qualquer subvenção do Estado para a Campanha. Como, aliás, os outros candidatos. Nada tendo recebido, naturalmente nada tem para devolver.
Ao valor da subvenção devida pelo número de votos há que deduzir os donativos feitos por cidadãos e empresas, nos termos da lei. Assim, ao candidato Cavaco Silva compete receber uma subvenção de 1,9 milhões de euros, correspondente ao número de votos, deduzida dos donativos recebidos.
Como tal, havendo apenas recebimento do valor resultante de acerto de contas, nunca há devolução de dinheiro recebido a mais.
Não é digno dar notícias erróneas ou susceptíveis de induzir em erro.
Mas, quando à indignidade se junta a forma canhestra, boçal e primária como são dadas, confirma-se mais uma vez que muito vai mal na informação em Portugal. Propaganda, ainda por cima, enganosa, não é informação. Embora alguns, já tão habituados, pensem que sim.
O que, pela composição dos títulos e da descrição imediata, desde logo inculcava a ideia de Cavaco tinha praticado qualquer fuga à lei ou efectivado prática abusiva, que implicava reembolso de dinheiro indevidamente recebido.
Nada mais mentiroso e falso. Como é sabido, o valor da subvenção do Estado para a Campanha Presidencial é calculado em função do número de votos, que só é conhecido após as eleições. Isto numa democracia, que ainda somos. Assim sendo, Cavaco não recebeu ainda qualquer subvenção do Estado para a Campanha. Como, aliás, os outros candidatos. Nada tendo recebido, naturalmente nada tem para devolver.
Ao valor da subvenção devida pelo número de votos há que deduzir os donativos feitos por cidadãos e empresas, nos termos da lei. Assim, ao candidato Cavaco Silva compete receber uma subvenção de 1,9 milhões de euros, correspondente ao número de votos, deduzida dos donativos recebidos.
Como tal, havendo apenas recebimento do valor resultante de acerto de contas, nunca há devolução de dinheiro recebido a mais.
Não é digno dar notícias erróneas ou susceptíveis de induzir em erro.
Mas, quando à indignidade se junta a forma canhestra, boçal e primária como são dadas, confirma-se mais uma vez que muito vai mal na informação em Portugal. Propaganda, ainda por cima, enganosa, não é informação. Embora alguns, já tão habituados, pensem que sim.
1 comentário:
o que é profundamente chocante é que estes jornais explorem a iliteracia nacional, tornando propositamente ínvias as notícias ao "embrulhá-las" em elementos interpretativos enganosos que exigem um sentido crítico apurado do leitor para não ser induzido em erro.
Enviar um comentário